A cada ano, o nível dos lançamentos nacionais aumenta e o meio se torna mais exigente. Seja do ponto de vista musical, seja na qualidade das produções, muitas de nossas bandas e produtores não ficam devendo nada para o que vêm lá de fora. Já passou da hora do fã de Metal no Brasil perder aquele tal complexo de vira-lata com relação ao que é feito por aqui.
O que falei ontem para a lista de melhores álbuns internacionais, também vale para esta. Listas não são verdades absolutas, pedras angulares do que possui ou não qualidade, mas apenas uma expressão do gosto daquele que a elabora. Sendo assim, alguns títulos podem ficar de fora simplesmente por não se encaixarem no gosto pessoal de quem escreve ou até mesmo por desconhecimento, afinal o fluxo de lançamentos hoje em dia anda intenso.
Por último, por uma questão de espaço, vários lançamentos de que realmente gostei acabaram ficando de fora, afinal, em um Top 20 não temos espaço para 50 Cd’s. Como sou justo, durante o mês de janeiro vindouro, pretendo fazer algumas postagens citando esses álbuns, afinal, o que é bom precisa ser divulgado e elogiado. Então lá vamos nós, ao 20 melhores álbuns nacionais de 2016, segundo o A Música Continua a Mesma.
O que falei ontem para a lista de melhores álbuns internacionais, também vale para esta. Listas não são verdades absolutas, pedras angulares do que possui ou não qualidade, mas apenas uma expressão do gosto daquele que a elabora. Sendo assim, alguns títulos podem ficar de fora simplesmente por não se encaixarem no gosto pessoal de quem escreve ou até mesmo por desconhecimento, afinal o fluxo de lançamentos hoje em dia anda intenso.
Por último, por uma questão de espaço, vários lançamentos de que realmente gostei acabaram ficando de fora, afinal, em um Top 20 não temos espaço para 50 Cd’s. Como sou justo, durante o mês de janeiro vindouro, pretendo fazer algumas postagens citando esses álbuns, afinal, o que é bom precisa ser divulgado e elogiado. Então lá vamos nós, ao 20 melhores álbuns nacionais de 2016, segundo o A Música Continua a Mesma.
20º. Panzer – Resistance
Uma das bandas mais tradicionais do cenário nacional, o Panzer sempre se diferenciou da concorrência por incluir elementos de Stoner em seu Thrash/Groove Metal. Remetendo a trabalhos mais antigos da banda, Resistance prima pela maior variedade, mas sem fazer com que a banda perca sua identidade. Sem dúvida, o melhor álbum do Panzer até hoje.
Apesar de ter apenas 2 anos de estrada e de apostar em um estilo espinhoso, o Post Black Metal, o Solifvgae mostra maturidade de banda veterana. As mudanças de andamento, os momentos atmosféricos, tudo se une para criar uma música reflexiva, típica do estilo, mas sem abrir mão do peso e da intensidade em momento algum. Se você é da turma que curte nomes como Agalloch ou o Wolves in the Throne Room, precisa conhecer o Solifvgae.
O cenário Doom nacional vem passando por um momento extremamente positivo e o Fallen Idol é certamente um dos principais nomes do mesmo. Dando um passo à frente em relação ao seu debut, apresentam canções fortes, densas, pesadas e carregadas de energia. Seasons Of Grief é um trabalho que, sem dúvida alguma, os credencia a almejar seu espaço no 1º escalão do Metal nacional.
Eight Spears poderia ser definido em apenas três palavras: extremo, agressivo, ríspido. Isso já dá uma ideia do que esperar do Black/Death raivoso do DarkTower, que aqui soa ainda mais cru e violento que no seu debut. É um álbum feito sob medida para moer os pescoços de quem se aventurar a escutá-lo, um verdadeiro massacre sonoro!
E quem foi que disse que no Brasil não se faz Hard Rock de qualidade? Capitaneado por Rodrigo Marenna, a banda pratica um Hard/AOR recheado de ótimas melodias, refrões fáceis e aquele clima que te remete diretamente aos anos 80. Aliás, muitas das músicas aqui presentes certamente teriam feito sucesso no período citado, graças à grande qualidade das mesmas.
O Necro é certamente uma das bandas mais legais do cenário nacional. Mesclando Rock setentista, Progressivo e psicodelismo, os alagoanos parecem ter chegado à maturidade musical em seu terceiro álbum. Uma verdadeira viagem aos anos 70, vibrante, enérgica e cheia de experimentalismos. Um trabalho que vale realmente a pena conhecer.
Meus amigos, que estreia foi essa dos baianos do Erasy? Mesclando de forma primorosa Black Sabbath, Doom e Sludge, geraram um som sujo, enérgico, pesado e arrastado, que vai agradar em cheio quem gosta de boa música. São bandas como essa que provam de uma vez por todas que nossa cena Stoner/Doom não fica devendo nada à lá de fora.
Em 2016, as bandas de Doom nacionais resolveram vir com tudo. Após um ótimo EP de estreia, os mineiros do Pesta apresentaram seu primeiro álbum completo, com o Stoner/Doom que já é sua marca registrada. Pesado, com influências claras de Black Sabbath, mas sem soar como cópia reforçaram assim ainda mais a ótima impressão deixada anteriormente. Um trabalho imperdível para os amantes do estilo.
Eis um álbum que realmente me surpreendeu. Claro que quem acompanha a carreira do Attractha conhecia a qualidade da banda, mas, mesmo assim, tal conhecimento não poderia nos preparar para o que escutamos em No Fear to Face What’s Buried Inside You. Mais pesado, variado e enérgico que os trabalhos lançados até então, mostra uma banda que já está pronta para voar alto.
Mais um grande trabalho de Thrash Metal feito no Brasil. Com uma pegada old school e influência da escola americana do estilo, o Ancesttral conseguiu lançar um ótimo trabalho, e o melhor de tudo, sem soar datado em momento algum. Com boas melodias, refrões grudentos, esse é daqueles álbuns que você deixa no repeat por horas a fio, escutando sem parar.
A parte gráfica, o título do álbum, as letras, tudo deixa muito claro o que encontraremos ao escutar o novo trabalho do Abske Fides. Desolação. Um clima fúnebre e mórbido perpassa toda a audição de O Sol Fulmina a Terra, com seus riffs arrastados e vocais agonizantes. Músicas desoladoras em uma verdadeira aula de Doom Metal.
Um dos melhores trabalhos de Power/Prog já lançados no Brasil até hoje. Apresentando composições técnicas, variadas, com ótimas melodias, mas sem abrir mão do peso em momento algum, o Perc3ption entregou a seus fãs um trabalho de qualidade rara e que agradará, sem dúvida, fãs de nomes internacionais como Evergrey ou Kamelot.
Acho legal quando podemos observar o crescimento de uma banda, trabalho a trabalho. Entre a demo Warriors Legacy e Vortex to an Iron Age, se passaram 4 anos, mas o que a música dos mineiros da Hagbard amadureceu nesse período foi algo realmente impressionante. Soando cada vez mais coesos e maduros, os juizdeforanos conseguem unir com muita competência peso e ótimas melodias em seu Folk/Viking Metal, não deixando nada a dever se comparados com os grandes nomes do estilo na atualidade.
Sem querer perder muito tempo, o Blackning já tratou de soltar o sucessor do ótimo Order Of Chaos (14). E bem, o que escutamos aqui é uma verdadeira aula de Thrash Metal. Bem direto, coeso, pesado e raivoso, Alienation possui a capacidade de quebrar seu pescoço, de tanto que vai bater cabeça durante a audição do mesmo.
Poucas vezes escutei um trabalho tão bruto e violento vindo de uma banda de Death nacional. Se “The Core of Disruption” já havia impressionado, Narcohell é o passo à frente que todos esperavam. Apesar de alguns toques de Thrash e umas boas melodias aqui e ali, na maior parte do tempo o que temos é uma música simplesmente brutal. Um álbum que beira a perfeição!
Foram 15 anos desde o lançamento do clássico Annihilation (01), mas eis que o lendário Rebaelliun voltou à ativa com força total. Apesar de estarem soando mais técnicos e diversificados, os gaúchos não perderam nada em matéria de peso, agressividade e brutalidade. Visceral e brutal, o Rebaelliun mostrou em The Hell's Decrees que ainda tem muita lenha para queimar. Uma verdadeira aula de Death Metal.
A cena Stoner/Doom se consolidou de vez no Brasil nesse 2016, um ano de lançamentos simplesmente brilhantes nessa área. Misturando riffs “sabbathicos”, psicodelia e Space Rock, geraram um álbum pesado, denso, carregado de refrões grudentos e melodias marcantes. Sem dúvida, um nome que veio para ficar.
Quando descobri que o Blackdust havia sido formado apenas em janeiro de 2016, não acreditei. Poucas vezes escutei um trabalho de estreia tão maduro e tão coeso como este. Mesclando Stoner, Classic e Blues Rock, acabaram gerando uma música forte e altamente enérgica. Para mim, a grande revelação do cenário nacional nesse ano de 2016.
Quando terminei a minha primeira audição de Mortenkult, meses atrás, eu já sabia que ele estaria nessa lista. Trafegando com naturalidade entre o Death e o Black e agregando elementos percussivos de forma simplesmente brilhante, acabaram por gerar uma música pesada, brutal, agressiva e capaz de moer os pescoços mesmo dos mais calejados. Se o Woslom lançou um dos melhores álbuns de Thrash a nível mundial, o Vociferatus conseguiu o mesmo no que se trata de Death Metal. Brilhante.
Sem dúvida alguma, o álbum que consolidou o Woslom entre os grandes nomes do Metal nacional. Com uma pegada old school, mas sem abrir mão de uma sonoridade atual, o quarteto vem conseguindo a cada lançamento dar uma cara cada vez mais própria ao seu Thrash Metal, que não fica devendo nada aos grandes nomes do estilo nos dias de hoje. Depois do Testament, esse é sem dúvida alguma o melhor álbum de Thrash de 2016.