segunda-feira, 29 de abril de 2013

Chaos Synopsis - Art Of Killing (2013)





1. Son of Light
2. Vampire of Hanover
3. Rostov Ripper
4. Bay Harbor Butcher
5. Demon Midwife
6. Red Spider
7. Zodiac
8. B.T.K. (Bind, Torture, Kill)
9. Monster of the Andes
10. Art of Killing

Nos dias de hoje, é indiscutível o alto nível do underground metálico nacional, com uma profusão de boas bandas e bons lançamentos. Dentro desse panorama, uma banda, para conseguir se destacar, tem que executar um trabalho de excelente qualidade. É nesse grupo que se encaixa o quarteto paulistano Chaos Synopsis. Segundo trabalho da banda, Art Of Killing é um álbum conceitual, com letras baseadas em diversos assassinos em série da história da humanidade e marca um incrível avanço de qualidade com relação ao seu debut.

Musicalmente, não dão espaço para modismos e invencionices, apostando em um bom e velho Death/Thrash, raivoso, agressivo e intenso. O álbum abre com a ótima e pesada “Son of Light”, seguindo o massacre com as igualmente ótimas “Vampire of Hanover”, dessas faixas empolgantes e que deixam o ouvinte com o pescoço dolorido e “Rostov Ripper”, talvez a melhor de todo o trabalho. A verdade é que Art Of Killing é bem homogêneo, sem muitas variações entre suas músicas, mas em momento algum chato ou derivativo. Ao contrário, sua audição rende ótimos momentos de diversão e ao termino da mesma, você acaba com aquela vontade de escutar tudo novamente. Vale destacar aqui também a agressiva e cativante “B.T.K. (Bind, Torture, Kill)” e a faixa título, instrumental, que encerra álbum e mostra todo o potencial do Chaos Synopsis.

Em resumo, o quarteto paulista não apresenta nada de novo em seu som, mas desde quando isso é problema? Com seu som baseado numa mistura de Thrash da Bay Área com Death Metal Tradiconal, faixas velozes e demolidoras e uma ótima produção, tanto musical, quanto gráfica, o Chaos Synopsis mostra que não veio para brincadeiras e que, com a faca entre os dentes, vem com tudo para buscar seu espaço no 1º escalão do Metal Nacional.

NOTA: 8,5




domingo, 28 de abril de 2013

Deep Purple - Now What!





01. A Simple Song
02. Weirdistan
03. Out Of Hand
04. Hell To Pay
05. Body Line
06. Above And Beyond
07. Blood From A Stone
08. Uncommon Man
09. Après Vous
10. All The Time In The World
11. Vincent Price

Depois de 8 anos, eis que a lenda Deep Purple volta a cena com Now What!, seu novo trabalho de estúdio. E vou ser bem direto aqui, se você é dessas viúvas do Purple setentista ou acha que a banda não existe sem Blackmore e sua formação clássica e desconsidera seus trabalhos atuais, azar o seu. Para os primeiros, já fazem cerca de 40 anos que esse período passou, e na vida se anda para frente, não se fica preso ao passado, cheio de saudosismos. Já para os segundos, bem, basta lembrar dois detalhes aqui: primeiro, Steve Morse já está na banda a praticamente 20 anos, o que é mais tempo do que Blackmore teve de Purple, segundo, foi essa formação clássica que quando retornou nos anos 80, lançou trabalhos de medianos para fracos, como The House of Blue Light (1987) e The Battle Rages On (1993), fora o vexatório Slaves and Masters (1990), que não conta apenas com a participação de Ian Gillan. Pequeno desabafo feito, vamos ao que interessa.

Desde Purpedincular (1996) que o Purple vem mantendo uma sequencia de bons lançamentos. Podem não ser trabalhos do mesmo naipe do que lançaram nos anos 70, mas ainda sim, material muito digno e acima do nível da maioria das bandas que temos por ai hoje em dia. Now What! não é diferente. O álbum abre com a ótima “A Simple Song”, para emendar uma ótima sequência com a rockeira “Weirdistan”, a pesada “Out Of Hand” e a espetacular “Hell To Pay”, que me remeteu aos melhores momentos do Purple clássico. Se o ouvinte tinha alguma duvida sobre a relevância da banda nos dias de hoje, ela se desvanece após esse início. Outros aspectos dignos de nota são os ótimos duelos entre Steve Morse (G) e Don Airey (K) e o fato de como esse último finalmente começou a imprimir sua personalidade nas músicas. Gillan também se destaca, mostrando que mesmo beirando os 70 anos, ainda canta muito. Sua voz pode não ser a mesma de anos atrás, mas ele aprendeu a lidar muito bem com as limitações que a idade lhe impôs. Vale a pena destacar aqui ainda, as faixas “Aprés Vous”, simplesmente ótima e onde Airey se destaca e a soturna “Vicent Price”.

Não, não estamos diante de um novo “Machine Head” ou “In Rock”, mas e daí? No What! é um trabalho coeso, pesado, com ótima produção e que supera as expectativas. Para mim, o melhor trabalho da banda desde Perfect Strangers (1984) e uma grande homenagem ao mestre Jon Lord. Ah, e viuvinhas de plantão, vão chorar na cama que é lugar mais quente!

NOTA: 8,5



sexta-feira, 26 de abril de 2013

Hagbard - Lost in the Highlands (2013)




1. Berserker´s Requiem
2. Let us Bring Something for Bards to Sing

Apesar de o headbanger brasileiro não ter aprendido a dar o devido valor a tal fato, a verdade é que o cenário nacional está repleto de bandas de ótima qualidade, algumas tão boas ou até melhores que seus similares estrangeiros. É nesse cenário que se encaixam os mineiros do Hagbard, que apostam suas fichas no Folk/Viking Metal. Fundada em 2010 e já com uma demo nas costas, eles voltam a cena com o lançamento de Lost in the Highlands, single que precede o seu debut, Rise Of The Sea King, a ser lançado no 2º semestre desse ano.

Os que já haviam tido contato com Warrior’s Legacy, demo lançada em 2011, já tinha ideia do potencial dos mineiros, e não há como negar a grande evolução do Hagbard desde então. A estrada os fez muito bem, os tornando mais coesos e com uma sonoridade bem definida, capaz de agradar tanto a fãs de Amon Amarth quanto de Korpiklaani. “Berserker’s Requiem” é uma que irá agradar em cheio os fãs da primeira. Com uma pegada mais Viking Metal, é uma musica forte, com ótimos riffs. O diferencial aqui são os vocais femininos ao fundo, que dão certa suavidade a música, contrastando com o peso que a mesma possui. Já a faixa seguinte, “Let us Bring Something for Bards to Sing”, é um típico Folk Metal, absurdamente empolgante e agradável de escutar, com um refrão muito bom, mas com um pouco mais de peso do que de costume nas bandas do estilo hoje em dia.

O único senão aqui, ficou por conta da produção, que em alguns momentos é um pouco deficiente, mas nada que realmente comprometa o trabalho do Hagbard. Lost in the Highlands cumpre bem o seu papel, que é nos deixar ansiosos pelo lançamento do debut da banda, que aqui, mostra que pode alçar voos muito maiores, não só dentro da cena nacional, como também no exterior. Para ouvir cultuando Odin, enquanto se embebeda de Hidromel!

NOTA: 8,0