Riot V - Armor of Light (2018)
(Nuclear Blast/Shinigami Records - Nacional)
CD1
01. Victory
02. End Of The World
03. Messiah
04. Angel’s Thunder, Devil’s Reign
05. Burn The Daylight
06. Heart Of A Lion
07. Armor Of Light
08. Set The World Alight
09. San Antonio
10. Caught In The Witches Eye
11. Ready To Shine
12. Raining Fire
13. Unbelief
14. Thundersteel (2018 version)
CD 2 (Live at Keep It True Festival 2015)
01. Ride Hard Live Free (live)
02. Fight Or Fall (live)
03. On Your Knees (live)
04. Johnny’s Back (live)
05. Metal Warrior (live)
06. Wings Are For Angels (live)
07. Sign Of The Crimson Storm (live)
08. Bloodstreets (live)
09. Take Me Back (live)
10. Warrior (live)
11. Road Racin’ (live)
12. Swords And Tequila (live)
13. Thundersteel (live)
Com 43 anos de história na bagagem (contando o hiato entre 1984 e 1986), e álbuns clássicos como Narita (79), Fire Down Under (81), o magistral Thundersteel (88), The Privilege of Power (90) e Immortal Soul (11), o Riot certamente merecia um reconhecimento muito maior do que o obtido. Infelizmente no meio musical nem sempre a justiça prevalece. Fora isso, escolhas erradas e mudanças de formação constantes acabaram por prejudicar a caminhada dos americanos.
O retorno da formação que gravou o clássico Thundersteel no ano de 2008, acabou por gerar um ótimo fruto, quase tão grandioso quanto este, que foi Immortal Soul. Então uma tragédia se abateu sobre a banda, com o falecimento de seu fundado e compositor, o guitarrista Mark Reale, e o Riot se encontrou em um dilema. Continuar ou não? Seus membros mais antigos, o guitarrista Mike Flyntz (desde 1989) e o baixista Don Van Stavern (entre idas e vindas, desde 1986), após muito conversarem com a família de Mark, resolveram seguir em frente, mas adicionando um V ao nome. Dessa forma, o legado de Reale seguiria intocado, sem que precisassem virar as costas para o passado, e assim homenageariam o falecido amigo.
Já sem o vocalista Tony Moore e o baterista Bobby Jarzombek, e contando com Todd Michael Hall (Harlet, Jack Starr's Burning Starr) nos vocais, o guitarrista Nick Lee (Moon Tooth) e Frank Gilchriest (Liege Lord, ex-Virgin Steele), que já havia passado pela banda, na bateria, lançaram o ótimo Unleash the Fire (14), mostrando assim que haviam acertado ao escolherem pela continuidade. Agora, 4 anos depois, temos aqui o 2º capítulo da história do Riot V, ou 16º da do Riot, fica a sua escolha, tal impressão acaba só se confirmando. Mantendo a formação do trabalho anterior, o que temos é um belíssimo álbum de Heavy/Power, mas que em algumas passagens, enfatiza um pouco do passado Hard da banda. É como se estivéssemos diante de um compilado de toda a sua carreira.
(Nuclear Blast/Shinigami Records - Nacional)
CD1
01. Victory
02. End Of The World
03. Messiah
04. Angel’s Thunder, Devil’s Reign
05. Burn The Daylight
06. Heart Of A Lion
07. Armor Of Light
08. Set The World Alight
09. San Antonio
10. Caught In The Witches Eye
11. Ready To Shine
12. Raining Fire
13. Unbelief
14. Thundersteel (2018 version)
CD 2 (Live at Keep It True Festival 2015)
01. Ride Hard Live Free (live)
02. Fight Or Fall (live)
03. On Your Knees (live)
04. Johnny’s Back (live)
05. Metal Warrior (live)
06. Wings Are For Angels (live)
07. Sign Of The Crimson Storm (live)
08. Bloodstreets (live)
09. Take Me Back (live)
10. Warrior (live)
11. Road Racin’ (live)
12. Swords And Tequila (live)
13. Thundersteel (live)
Com 43 anos de história na bagagem (contando o hiato entre 1984 e 1986), e álbuns clássicos como Narita (79), Fire Down Under (81), o magistral Thundersteel (88), The Privilege of Power (90) e Immortal Soul (11), o Riot certamente merecia um reconhecimento muito maior do que o obtido. Infelizmente no meio musical nem sempre a justiça prevalece. Fora isso, escolhas erradas e mudanças de formação constantes acabaram por prejudicar a caminhada dos americanos.
O retorno da formação que gravou o clássico Thundersteel no ano de 2008, acabou por gerar um ótimo fruto, quase tão grandioso quanto este, que foi Immortal Soul. Então uma tragédia se abateu sobre a banda, com o falecimento de seu fundado e compositor, o guitarrista Mark Reale, e o Riot se encontrou em um dilema. Continuar ou não? Seus membros mais antigos, o guitarrista Mike Flyntz (desde 1989) e o baixista Don Van Stavern (entre idas e vindas, desde 1986), após muito conversarem com a família de Mark, resolveram seguir em frente, mas adicionando um V ao nome. Dessa forma, o legado de Reale seguiria intocado, sem que precisassem virar as costas para o passado, e assim homenageariam o falecido amigo.
Já sem o vocalista Tony Moore e o baterista Bobby Jarzombek, e contando com Todd Michael Hall (Harlet, Jack Starr's Burning Starr) nos vocais, o guitarrista Nick Lee (Moon Tooth) e Frank Gilchriest (Liege Lord, ex-Virgin Steele), que já havia passado pela banda, na bateria, lançaram o ótimo Unleash the Fire (14), mostrando assim que haviam acertado ao escolherem pela continuidade. Agora, 4 anos depois, temos aqui o 2º capítulo da história do Riot V, ou 16º da do Riot, fica a sua escolha, tal impressão acaba só se confirmando. Mantendo a formação do trabalho anterior, o que temos é um belíssimo álbum de Heavy/Power, mas que em algumas passagens, enfatiza um pouco do passado Hard da banda. É como se estivéssemos diante de um compilado de toda a sua carreira.
Os vocais de Todd Michael Hall se mostram ótimos, e se encaixam com perfeição na proposta musical do Riot. As guitarras de Mike e Nike brilham, não só pelos ótimos duetos, como também por entregarem riffs realmente memoráveis e solos marcantes. A parte rítmica, com Don e Frank, nos entrega o que esperamos dela, com muita competência, por mais que em alguns momentos a bateria soe um pouco exagerada além da conta. Mas pasmem, Armor of Light é primeiramente um álbum de Power Metal, e isso é algo esperado em uma produção do estilo. O legal aqui é que conseguem equilibrar muito bem as passagens mais agressivas com outras mais melódicas, e isso acaba convergindo para uma música que cativa com muita facilidade. A única ressalva que faço é que, em um álbum com 14 músicas e 55 minutos, uma pequena inconstância é observada a partir de sua segunda metade. Não temos aqui nada efetivamente ruim, mas algumas canções mais medianas, que poderiam ter tido sua inclusão repensada aqui, por mais que não afetem de forma drástica o resultado do álbum.
A primeira metade é definitivamente matadora. “Victory” tem tudo para se tornar clássica, com riffs afiados, ótimas melodias (que remetem sim, a “The Trooper” do Iron Maiden), vocal marcante e ótima bateria. “End Of The World” se destaca por seus riffs e solos, que vão cativar o ouvinte com facilidade, enquanto “Messiah” é certamente a melhor canção do estilo que você escutará em 2018, e poderia estar sem drama algum em Thundersteel, já que tem uma energia que remete ao mesmo. “Angel’s Thunder, Devil’s Reign” é um Heavy/Power ótimo para se cantar junto, com o punho para o alto, e possui um belo trabalho de guitarras. Um hino! “Burn The Daylight” é um Hard classudo, com uma pegada que me remeteu ao Rainbow da fase Dio (“Kill yhe King”?), e tem um refrão desses para cantar junto. “Heart Of A Lion” é um Power com ótimos vocais e guitarras, e “Armor Of Light” encerra a primeira metade de forma matadora. É outra para você levantar o punho para o alto e cantar junto o refrão.
Agora chegamos ao “calcanhar de Aquiles” do trabalho, que é sua segunda metade. Ela não é ruim, de forma alguma, afinal temos canções de muita qualidade aqui, mas frente ao brilhantismo da primeira metade, fica um certo gosto estranho na boca. “Set The World Alight” tem uma levada mid-tempo e possui boas harmonias de guitarra, é agradável de escutar, mas fica faltando algo para realmente decolar. “San Antonio” é mais veloz, mas padece do mesmo problema, mesmo com algo de Rainbow nas guitarras e um refrão legal. “Caught In The Witches Eye” é um Hard com pegada voltada para os anos 80 e tem algo da carreira solo de Dio, com um groove muito legal e um riff bem pesado. “Ready To Shine” é outra que pende mais para uma levada mid-tempo e sim, tem algo de Queen bem presente. Escute e vai entender. “Raining Fire” traz de volta aquela energia do início do álbum, e soa agressiva e esmagadora. É um dos destaques dessa metade do álbum. Encerrando, temos a boa “Unbelief” e uma nova versão, simplesmente matadora, para “Thundersteel”.
A produção, mixagem e masterização ficaram por conta de Chris Collier (Prong, Metal Church, Last in Line) e ficou com uma qualidade muito boa, apesar de um pouco polida demais. Faltou uma pequena dose de organicidade, mas está dentro do padrão das produções atuais, com tudo limpo e cristalino. A bela capa foi obra Mariusz Gandzel (Crystal Viper), com arte adicional e layout de Timo Pollinger (Pain, Hypocrisy, Nightwish). E vale dizer que junto com Armor of Light, temos um CD bônus com a apresentação da banda no Keep It True Festival de 2015, que foi simplesmente fantástica. Um verdadeiro presente para os fãs da banda, que pode ouvir toda a força do Riot V em cima de um palco. Ok, a inconstância já citada pode incomodar levemente, mas não afeta de forma profunda a experiência que é escutar esse novo trabalho dos americanos, que acima de tudo prima pela qualidade das músicas, que empolgam e divertem qualquer um. Possivelmente o melhor álbum de Power Metal que escutará esse ano.
NOTA: 89
Riot V é:
- Todd Michael Hall (vocal);
- Mike Flyntz (guitarra);
- Nick Lee (guitarra);
- Don Van Stavern (baixo);
- Frank Gilchriest (bateria).
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