Lindemann
– Skills in Pills (2015)
(Warner
Music - Importado)
01. Skills In Pills
02. Ladyboy
03. Fat
04. Fish On
05. Children Of The Sun
06. Home Sweet Home
07. Cowboy
08. Golden Shower
09. Yukon
10. Praise Abort
11. That's My Heart
Quando Till Lindemann (Rammstein) e
Peter Tagtgren (Hypocrisy) anunciaram que estavam trabalhando juntos, confesso
que alimentei altas expectativas a respeito do resultado dessa parceria. E não
só pelo trabalho de Lindemann frente ao conjunto alemão, mas principalmente por
tudo que Peter fez com o Pain, seu projeto de Metal Industrial. Esperava por
algo, se não inovador, ao menos diferente de tudo que ambos fizeram na carreira
até então.
Certamente esse foi meu grande erro e
por isso em um primeiro momento, fiquei muito decepcionado com o que escutei em
Skills in Pills. Precisei de umas
semanas de audição constante até um pouco da frustração passar e eu me sentir
pronto para redigir essa resenha. Vejam bem, não é que o resultado da parceria
seja ruim, apenas não apresenta nada de novo. Se esse material tivesse sido
lançado sobre o nome do Rammstein, ninguém iria estranhar, pois ele traz
exatamente o que esperaríamos de um novo trabalho do grupo. O dedo de Peter só
é realmente notado nos sintetizadores e efeitos eletrônicos aqui presentes,
simplesmente brilhantes e superiores aos apresentados pelos alemães. De resto,
o ouvinte irá se deparar aqui com uma base bem sólida de Metal Industrial,
guitarras pesadas e distorcidas, alguns bons riffs, certo clima gótico
(cortesia dos teclados), refrões com boas melodias e letras com aquele humor
peculiar e doentio de Till Lindemann. Podem até não ser lá politicamente
corretas, mas vão te arrancar risadas se você resolver traduzi-las (por mais
que algumas em um primeiro momento beirem o mau gosto). Aliás, vale destacar
que todas as músicas são cantadas em inglês e não em alemão, sendo esse talvez
o único ponto que realmente diferencia o Lindemann do Rammstein. Para mim, os
destaques aqui ficaram por conta de “Skills
In Pills”, “Ladyboy”, “Fish On”, “Cowboy”, “Golden Shower” e “Praise Abort”.
A produção como era de se esperar é
simplesmente ótima, afinal, estamos falando de um trabalho que une dois músicos
considerados de ponta dentro de seus estilos. Falta criatividade e profundidade
a Skills in Pills? Sim. Isso
significa que ele seja um trabalho ruim? Não. Como? Simples, sobram a ele
energia e diversão, o que acaba por equilibrar tudo. De resultado final, um
álbum razoável e a sensação de que essa parceria poderia ter rendido muito mais.
NOTA:
7,0
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