segunda-feira, 5 de dezembro de 2016

DarkTower - Eight Spears (2016)


DarkTower - Eight Spears (2016)
(Black Legion Productions/Lab 6 Music)


1. Eight Paths - Initiation
2. Destroy the House of Ha'shem
3. Burn the Pyre
4. The Legion Marches On
5. Nameless Servants of Damnation
6. On Darkest Wings
7. Haeretic
8. Eight Spears
9. Blood Harvest

Para quem porventura não conhece o DarkTower, o grupo foi formado no ano de 2006, no Rio de Janeiro e, após alguns singles e EP’s, chegou ao seu debut, o muito bom ...of Chaos and Ascension (13), executando um Black/Death de primeiríssima linha. Eis que após um hiato de 3 anos, retornam com o sucessor deste, intitulado Eight Spears, e bem, posso dizer que o que era extremo, ficou mais extremo ainda.

Após algumas mudanças de formação nesse período, o DarkTower parece ter se estabilizado com Flávio Gonçalves (vocal), Raphael Casotto e Rafael Morais(guitarras), Rodolfo Ferreira (que migrou da bateria para o baixo e também faz os vocais limpos) e Jean Secca (bateria). É esse quinteto o responsável pelo massacre sonoro que ouvimos em Eight Spears. A evolução da banda nesse espaço de 3 anos foi realmente impressionante em todos os aspectos e souberam lapidar o que se mostrava necessário para seu crescimento.

A primeira coisa que chama a atenção é o nível de agressividade imposto às canções. Soando ainda mais violenta do que no debut, a música do quinteto transborda raiva por todos os poros, estando mais crua e um pouco menos melódica. Tecnicamente a banda também cresceu bastante, com os arranjos melhor trabalhados e orquestrações com um pouco menos de espaço, mas inseridas de forma cirúrgica nas composições. Os vocais de Flávio mantém a variedade de outrora, indo do gutural ao rasgado sem perder qualidade. Os vocais limpos de Rodolfo Ferreira, que já haviam chamado a atenção no debut, soam ainda melhores aqui, dando uma boa dinâmica nesse quesito. As guitarras de Raphael Casotto e Rafael Morais estão afiadíssimas, tanto nos riffs, simplesmente cortantes, quanto nos solos, enquanto Rodolfo e Jean Secca formam uma parte rítmica técnica, variada e pesada.


O álbum se mostra extremamente homogêneo e o nível das músicas aqui presentes é altíssimo. Ainda assim, posso destacar “Destroy the House of Ha'shem”, bem técnica, bruta, variada e com um ótimo trabalho de guitarras, “Burn the Pyre”, outra bem técnica, com destaque para a parte rítmica e com vocais e riffs bem variados, a brutal e grudenta “Nameless Servants of Damnation”, “Haeretic”, com uma avalanche de bons riffs e melodias que se destacam e a ótima “Eight Spears”, que exala ódio do início ao fim. Vale ressaltar que temos algumas participações especiais aqui. Felipe Eregion (vocal/Unearthly) em “Destroy the House of Ha'shem”, Guilherme Sevens (vocal/Painside) em “The Legion Marches On”, Pedrito Hildebrando (vocal/Vociferatus) e Rodrigo Garm (vocal/Pagan Throne) em “Blood Harvest”. Além disso, as orquestrações aqui presentes foram feitas por Rômulo Pirozzi, que tocou com o DarkTower até 2013.

Outro ponto de evolução foi na produção. Se já era boa em ..of Chaos and Ascension, em Eight Spears ela não fica devendo nada a boa parte do que vem lá de fora. Ficou a cargo da banda e de Fernando Campos, que também foi o responsável pela mixagem, no AM Studios. com a masterização sendo feita por Giorgos Bokos (Stone Cold Dead, ex-Rotting Christ, ex-Nightfall) no Grindhouse Studio. Isso resultou em uma sonoridade que além de soar moderna, conseguiu equilibrar agressividade, peso e clareza. Já toda a bela parte gráfica foi concebida pelo baixista Rodolfo Ferreira, sendo tudo embalado em um digipack caprichado.

Extremo, agressivo e ríspido, o DarkTower é responsável por um dos melhores lançamentos nacionais desse ano de 2016, mostrando que é sim, uma das principais bandas do nosso cenário. Para moer o pescoço mesmo dos bangers mais calejados e contraindicado aos de ouvidos sensíveis.

NOTA: 8,5

DarkTower é:
Flávio Gonçalves (vocal);
Raphael Casotto (guitarra);
Rafael Morais(guitarra);
Rodolfo Ferreira (baixo);
Jean Secca (bateria).

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