Greensleeves
– Inertial Frames (2014)
(Independente
– Nacional)
01. Fireflies
02. Unsolved
03. Construct
04. Dyschromatopsia
05. Decoding Love
06. Broken
07. Fading Heroes
08. Seed of Ego
09. Lich Bride
10. Fixed
11. Inertial Frames of Reference
12.
The Little Things
Autoindulgência. Essa é a palavra que me
vêm à cabeça quando falam de Prog Metal comigo. Muito disso é culpa de alguns
músicos do estilo espalhados por ai, e de alguns fãs dos mesmos, que se julgam
a última azeitona da empada (e bem, odeio azeitona). A verdade é que talvez por
isso, nunca nutri grande paixão pelo estilo, sendo que poucas as bandas que
apostam nessa vertente conseguem me agradar. Bem, acho que essa pequena lista
acabou de ganhar mais um nome.
Surgida em Curitiba, a Greensleeves
aposta no estilo em questão e Inertial
Flames vêm para suceder seu debut, The
Elephant Truth (2009). O que escutei aqui nesse segundo trabalho de estúdio
me agradou em cheio, já que me deparei com uma musica que apesar de altamente
técnica, em momento algum abre mão de boas melodias e principalmente,
musicalidade. Sabe aquela pecha de música para músicos, que alguns dão para
bandas do estilo? Isso não ocorre aqui. Pesada, técnica e variada, a
Greensleeves mostra que pode sim, ser altamente técnica e complexa sem soar
autoindulgente. O vocalista Gui Nogueira é capaz de dar bastante variedade a
suas linhas, enquanto os guitarristas Cícero Baggio e Victor Schmidlin mostram
não só ótima técnica, como também são responsáveis por riffs pesados e belos
solos. Já João Koerner (baixo) e Luis Requião (bateria) formam uma parte
rítmica perfeita, esbanjando categoria, precisão e variedade, mas sem soarem
exagerados e pedantes. Todas as faixas aqui presentes são muito agradáveis aos
ouvidos, mas os maiores destaques ficam com “Fireflies”,
“Construct” (bem épica), a mezzo acústica “Broken”, “Fading Heroes” e “Lich
Bride”.
Inertial
Flames
foi produzido pelo guitarrista Victor Schmidlin (que também é o responsável
pela capa) e podemos observar muito esmero na mesma. Além de ter demorado 1
ano, foram utilizados 3 estúdios diferentes para as gravações de bateria,
baixo/guitarra e vocais. A mixagem e masterização foram obras do talentosíssimo
Caio Duarte, do Dynahead (se não conhece essa banda, corra atrás, pois vale a
pena). Se curtir Prog Metal, esse é um trabalho imperdível e que você tem
obrigação de conhecer. Que foi que disse que técnica e musicalidade não podem
caminhar de mãos dadas?
NOTA:
8,5
Valeu, vou conhecer o som da banda.
ResponderExcluir