Visigoth
– The Revenant King (2015)
(Metal
Blade Records – Importado)
Eventualmente nos deparamos com alguns
trabalhos que surpreendem. Em 2012, os americanos do Visigoth haviam lançado um
bom EP (Final Spell), seguindo aquela
linha das bandas de Power/Heavy americanas dos anos 80, ou seja, Manilla Road,
Omen, Jag Panzer, Liege Lord e afins. Em seu debut, ainda mantém um pé
firmemente fincado nesse estilo, mas se tornaram visíveis as influências de
Grand Magus e o ar mais “moderno” adquirido pela música do grupo. Pesado,
furioso e épico, carregado de riffs “bárbaros” The Revenant King é cheio de canções poderosas e que farão a alegria
dos fãs do estilo. Destaque para Jake Rogers, que além de ser o responsável por
uma das bandas mais legais do Black Americano (a one man band Gallowbraid), se
mostra um vocalista perfeito para o estilo, tendo como mérito não apelar para
aqueles falsetes irritantes. Uma ótima estréia de uma banda que promete muito,
em um dos grandes álbuns do estilo esse ano. (8,5)
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Satyricon
– Live at the Opera (2015)
(Napalm
Records – Importado)
Em 2013, durante o Festival de Música
Contemporânea de Oslo, Satyr e Frost resolveram colocar em ação um projeto
ambicioso, que consistia em uma apresentação do Satyricon com participação do
Coro da Ópera Nacional da Noruega. Pois bem, agora o tal show chega até nós e o
resultado é incrível para os fãs da banda. Repertório muito bem escolhido, foco
no instrumental e os coros dando um tom dramático e épico a cada uma das 14
músicas aqui presentes. Para quem curte, vale à pena correr atrás do Cd e do
DVD da apresentação. (8,5)
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Peste
Noire – La Chaise-Dyable (2015)
(La
Mesnie Herlequin – Importado)
Obstante o nacionalismo exacerbado e as
acusações de racismo e fascismo (negadas por Valfunde, seu fundador), certamente
o Peste Noire é um dos principais e melhores nomes da nova geração da música
pesada francesa. Seu Black Metal tem doses de experimentalismos e Folk aqui e
ali, o que não o deixa menos pesado, sujo e absurdamente furioso. Riffs
cortantes e frios, momentos atmosféricos, vocais que causam no ouvinte um
sentimento de angústia, tudo isso dentro de uma música crua e bruta, irão fazer
a felicidade dos fãs da banda e do estilo. Um dos grandes álbuns de Black Metal
de 2015. (8,5)
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Acrassicauda
– Gilgamesh (2015)
(Independente
– Importado)
Na segunda metade da última década, o
Acrassicauda se tornou um nome conhecido meio aos headbangers devido ao
documentário Heavy Metal in Baghdad (07),
que contava as agruras de ser a primeira banda de Heavy Metal do Iraque e de
tudo pelo que passaram até aquele momento. Ameaças de morte após a invasão
americana, devido à acusação infundada de serem satanistas, fuga para a Síria,
onde viveram como refugiados por um tempo, uma passagem pela Turquia e o
acolhimento como refugiados, por parte dos Estados Unidos em 2009, fazem parte
da história dos iraquianos. Após um bom EP de estréia em 2010 (Only the Dead See the End of War) e um
hiato de 5 anos, finalmente lançam seu debut, que como o título já indica,
trata do épico de Gilgamesh (o mais famoso dos mitos mesopotâmicos). O que você
irá encontrar aqui é uma madura mescla de Thrash, Groove, Doom e Heavy, com
alguns elementos de música do Oriente Médio, tanto no que tange a utilização de
instrumentos quanto na composição dos riffs. Um álbum muito variado, criativo e
interessante, que todo headbanger tem a obrigação de ao menos dar uma chance,
afinal, por tudo que passaram até chegar a esse momento, podemos dizer sim, que
os membros do Acrassicauda são verdadeiros guerreiros do Metal. (8,0)
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Helloween – Battle’s Won
(single) (2015)
(Nuclear Blast
Records – Importado)
Battle’s Won é o single que precede o novo álbum da lenda
Helloween, My God Given Right,
programado para o final de Maio. A faixa título é sem duvida alguma a coisa
mais surpreendente que os alemães fizeram nas últimas duas décadas. É Metal Melódico
da melhor qualidade, como há muito tempo não se escutava vindo deles, incisivo,
com ótimos riffs e coros, melodia e refrões grudentos. Tem tudo para se tornar
um novo clássico! A outra faixa aqui presente, “Lost In America”, segue essa mesma linha e apesar de ligeiramente
inferior, também é empolgante. Só digo uma coisa, se o álbum vier todo nessa
linha, sai de baixo, pois estaremos diante do melhor trabalho da banda desde os
Keepers. (9,0)
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Acid
King – Middle of Nowhere, Center of Everywhere (2015)
(Svart
Records – Importado)
O veterano grupo de Doom/Stoner americano reaparece
após um longo hiato de 10 anos, lançando seu 4° álbum de estúdio. Felizmente,
esse tempo não alterou em nada a qualidade do Acid King e aqui você irá
encontrar exatamente o que espera de um álbum do trio. Os vocais inconfundíveis
de Lori S., som arrastado e chapado, riffs lisérgicos, solos psicodélicos,
musica pesada, sólida e hipnótica. Em resumo, quase uma viagem de LSD. É surpreendente
como conseguem fazer algo tão viajante soar tão simples aos nossos ouvidos. Uma
verdadeira aula de como se fazer Doom/Stoner de verdade. (8,5)
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