Onslaught – VI (2013)
(AFN
Records – Importado)
01. A New World Order
02. Chaos Is King
03. Fuel For My Fire
02. Chaos Is King
03. Fuel For My Fire
04. Children Of The Sand
05. Slaughterize
06. 66’ Fucking’ 6
07. Cruci-Fiction
08. Dead Man Walking
09. Enemy Of My Enemy
Quando
surgiu nos anos 80 o Thrash Metal era a ovelha negra do Metal, uma antítese,
uma resposta a toda pompa e exagero das bandas de Hard/Glam que infestaram as
paradas de sucesso naquele período. Exalando frescor, agressividade e revolta,
muitas dessas bandas acabaram conquistando o grande público e alcançando o topo
ou angariando reconhecimento e respeito dos fãs em todo mundo. Bandas como
Metallica, Slayer, Megadeth, Anthrax, Testament, Exodus, Kreator ou
Destruction, em maior ou menor escala, estão ai para provar isso. Mas existiram
também aquelas que apesar de toda a sua qualidade e capacidade técnica,
acabaram relegadas a um segundo plano. Donos de duas verdadeiras preciosidades
do Thrash Metal oitentista, Power From Hell (85) e The Force (86), os mestres
ingleses do Onslaught se encaixam nesse grupo.
Terceiro
álbum desde que retornaram as atividades no ano de 2007, VI é um passo adiante
em relação a seu trabalho anterior, Sounds Of Violence (2011), pois consegue
ser ainda mais duro e pesado que seu antecessor. Rápido, brutal e destilando
ódio, o Onslaught mostra a geração mais nova como fazer um álbum de Thrash
oitentista sem soar caricato e repetitivo. E sem muita conversa, após uma
rápida introdução já chegam metendo o pé na porta e acertando um soco na boca
do estômago do ouvinte com a selvagem e caótica “Chaos Is King”, que certamente
irá fazer com que muitos se lembrem do Destruction. A partir daí a banda vai
massacrando impiedosamente os pescoços e ouvidos alheios com uma série de
petardos que não vão deixa você para de bater cabeça. Dessas, os destaques são
“Fuel For My Fire”, brutal, “Children Of The Sand”, empolgante e com inspiração
no Oriente Médio, “Slaughterize”, possivelmente uma das melhores músicas que
compuseram nos últimos anos e com um refrão fantástico, “66’ Fucking” 6”,
agressiva e com potencial para se tornar um hino da banda e “Enemy Of My
Enemy”, outra que certamente vai ficar gravada na cabeça dos fãs.
VI é
desses álbuns que vai crescendo a cada audição. Sua sonoridade é Old School,
mas em momento algum soa datado, pois sua produção dá ao mesmo um saudável ar
de modernidade, o que acaba sendo muito positivo meio a uma nova geração que
procura emular tanto o que foi feito a quase 30 anos atrás que acabam soando
patéticos e irritantes em alguns momentos. Aqui o Onslaught se mostra mais
focado e agressivo do que nunca, provando toda a sua capacidade de fazer boa
música e mostrando que sim, a nova geração ainda tem muito a aprender com as
grandes bandas do passado. Uma aula de como fazer um grande álbum de Thrash.
NOTA: 8,5
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