quarta-feira, 7 de dezembro de 2016

Fallen Idol - Seasons of Grief (2016)


Fallen Idol - Seasons of Grief (2016)
(Independente - Nacional)


01. Seasons of Grief
02. Nobody's Life
03. Unceasing Guilt
04. Heading For Extinction
05. The Boy and the Sea
06. Worsheep Me
07. Satan's Crucifixion

Parece que existe uma lei que obriga todas as bandas a darem um espaço de 2 ou 3 anos entre um lançamento e outro. E se estivermos falando de um dos gigantes do estilo, a mesma lei deve estipular um prazo mínimo de 4 anos. Sendo assim, é gratificante quando nos deparamos com uma banda que foge desse esquema, como no caso do Fallen Idol. Ano passado lançaram seu debut autointitulado (resenha aqui) e cerca de 1 ano depois, já nos entregam Seasons of Grief, seu sucessor.

Se você teve a oportunidade de conhecer a música do Fallen Idol, já sabe o que vai encontrar aqui, mas caso nunca tenha tido contato, saiba que irá se deparar com um Heavy/Doom da melhor qualidade, na linha de nomes como Candlemass e Trouble e que, como não poderia deixar de ser nesse caso, não nega as influências de certo quarteto de Birmingham que estão implícitas até mesmo nos nomes anteriormente citados. E se preparem, pois se o debut já tinha impressionado, o que vemos aqui é aquele passo além que é esperado de um segundo trabalho. Incrível como a banda amadureceu sua música nesse curto espaço de tempo, já que a mesma se mostra muito mais coesa e diversificada. O clima sombrio e melancólico se mantém presente, mas a energia parece ter sido duplicada e as canções estão ainda mais fortes e marcantes, além de possuírem melodias que te pegam com facilidade.

Eu por exemplo, na primeira audição do cd, já estava cantarolando “Unceasing Guilt” quando a mesma ainda estava pela metade. Rodrigo Sitta, além de se mostrar um vocalista perfeito para o estilo da banda, executa um ótimo trabalho de guitarras, despejando alguns riffs realmente marcantes e fazendo alguns ótimos solos, como em “Nobody's Life” e na já citada “Unceasing Guilt”. Já na parte rítmica, o baixista Márcio Silva consegue imprimir grande peso às músicas, enquanto o baterista Ulisses Campos mostra bastante técnica e dá bastante diversidade ao trabalho, evitando assim que o álbum soe maçante.


Chamou-me muito a atenção o fato de Seasons of Grief ser um trabalho deveras heterogêneo. Aqui não rola de ter uma faixa muito boa e a seguinte dar uma caída, já que todas são de grande qualidade. Pegue por exemplo, a abertura, com a pesada e cadenciada faixa título, com sua linha vocal bem marcante e verá que a seguinte, “Nobody's Life”, não perde nada se comparada a ela. E assim vamos seguindo, faixa a faixa. Mas claro que música não é uma ciência exata e todo mundo tem suas preferidas. Eu poderia, por exemplo, citar “Heading For Extinction”, enérgica, forte e que remeteu em alguns momentos ao Memento Mori, banda de Messiah Marcolin pós-Candlemass. “The Boy and the Sea”, com um climão sabbathico e  “Worsheep Me” são outras duas que valem a pena citar.

Outro quesito que merece ser mencionado na evolução do Fallen Idol é a produção. Gravado e produzido por André Marques, no Overdrive Estúdio/SP, o resultado se mostra superior ao que escutamos no debut. Embalado em um digipack caprichado, Seasons of Grief teve capa e design feitos por Tales Oliveira, com ótimos resultados. Vale destacar também que o álbum é dedicado ao saudoso Alex Rangel, vocalista do Attomica e que infelizmente faleceu ano passado. Por sinal, a faixa que encerra o trabalho, “Satan's Crucifixion”, iria fazer parte de um projeto dos músicos do Fallen Idol com Alex.

Com canções densas, pesadas, cadenciadas e energia de sobra, o Fallen Idol passa com folga pela prova de fogo do segundo álbum, se credenciando a logo estar no primeiro time do Metal nacional. É só manter esse ritmo e essa qualidade. Se sua praia é aquele Heavy/Doom mais de raiz, Seasons of Grief é obrigatório na sua discografia.

NOTA: 8,5

Fallen Idol é:
- Rodrigo Sitta (vocal/guitarra);
- Márcio Silva (baixo);
- Ulisses Campos (bateria).

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