Sabaton - The Last Stand (2016)
(Shinigami Records/Nuclear Blast - Nacional)
CD1 - The Last Stand
01. Sparta
02. Last Dying Breath
03. Blood Of Bannockburn
04. Diary Of An Unknown Soldier
05. The Lost Battalion
06. Rorke's Drift
07. The Last Stand
08. Hill 3234
09. Shiroyama
10. Winged Hussars
11. The Last Battle
12. All Guns Blazing (Judas Priest cover)
13. Camouflage (Stan Ridgway cover)
CD - 2 Live in Nantes - France, 2016
01. The March to War
02. Ghost Division
03. Far from the Fame
04. Uprising
05. Midway
06. Gott mit uns
07. Resist and Bite
08. Wolfpack
09. Dominium Maris Baltici
10. Carolus Rex
11. Swedish Pagans
12. Soldier of 3 Armies
13. Attero Dominatus
14. The Art of War
15. Wind of Change
16. To Hell and Back
17. Night Witches
18. Primo Victoria
19. Metal Crüe
Sabe aquela banda que não apresenta absolutamente nada de novo em matéria de sonoridade, usa todos os clichês possíveis de um estilo, tem uma fórmula pronta para suas músicas, mas ainda assim você consegue achar muito legal e se diverte com a audição dos seus trabalhos? Então, o Sabaton é uma dessas. E bem, isso não é exclusividade minha, vide o crescimento exponencial dos suecos a cada trabalho e a legião de fãs que arrastam em festivais pela Europa. Os caras possuem até o próprio festival Open Air, que ocorre em sua cidade, Falun. Qualquer dúvida quanto à força dos caras, basta assistirem o DVD Heroes on Tour e comprovar.
Muito desse crescimento, além de motivado pela qualidade, vem do fato dos caras não pararem nunca. Desde 2005, quando lançaram Primo Victoria, já são 11 anos, 8 álbuns de estúdio e 4 trabalhos ao vivo, sendo que desde The Art of War, seguem religiosamente a rotina de um lançamento a cada 2 anos. Simplesmente não param, sendo isso talvez o principal motivo para a inconstância de formação, já que a vida do Sabaton se resume a estúdio e turnês. A última baixa se deu com a saída do guitarrista Thobbe Englund, após a gravação de The Last Stand, sendo substituído por Tommy Johansson.
O que esperar de um álbum do Sabaton? Canções típicas de Power Metal, com duração entre 3 e 4 minutos, refrões fortes e marcantes e os vocais inconfundíveis de Joakim Brodén, que fogem totalmente do usual no estilo. E se você espera qualquer coisa diferente disso, como diz minha esposa, está mais por fora que braço de caminhoneiro. É isso que os suecos sabem fazer e, sinceramente, não tem porque mudar. Claro, um ajuste aqui, uma pequena experimentação ali, são coisas que podem vir a ocorrer, mas o esquema é esse acima e quem não goste, que não escute.
(Shinigami Records/Nuclear Blast - Nacional)
CD1 - The Last Stand
01. Sparta
02. Last Dying Breath
03. Blood Of Bannockburn
04. Diary Of An Unknown Soldier
05. The Lost Battalion
06. Rorke's Drift
07. The Last Stand
08. Hill 3234
09. Shiroyama
10. Winged Hussars
11. The Last Battle
12. All Guns Blazing (Judas Priest cover)
13. Camouflage (Stan Ridgway cover)
CD - 2 Live in Nantes - France, 2016
01. The March to War
02. Ghost Division
03. Far from the Fame
04. Uprising
05. Midway
06. Gott mit uns
07. Resist and Bite
08. Wolfpack
09. Dominium Maris Baltici
10. Carolus Rex
11. Swedish Pagans
12. Soldier of 3 Armies
13. Attero Dominatus
14. The Art of War
15. Wind of Change
16. To Hell and Back
17. Night Witches
18. Primo Victoria
19. Metal Crüe
Sabe aquela banda que não apresenta absolutamente nada de novo em matéria de sonoridade, usa todos os clichês possíveis de um estilo, tem uma fórmula pronta para suas músicas, mas ainda assim você consegue achar muito legal e se diverte com a audição dos seus trabalhos? Então, o Sabaton é uma dessas. E bem, isso não é exclusividade minha, vide o crescimento exponencial dos suecos a cada trabalho e a legião de fãs que arrastam em festivais pela Europa. Os caras possuem até o próprio festival Open Air, que ocorre em sua cidade, Falun. Qualquer dúvida quanto à força dos caras, basta assistirem o DVD Heroes on Tour e comprovar.
Muito desse crescimento, além de motivado pela qualidade, vem do fato dos caras não pararem nunca. Desde 2005, quando lançaram Primo Victoria, já são 11 anos, 8 álbuns de estúdio e 4 trabalhos ao vivo, sendo que desde The Art of War, seguem religiosamente a rotina de um lançamento a cada 2 anos. Simplesmente não param, sendo isso talvez o principal motivo para a inconstância de formação, já que a vida do Sabaton se resume a estúdio e turnês. A última baixa se deu com a saída do guitarrista Thobbe Englund, após a gravação de The Last Stand, sendo substituído por Tommy Johansson.
O que esperar de um álbum do Sabaton? Canções típicas de Power Metal, com duração entre 3 e 4 minutos, refrões fortes e marcantes e os vocais inconfundíveis de Joakim Brodén, que fogem totalmente do usual no estilo. E se você espera qualquer coisa diferente disso, como diz minha esposa, está mais por fora que braço de caminhoneiro. É isso que os suecos sabem fazer e, sinceramente, não tem porque mudar. Claro, um ajuste aqui, uma pequena experimentação ali, são coisas que podem vir a ocorrer, mas o esquema é esse acima e quem não goste, que não escute.
Mas vamos a The Last Stand, que é o que realmente interessa. Os dois primeiros singles liberados pelo Sabaton para esse álbum certamente assustaram a maioria de seus fãs. “The Lost Battalion” (que no álbum é precedida por “Diary Of An Unknown Soldier”, narrada por Jon Schaffer), faixa que trata da participação da 77ª Divisão americana na Ofensiva Meuse-Argonne, é talvez a mais fraca de todo trabalho. A ideia de substituir o som da bateria por armas não funcionou muito bem (o bumbo é feito por uma .40, as caixas por uma 9 mm e o chimbau por uma baioneta) e deu um toque meio industrial à mesma. Por mais que a ideia seja legal, a execução foi péssima. Nem o bom refrão e os corais salvam a música. Já em “Blood of Bannockburn” (onde tratam da decisiva vitória das forças escocesas sobre as inglesas, em 1314, no âmbito da Guerra de Independência da Escócia), resolveram experimentar, incluindo uma bagpipe (tocada por Jonas Kjellgren), que surge na introdução e em alguns outros momentos da mesma. Apesar de certo estranhamento, a faixa acaba soando bem legal, principalmente pelo refrão cativante e pelo bom uso do Hammond (tocado por Tomas Sunme). Já o terceiro single liberado um pouco antes do lançamento, “Shiroyama”, está certamente entre os grandes destaques do álbum e trata da última batalha da Rebelião Matsuma contra o governo Meiji. Os vocais dão um clima épico que se encaixa perfeitamente na história, as guitarras fazem um excelente trabalho e os teclados estão muitíssimo bem encaixados.
Vale dizer uma coisa aqui. Os teclados, que sempre foram uma marca registrada da banda, principalmente naqueles momentos em que executam a funcão das guitarras, se fazem um pouco mais presentes aqui do que o usual. Certamente, uma reminiscência da influência cada vez maior de Hard e Glam oitentista na música do Sabaton. Isso fica perceptível em faixas como “The Last Stand” (trata do episódio onde os 189 soldados da guarda suíça resistiram contra cerca de 1000 soldados de Carlos V, no episódio do saque de Roma, em 1527, para que o papa Clemente VII pudesse chegar em segurança ao Castelo de Santo Ângelo), “Last Dying Breath” (trata da resistência de Dragutin Gavrilovic e seus homens do exército sérvio ao cerco de Belgrado pelas tropas austro húngaras e alemãs, na 1ª Guerra) e “Winged Hussars” (sobre a participação seminal dos “Hussardos Alados Poloneses” na vitória da Santa Liga contra os Otomanos, na Batalha de Viena em 1683). Curiosamente, elas estão entre os destaques do trabalho, graças aos refrões cativantes e aos teclados muito bem utilizados.
A faixa de abertura, “Sparta” (Batalha de Termópilas e os famosos 300 de Esparta), em um primeiro momento pode parecer uma escolha um tanto equivocada para essa função, já que tem uma levada mais cadenciada, mas o refrão forte e grudento e seus ótimos riffs fazem essa impressão de dispersar rapidamente. “Rorke's Drift” (batalha ocorrida em 1879, na guerra Anglo-Zulu, onde 139 soldados ingleses, acompanhados de alguns colonos, defenderam um hospital de campanha contra cerca de 4 mil guerreiros zulus) tem uma abordagem mais tradicional dentro do Power Metal, sendo bem veloz, mas não apresentando nada de muito empolgante. Já “Hill 3234”, que trata da Batalha da Colina 3234, ocorrida no Afeganistão em 1988, onde 39 paraquedistas russos conseguiram defender sua posição contra cerca de 250 mujahidin afegãos e soldados paquistaneses, segue nessa mesma tocada, mas soa bem mais interessante, principalmente devido ao ótimo refrão e aos empolgantes coros. Já “The Last Battle”, que conta a curiosa história da Batalha por Castle Itter, ocorrida já após o suicídio de Hitler e que uniu de um lado, tropas americanas, soldados alemães da Wehrmacht e civis franceses contra tropas da SS nazista, tem uma pegada bem anos 80 e aquele refrãozinho grudento que só o Sabaton sabe fazer. Temos ainda dois covers, um para “All Guns Blazing”, do Judas Priest, que ficou excelente e um para o hit oitentista “Camouflage”, de Stan Ridgway (ex-Wall Of Voodoo, aquela mesma do hit “Mexican Radio”, que foi coverizado pelo Celtic Frost), que também convence em muito.
A produção, como de praxe desde The Art of War (08), ficou por conta de Peter Tägtgren, que também cuidou da engenharia e da mixagem, tudo no seu renomado Studio Abyss, na Suécia. A masterização foi realizada por Jonas Kjellgren (Amorphis, Carach Angren, Dark Funeral, Hypocrisy e que já vem trabalhando com a banda desde Carolus Rex (12)), provavelmente em seu estúdio, o Black Lounge. Qualidade indiscutível e ponto final. E como dá para ver que o Sabaton não é de mexer em time que se está ganhando, a capa, assim como nos dois trabalhos anteriores, ficou nas mãos de Péter Sallai (Cavalera Conspiracy, Hammercult, Kataklysm, W.A.S.P.).
A Shinigami está lançando The Last Stand tanto em versão simples, como em uma versão dupla que vem com um DVD, onde consta uma apresentação do Sabaton em Nantes, nesse ano. E vos digo que se puderem adquirir a segunda, o façam, porque assistir o Sabaton ao vivo sempre vale muito a pena (digo isso por experiência própria). A qualidade de imagem e som é ótima, possui uma boa diversidade de câmeras e os caras são um show à parte no palco. Ouso dizer que são os suecos menos suecos da face da terra, de tanto que se divertem e brincam tanto com a plateia, como entre eles (os diálogos entre Joakim e Thobbe Englund são hilários). O set list é muito equilibrado e abrangente e o show conta com momentos curiosos, como “Gott mit uns” sendo cantada sem a presença de Brodén e Chris Rörland sozinho no palco, cantando um trecho de “Wind of Change” do Scorpions, antes da banda retornar para “To Hell and Back”. O público também é um caso à parte, contando com os já tradicionais sósias do vocalista, que podem ser vistos em todas as apresentações do Sabaton pelo mundo e claro, agitando muito em todas as canções do repertório.
The Last Stand é o Sabaton sendo o Sabaton na maior parte do tempo. Claro, nem tudo funciona como o planejado, temos alguns baixos por aqui, mas na maior parte do tempo o quinteto sueco nos entrega exatamente o que esperamos, ou seja, canções épicas, com refrões cativantes, melodias grudentas e, acima de tudo, divertidas, além de letras que são uma aula de história militar. Se é fã do Sabaton, vai abrir um sorriso na maior parte do tempo, se não é, não é dessa vez que isso mudará. E o tanque de guerra sueco continua firme, forte, pesado e claro, certeiro.
NOTA: 8,5
Sabaton (gravação):
- Joakim Brodén (vocal/teclado)
- Thobbe Englund (guitarra)
- Chris Rörland (guitarra)
- Pär Sundström (baixo)
- Hannes Van Dahl (bateria)
Sabaton é:
- Joakim Brodén (vocal/teclado)
- Tommy Johansson (guitarra)
- Chris Rörland (guitarra)
- Pär Sundström (baixo)
- Hannes Van Dahl (bateria)
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