Ágona –
Homo Grotescus (2013)
(Independente - Nacional)
01. Regressão
02. Predestinados
03. Redomas
02. Predestinados
03. Redomas
04. Maldição
05. Unon
06. Homo
Grotescus
07. Utopia
08. A
Sombra
09. Cavalo de Tróia
10. Gaia
11. Grande Perdedor
12. Unon (English Version)
O
underground brasileiro, a cada dia que passa, vem se superando e mostrando uma
capacidade ímpar de revelar ótimas bandas. E em se tratando de sons mais
extremos, o Rio de Janeiro vem se mostrando com um cenário bem bastante
prolífico. É de lá que vem o quarteto Ágona, que aposta suas fichas em um
Death/Thrash vigoroso, com uma pegada mais moderna. Na estrada desde 2005 e com
um single e um EP nas costas, finalmente chegam ao seu debut, Homo Grotescus,
surpreendendo aos mais desavisados com um trabalho de inegável qualidade.
Como já
dito, a linha adotada musicalmente aqui é um Death/Thrash, feito com muita
agressividade, rispidez e que nada fica a dever a qualquer banda do cenário internacional.
Chama muito a atenção o fato de adotarem letras em português, algo que vêm se
tornando bem comum nessa nova geração de bandas da nossa cena. Acho isso algo
muito positivo, pois acaba com aquele mito idiota de que a língua portuguesa e
o Heavy Metal não combinam. E, diga-se de passagem, as letras do Ágona se
destacam pela altíssima qualidade. “Regressão”, faixa que abre o trabalho, é um
verdadeiro murro no pé do ouvido, desses de deixar o ouvinte meio surdo.
“Predestinados”, faixa seguinte, vem com uma pegada Death/Thrash e empolga
muito. “Redomas” é outra que surge muito agressiva e para lá de empolgante. A
verdade é que o nível aqui é altíssimo e não existe uma música sequer que
destoe por não possuir muita qualidade. Ainda sim, destaco “Unon”, cadenciada,
furiosa e que recebeu um ótimo videoclipe (e uma verão em inglês que fecha o
álbum), a intensa e pesada “Utopia”, a ótima faixa título e “Cavalo de Troia”
que possui alguns elementos bem interessantes do regionalismo brasileiro.
Apresentando
um trabalho muito coeso, brutal e carregado de energia, com uma ótima produção
(conseguiram fazer um álbum pesado e brutal, mas com uma sonoridade cristalina)
e grande técnica e criatividade, os cariocas do Ágona estreiam de forma
sensacional, com um álbum que tem tudo para figurar nas listas de melhores do
ano de muita gente por ai.
NOTA: 9,0