Listas, listas, as tão amadas e odiadas listas. Final de ano é sempre aquela história, uma parte pega papel e caneta e lista os melhores Cd’s que escutou, enquanto a outra parte ou critica a necessidade das mesmas ou simplesmente discorda dos nomes citados. Então, por que fazê-las? Bem, ao menos para mim, a resposta é simples. Quem, ao menos uma vez na vida, não acabou descobrindo uma banda interessante em alguma lista? Para mim, elas representam o gosto pessoal de quem a faz e não uma regra, uma verdade absoluta sobre o que é bom ou não; listas servem para, quem sabe, apresentar novos nomes a quem não os conhece.
O ano de 2016 foi farto em trabalhos de qualidade e foi dificílimo para fechar tanto a lista internacional quanto a nacional, tanto que pretendo, durante janeiro de 2017, fazer algumas postagens citando alguns ótimos álbuns que infelizmente não tiveram espaço aqui. Outra questão é que muitos sentirão falta dos medalhões aqui. Metallica? Megadeth? Anthrax? Certamente lançaram grandes álbuns, mas ao menos do meu ponto de vista, não o suficiente para aparecer por aqui. Além do mais, o Metal é muito mais do que as grandes bandas que temos por ai, sua riqueza de verdade está no underground. Nele, encontramos verdadeiras pérolas escondidas.
Por último, não encontrou seus Cd’s preferidos aqui? Não fique bravo, às vezes um trabalho não “bate” para um como “bate” para outro. Fora que nem sempre tenho tempo ou conhecimento para escutar tudo (por isso listas, como já dito, refletem gostos pessoais de quem escreve). Então, se for questionar, o faça na boa, com educação. Foi nesses questionamentos em que ano passado, por exemplo, acabei conhecendo uns 3 ótimos títulos que teriam tudo para ter entrado entre os melhores de 2015. Mas bem, vamos ao que realmente interessa.
O ano de 2016 foi farto em trabalhos de qualidade e foi dificílimo para fechar tanto a lista internacional quanto a nacional, tanto que pretendo, durante janeiro de 2017, fazer algumas postagens citando alguns ótimos álbuns que infelizmente não tiveram espaço aqui. Outra questão é que muitos sentirão falta dos medalhões aqui. Metallica? Megadeth? Anthrax? Certamente lançaram grandes álbuns, mas ao menos do meu ponto de vista, não o suficiente para aparecer por aqui. Além do mais, o Metal é muito mais do que as grandes bandas que temos por ai, sua riqueza de verdade está no underground. Nele, encontramos verdadeiras pérolas escondidas.
Por último, não encontrou seus Cd’s preferidos aqui? Não fique bravo, às vezes um trabalho não “bate” para um como “bate” para outro. Fora que nem sempre tenho tempo ou conhecimento para escutar tudo (por isso listas, como já dito, refletem gostos pessoais de quem escreve). Então, se for questionar, o faça na boa, com educação. Foi nesses questionamentos em que ano passado, por exemplo, acabei conhecendo uns 3 ótimos títulos que teriam tudo para ter entrado entre os melhores de 2015. Mas bem, vamos ao que realmente interessa.
Irrotulável! Essa é a melhor definição para a música do Inter Arma. Sludge, Doom, Post Metal, Black, Death, Progressivo, Psicodélico, tudo isso se junta e de uma mistura aparentemente anárquica, surge um som absurdamente coeso, pesado e que desafia o ouvinte. Os que não estão acostumados a essa proposta, certamente acharão estranho, mas isso não faz dele um trabalho menor. Ao contrário, é ousado, instigante e desafia limites.
Certamente uma das bandas mais inquietas do Metal na atualidade. A cada álbum lançado, os americanos do Fallujah procuram se reinventar, buscar novos limites para sua música. Mergulhando ainda mais nas influências de Progressivo/Ambient apresentadas no trabalho anterior e esbanjando grande técnica, conseguiram lançar um álbum que é ao mesmo tempo bruto e belo.
Sem exageros, umas das bandas mais legais que conheci nesse ano de 2016. Li uma definição a respeito da música do Old Blood que a colocava como uma jam da Amy Winehouse com o Kyuss, em uma festa regada a LSD no meio do deserto. E pior que isso faz sentido. Apresentando um Stoner/Doom psicodélico movido pelos belos vocais limpos de Feathers, que é carregado de influências de Soul e Blues e ótimas linhas de sintetizador e guitarra, conseguem forjar temas vigorosos e viajantes. E olha, esse é apenas o álbum de estreia dos californianos. Talvez a grande revelação desse ano.
Uma das bandas mais inovadoras e influentes da história do Metal, copiada por muitas e principal responsável pelo surgimento de um subgênero dentro do estilo, o Djent. Esse é o Meshuggah. Unindo presente e passado, os suecos conseguiram agregar todas as suas fases em um só álbum, sem soar forçado em momento algum. Passagens complexas, riffs dissonantes, agressividade e experimentalismos fazem parte de mais esse clássico.
O grupo capitaneado pelo ex-Katatonia Fredrik Norrman chegou ao seu 5º álbum de estúdio sem inventar ou buscar novas sonoridades. Problema? De forma alguma, já que o que esperamos do October Tide é exatamente aquele Melodic Doom/Death que sempre marcou de forma irrepreensível seus trabalhos. Riffs pesados e melodias cativantes são responsáveis por gerar um clima melancólico e sombrio, nesse que é o melhor trabalho da banda desde o seu retorno em 2009.
Com Atrophy, os alemães do Downfall Of Gaia deixaram para trás praticamente todos os resquícios de Crust e Sludge em sua música, mergulhando de cabeça no Atmospheric/Post-Black Metal, gerando uma sonoridade densa e sufocante. Um álbum que desperta uma forte sensação de solidão, se encaixando perfeitamente como trilha sonora para o momento atual da humanidade, onde a tecnologia e as redes sociais acabam nos isolando cada vez mais e tornando nossas existências vazias de propósito.
Capitaneado por Jürgen Bartsch, o Bethlehem sempre foi um nome polêmico. Basta lembrar que nos anos 90, tiveram que lidar com a censura e até mesmo foram proibidos de se apresentar em algumas cidades alemãs. Após alguns altos e baixos na carreira, encerraram as atividades em 2015, mas para a surpresa de muitos, retornaram já em 2016 e soltaram esse que é seu 8º álbum, que comemora os 25 anos de carreira da banda. Estreando uma nova formação, contando agora com a polonesa Yvonne “Onielar” Wilczynska (Darkened Nocturn Slaughtercult) nos vocais, conseguiram fazer jus à sua história com um trabalho que trafega entre seu passado e presente, honrando trabalhos clássicos como Dark Metal e Dictius Te Necare.
Após um hiato de 4 anos, os franceses do Deathspell Omega retornaram com Avant-garde Black Metal em mais um trabalho de rara qualidade. Brutal, pesado e agressivo, é um trabalho visceral e, sem exagero algum, o caos em forma de música. Um clássico!
Deve existir alguma coisa na água que os finlandeses bebem, que acaba gerando ótimas bandas de Doom Metal. Na estrada desde o final dos anos 80, o Spiritus Mortis foi a primeira banda do estilo no país, mas, apesar disso, esse é apenas seu 4º álbum de estúdio. Lentos, monolíticos e com riffs poderosos e brutalmente pesados, simplesmente dão uma aula de como fazer Doom de qualidade. Um verdadeiro clássico de uma verdadeira instituição do estilo.
O Vektor já havia chamado a atenção em seus dois primeiros álbuns pela altíssima qualidade de seu Thrash Metal. Em Terminal Redux, temos um som técnico, progressivo, carregado de harmonias complexas, com muita variedade e ótimos riffs. Em suma, foge completamente daquele esquema de emular o som da Bay Area. Uma música de qualidade ímpar nos dias de hoje e que vai agradar em muito fãs de bandas como Voi Vod e Coroner.
2016 foi um belíssimo ano para os amantes de um bom Doom Metal. O Clouds, para quem ainda não conhece, é um projeto que reune músicos de várias bandas, dentre eles, Daniel Neagoe e Jarno Salomaa, do ótimo Shape of Despair (responsável por um dos melhores álbuns de 2015). Seu Doom Metal Atmosférico exala desolação e tristeza por todos os poros, gerando uma atmosfera única, que certamente vai agradar em cheio todo e qualquer um que vier a escutá-lo.
De todos os grandes nomes do Thrash Metal americano, o Testament certamente é o que possui a carreira mais consistente, pois em momento algum deixou de lançar trabalhos de grande relevância. Brotherhood Of The Snake tinha a espinhosa missão de ser o sucessor do elogiado Dark Roots of Earth e bem, não decepcionou os fãs. Com um verdadeiro “Dream Team” do Thrash Metal, apresentam um álbum sólido e forte, como só o Testament sabe fazer.
Caso não conheça, o Saor é uma one man band formada pelo inglês Andy Marshall e que executa uma mistura muito interessante de Folk e Black Metal Atmosférico. Em seu 3º álbum, consegue manter o altíssimo nível dos anteriores. Canções longas e épicas, reforçadas por instrumentos adicionais como violinos, gaitas de fole e outros, dão uma profundidade ainda maior à sonoridade aqui presente (que pouco difere dos álbuns anteriores, vale frisar). Uma verdadeira aula de bom gosto e grandes melodias!
Antes de tudo, #DanSwanöGênio. Ao lado de Ragnar Widerberg (Shadowquest, Witchcraft), Dan Swanö lançou o segundo trabalho do Witherscape, conseguindo superar seu debut em matéria de qualidade. Tendo o Progressive Melodic Death Metal como base, a dupla incorpora elementos de Classic Rock, Metal Tradicional, Hard/AOR e Gothic Doom, gerando assim uma sonoridade ímpar, carregada de personalidade e dando a entender que limites não existirão para a música do Witherscape. É esperar os próximos lançamentos e conferir.
A trilha sonora do apocalipse, assim podemos definir a música do duo inglês formado por V.I.T.R.I.O.L (também conhecido como Dave Hunt, vocalista do Benediction) e Irrumator (Mick Kenney, baixista, guitarrista e programador). Sua mistura de Black Metal, Grindcore e Industrial gera uma sonoridade absurdamente brutal e caótica, lhes dando uma identidade única. Agressivo, escuro, forte e bruto, esse não é um trabalho indicado para pessoas de ouvido sensível.
O Blues Pills é a única banda da nova geração do Classic Rock realmente capaz de rivalizar com o Rival Sons em matéria de qualidade. Após uma estreia empolgante, o quarteto recusou-se a simplesmente repetir o trabalho anterior, ousando em seu segundo álbum. Aqui, as influências de Soul, além do seu lado psicodélico, ganham mais espaço nas canções. Mas o protagonismo fica mesmo com Elin Larsson e sua fantástica voz, que a coloca entre as maiores vozes femininas da música.
Sem dúvida alguma, a melhor banda dessa nova geração do Classic Rock, e não à toa, foram escolhidos para fazer os shows de abertura da turnê de despedida do Black Sabbath. Seu Hard/Blues calcado nos anos 60 e 70 consegue ficar melhor a cada lançamento, graças principalmente ao vocalista Jay Buchanan e ao talentoso guitarrista Scott Holiday, responsável por riffs e solos realmente impressionantes. Uma banda que tem tudo para se tornar gigante no futuro.
Ao encerrar a resenha de Jumalten Aika, perguntei até onde o Moonsorrow poderia chegar com sua música. Para minha surpresa (e felicidade), recebi a resposta bem-humorada do guitarrista Henri Sorvali no Twitter. “Nós sempre pensamos o mesmo quando começamos a trabalhar em um novo álbum.”. E bem, tal afirmação não é exagero, já que sua mistura de Pagan/Black com Folk gerou um som único. Sempre dando um passo à frente em sua música, aqui podemos observar a inclusão de elementos xamânicos que surgem nos momentos mais atmosféricos presentes. A espetacular “Ruttolehto”, melhor canção de 2016, reflete exatamente o que é esse trabalho, que, sem exageros, pode ser considerado o melhor dos finlandeses até hoje.
Jayn H. Wissenberg é a força criativa por detrás do nome Darkher. A inglesa, acompanhada de seu marido Martin T Wissenberg e do baterista Shaun 'Winter Taylor -Steels (ex-My Dying Bride, ex-Anathema), foi responsável por um dos melhores momentos de 2016. Sua música mescla elementos de Folk, Gothic, Post Rock, Ambient e Doom Metal, gerando assim canções altamente emocionais, sombrias e que deixam qualquer um inquieto. Melancólico e com um lado espiritual muito aflorado, Realms é uma viagem pela alma de Jayn. E que viagem!
01º. Vainaja – Verenvalaja
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