Heryn Dae - Heryn Dae (2016)
(Roadie Metal - Nacional)
01. March to Die
02. Final Fantasy
03. Heryn Dae
04. Death
05. Shadow´s Prologue
06. Lucy
07. Kings of The Anarchy
08. Evil Fortress
O Sul do Brasil sempre gerou ótimas bandas em todas as vertentes do Metal. Surgida na cidade de São Francisco do Sul/SC, a Heryn Dae é mais um nome a vir daquelas paragens e, apesar do seu pouco tempo de estrada, resolveram soltar sem muita demora seu trabalho de estreia, que leva o nome da banda. Aos curiosos, o nome da banda significa “Dama das Sombras” e tem inspiração em J.R.R.Tolkien, já que foi retirado do idioma élfico.
Tolkien? Idioma élfico? O leitor mais astuto já deve imaginar que estamos diante de mais uma formação que aposta suas fichas no Power Metal e em letras fantasiosas, que se enveredam pelo mundo mágico criado pelo escritor britânico. Pois bem, você errou. O estilo aqui adotado é o metal Tradicional, com influências mais latentes de Iron Maiden, Savatage, Dio e o Black Sabbath da fase Heaven and Hell, mas com uma dose extra de peso e agressividade. As letras, excetuando-se a de “Final Fantasy”, que fala do jogo de mesmo nome, versam sobre paganismo e críticas à Igreja Católica (o que de certa forma não deixa de ser clichê).
O problema é que as vezes as influências ficam latentes demais. Em diversos momentos durante a audição do debut, você se pega pensando que já escutou aquilo antes. É o preço que se paga pelo pouco tempo de maturação da sua música, algo que tem se tornado muito comum no cenário metálico nacional. A banda surge, começa a compor músicas próprias, e antes mesmo de dar uma identidade maior à sua sonoridade, já solta um trabalho de estreia. Particularmente, considero isso um equívoco, mas cada um escolhe o rumo que deseja.
Ainda assim, apesar desses pormenores, o Heryn Dae mostra qualidade e muito potencial futuro. Obstante a falta de originalidade, conseguem impôr um clima épico a sua música, além de criar boas melodias e refrões que pegam com facilidade o ouvinte. Também conseguem dar boa variedade às canções, já que alternam momentos mais velozes com outros mais cadenciados. Dentre as 8 canções aqui presentes, destaco “Heryn Dae”, que te faz lembrar de Dio e Black Sabbath (fase Heaven and Hell) e que, além do bom refrão, possui um bom desempenho da dupla baixo/bateria, “Shadow’s Prologue”, mais cadenciada, densa e pesada e principalmente “Kings of The Anarchy”, onde mostram seu lado mais agressivo e se saem muitíssimo bem.
(Roadie Metal - Nacional)
01. March to Die
02. Final Fantasy
03. Heryn Dae
04. Death
05. Shadow´s Prologue
06. Lucy
07. Kings of The Anarchy
08. Evil Fortress
O Sul do Brasil sempre gerou ótimas bandas em todas as vertentes do Metal. Surgida na cidade de São Francisco do Sul/SC, a Heryn Dae é mais um nome a vir daquelas paragens e, apesar do seu pouco tempo de estrada, resolveram soltar sem muita demora seu trabalho de estreia, que leva o nome da banda. Aos curiosos, o nome da banda significa “Dama das Sombras” e tem inspiração em J.R.R.Tolkien, já que foi retirado do idioma élfico.
Tolkien? Idioma élfico? O leitor mais astuto já deve imaginar que estamos diante de mais uma formação que aposta suas fichas no Power Metal e em letras fantasiosas, que se enveredam pelo mundo mágico criado pelo escritor britânico. Pois bem, você errou. O estilo aqui adotado é o metal Tradicional, com influências mais latentes de Iron Maiden, Savatage, Dio e o Black Sabbath da fase Heaven and Hell, mas com uma dose extra de peso e agressividade. As letras, excetuando-se a de “Final Fantasy”, que fala do jogo de mesmo nome, versam sobre paganismo e críticas à Igreja Católica (o que de certa forma não deixa de ser clichê).
O problema é que as vezes as influências ficam latentes demais. Em diversos momentos durante a audição do debut, você se pega pensando que já escutou aquilo antes. É o preço que se paga pelo pouco tempo de maturação da sua música, algo que tem se tornado muito comum no cenário metálico nacional. A banda surge, começa a compor músicas próprias, e antes mesmo de dar uma identidade maior à sua sonoridade, já solta um trabalho de estreia. Particularmente, considero isso um equívoco, mas cada um escolhe o rumo que deseja.
Ainda assim, apesar desses pormenores, o Heryn Dae mostra qualidade e muito potencial futuro. Obstante a falta de originalidade, conseguem impôr um clima épico a sua música, além de criar boas melodias e refrões que pegam com facilidade o ouvinte. Também conseguem dar boa variedade às canções, já que alternam momentos mais velozes com outros mais cadenciados. Dentre as 8 canções aqui presentes, destaco “Heryn Dae”, que te faz lembrar de Dio e Black Sabbath (fase Heaven and Hell) e que, além do bom refrão, possui um bom desempenho da dupla baixo/bateria, “Shadow’s Prologue”, mais cadenciada, densa e pesada e principalmente “Kings of The Anarchy”, onde mostram seu lado mais agressivo e se saem muitíssimo bem.
Em matéria de produção, é comum ainda hoje escutarmos lamentos de bandas, dizendo o quanto é difícil fazer uma boa produção, que falta dinheiro, etc e tal. Sinto lhes dizer, mas difícil era produzir nos anos 80 e 90, até mesmo no início dos 2000. Hoje em dia possuímos produtores de ponta e estúdios com equipamentos de qualidade. A prova disso são os ótimos trabalhos que temos escutado vindos de bandas nacionais. Falta dinheiro? Então não se apresse em lançar seu material, e com calma, invista em uma boa produção. É isso que separa os adultos das crianças nos dias de hoje. O cenário anda inflacionado, temos dezenas de lançamentos saindo todos os dias mundo afora e o público anda cada vez mais seletivo, então ou você se destaca de cara ou corre o risco de cair no esquecimento.
Todo esse mimimi da minha parte é pra dizer que o Heryn Dae deu uma vacilada no quesito produção. Crua em excesso, soa um pouco abafada em alguns momentos, o que acaba prejudicando sim o resultado final. Ok, passa longe de ser um desastre, mas faz com que as músicas percam um pouco de energia. A sorte é que a dose de agressividade que colocam em sua música ajudam a compensar esse fato. Já a capa e a arte do encarte foram obras de Marcelo Nespoli e ficaram muito boas, conseguindo transpor para as mesmas todo o conteúdo lírico do trabalho.
Ao final, se por um lado o Heryn Dae não apresenta nada de novo e ainda se utiliza dos clichês do estilo, por outro mostra um potencial muito grande de crescimento, algo que fica evidente não só em sua capacidade de forjar boas melodias, como também de forjar refrões marcantes. Não são lá tarefas muito fáceis. Agora é caprichar um pouco mais na produção, já que o tempo e a estrada se encarregarão do resto.
NOTA: 7,5
Heryn Dae é:
- Victor Moura (Vocal)
- Juliano Bianchi (Guitarra)
- Ricardo Bach (Baixo)
- Cristiano Pereira (Bateria)
Soundcloud
YouTube
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