Ultra-Violence
- Deflect The Flow (2015)
(Candlelight
Records - Importado)
01. Burning Through the Scars
02. Why So Serious?
03. Gavel's Bang
04. Lost In Decay
05. In The Name Of Your God
06. A Second Birth
07. The Checkered Sun
08. Don't Burn The Witch (Venom cover)
09. The Way I'll Stay
10. Fractal Dimension
Quando esse quarteto italiano oriundo de
Turim lançou se álbum de estréia em 2013, Privilege
to Overcome, muita gente boa por ai ficou impressionada com o potencial dos
mesmos, já que o Retrô Thrash Metal apresentando pelo Ultra-Violence fazia juz
ao nome da banda, retirado por sinal do clássico filme Laranja Mecânica, de
Stanley Kubric. A fixação da banda pelo filme era tão grande, que até a capa do
álbum, feita pelo mestre Ed Repka, era uma referência direta ao filme.
Ei que chega o momento de separar os
adultos das crianças, ou seja, lançar o segundo álbum e, ou confirmar as
expectativas depositadas sobre eles após o debut ou frustrar todos aqueles que
apostaram alto na banda. A primeira impressão que se têm é das melhores, já que
mais uma vez a capa não só é feita por Repka, como também faz nova referência
direta a Laranja Mecânica (quem viu o filme, vai reconhecer de cara a cena).
Mas e a música? Será que conseguiram dar o passo a frente esperado. Pois bem, a
resposta é sim, e olha, que passo foi esse.
Obviamente que não apresentam nada de
novo aqui, já que temos aquele mesmo Thrash totalmente calcado na escola
americana do estilo, mas a forma como reciclam velhos clichês é simplesmente
destruidora. Alternando músicas mais velozes com outras mais cadenciadas,
conseguem dar uma ótima variedade ao álbum e evitar assim que caiam na
armadilha da repetição eterna e deixando tudo muito agradável de ouvir. Loris
Castiglia impressiona com seus vocais rasgados e junto com Andrea Vacchiotti, é
responsável por despejar riffs absurdamente agressivos e solos tão cortantes
como uma navalha afiada. Já Roberto Dimasi (baixo) e Simone Verre (bateria)
mostram precisão típica de um relógio suíço, além de muita técnica e alto poder
de destruição. Cabe um destaque também para os ótimos coros aqui presentes.
Coisa fina mesmo. Maiores destaques aqui vão para “Burning Through the Scars”, “Why So Serious?”, a cadenciada e
fodástica “Gavel's Bang”, “In The Name Of
Your God”, “The Checkered Sun” e “Fractal
Dimension”.
Com Deflect
The Flow, o Ultra-Violence mostrou
que todas as expectativas geradas pelo seu debut eram corretíssimas e que
estamos sim, diante do nome mais promissor dessa nova geração do Thrash Metal.
Sua música pode até não ser a mais original do mundo, mas é simplesmente
viciante. É desses Cd’s para moer pescoços e perfurar tímpanos sensíveis. É ao
lado de Mantra, do brasileiro Kamala,
o melhor álbum de Thrash que escutei em 2015!
NOTA:
9,0
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