Hansen (& Friends) - XXX: Three Decades in Metal (2016)
(Shinigami Records/earMUSIC - Nacional)
01. Born Free
02. Enemies Of Fun (c/ Ralf Scheepers & Piet Sielck)
03. Contract Song (c/ Dee Snider & Steve McT as The Manger)
04. Making Headlines (c/ Tobias Sammet)
05. Stranger In Time (c/ Michael Kiske, Frank Beck, Tobias Sammet & Roland Grapow)
06. Fire and Ice (c/ Clementine Delauney, Marcus Bischoff, Richard Sjunnesson & Michael Weikath)
07. Left Behind (c/ Alexander Dietz & Clementine Delauney)
08. All Or Nothing (c/ Clémentine Delauney)
09. Burning Bridges (c/ Eike Freese)
10. Follow the Sun (c/ Hansi Kürsch, Marcus Bischoff & Tim Hansen)
O que falar de um cara que fundou as duas maiores bandas da história do Heavy/Power Melódico alemão, Helloween e Gamma Ray, que ao lado de Piet Sielck criou o Iron Savior, outro gigante do estilo e ainda é membro do Unisonic? Desde a fundação do Gentry, em 1978, já são quase 40 anos de Kai Hansen na cena metálica, mas apesar das bandas que fundou e dos projetos em que participou, ele nunca havia se aventurado com um trabalho solo. Até que um dia o vocalista do Dark Age, Eike Freese (que trabalhou na produção dos últimos álbuns e relançamentos do Gamma Ray) e o guitarrista do Heaven Shall Burn, Alexander Dietz, resolveram chamar Kai para expor uma ideia que tinham.
O resultado dessa conversa é XXX: Three Decades in Metal. A tríade Hansen/Freese/Dietz (que aqui toca baixo) compôs todas as faixas aqui presentes e ainda chamaram Dan Wilding, do Carcass, para ser o responsável pela bateria. Está bom para você? Não? Pois é, aparentemente para Kai também não. Sendo assim, chamou para dividir os vocais com ele músicos do porte de Ralf Scheppers (Primal Fear, ex-Gamma Ray), Piet Sielck (Iron Savior), Dee Snider (ex-Twisted Sister), Steve McTaggart (que já trabalhou com artistas como DragonForce, W.A.S.P. e Halford), Tobias Sammet (Edguy, Avantasia), Michael Kiske (Unisonic, ex-Helloween), Frank Beck (atual vocalista do Gamma Ray), Clementine Delauney (Visions of Atlantis), Marcus Bischoff (Heaven Shall Burn), Richard Sjunnesson (The Unguided, ex-Sonic Syndicate) e Hansi Kürsch (Blind Guardian). Mas ainda assim faltava algo. Então, para dividir as guitarras em algumas faixas, resolveu chamar o velho parceiro, Michael Weikath (Helloween), Roland Grapow (Masterplan, ex-Helloween) e seu filho, Tim Hansen. E fechando o time, Corvin Bahn, tecladista que toca ao vivo com o Gamma Ray já há alguns anos.
(Shinigami Records/earMUSIC - Nacional)
01. Born Free
02. Enemies Of Fun (c/ Ralf Scheepers & Piet Sielck)
03. Contract Song (c/ Dee Snider & Steve McT as The Manger)
04. Making Headlines (c/ Tobias Sammet)
05. Stranger In Time (c/ Michael Kiske, Frank Beck, Tobias Sammet & Roland Grapow)
06. Fire and Ice (c/ Clementine Delauney, Marcus Bischoff, Richard Sjunnesson & Michael Weikath)
07. Left Behind (c/ Alexander Dietz & Clementine Delauney)
08. All Or Nothing (c/ Clémentine Delauney)
09. Burning Bridges (c/ Eike Freese)
10. Follow the Sun (c/ Hansi Kürsch, Marcus Bischoff & Tim Hansen)
O que falar de um cara que fundou as duas maiores bandas da história do Heavy/Power Melódico alemão, Helloween e Gamma Ray, que ao lado de Piet Sielck criou o Iron Savior, outro gigante do estilo e ainda é membro do Unisonic? Desde a fundação do Gentry, em 1978, já são quase 40 anos de Kai Hansen na cena metálica, mas apesar das bandas que fundou e dos projetos em que participou, ele nunca havia se aventurado com um trabalho solo. Até que um dia o vocalista do Dark Age, Eike Freese (que trabalhou na produção dos últimos álbuns e relançamentos do Gamma Ray) e o guitarrista do Heaven Shall Burn, Alexander Dietz, resolveram chamar Kai para expor uma ideia que tinham.
O resultado dessa conversa é XXX: Three Decades in Metal. A tríade Hansen/Freese/Dietz (que aqui toca baixo) compôs todas as faixas aqui presentes e ainda chamaram Dan Wilding, do Carcass, para ser o responsável pela bateria. Está bom para você? Não? Pois é, aparentemente para Kai também não. Sendo assim, chamou para dividir os vocais com ele músicos do porte de Ralf Scheppers (Primal Fear, ex-Gamma Ray), Piet Sielck (Iron Savior), Dee Snider (ex-Twisted Sister), Steve McTaggart (que já trabalhou com artistas como DragonForce, W.A.S.P. e Halford), Tobias Sammet (Edguy, Avantasia), Michael Kiske (Unisonic, ex-Helloween), Frank Beck (atual vocalista do Gamma Ray), Clementine Delauney (Visions of Atlantis), Marcus Bischoff (Heaven Shall Burn), Richard Sjunnesson (The Unguided, ex-Sonic Syndicate) e Hansi Kürsch (Blind Guardian). Mas ainda assim faltava algo. Então, para dividir as guitarras em algumas faixas, resolveu chamar o velho parceiro, Michael Weikath (Helloween), Roland Grapow (Masterplan, ex-Helloween) e seu filho, Tim Hansen. E fechando o time, Corvin Bahn, tecladista que toca ao vivo com o Gamma Ray já há alguns anos.
Musicalmente, esse é um trabalho que busca fugir do óbvio, ou seja, se espera um álbum recheado de canções típicas do Power Metal alemão, pode tirar o cavalo da chuva. Claro que momentos assim até aparecem aqui e ali, mas esse é basicamente um álbum composto de músicas simples, com foco principal na guitarra e nas melodias grudentas com que Kai tanto sabe nos presentear. É um álbum de Heavy Metal bem direto e acima de tudo, diversificado, graças à grande gama de estilos contemplados entre os músicos convidados. Essa é a grande cartada do trio Hansen/Freese/Dietz.
A faixa de abertura, “Born Free”, é a única em que Hansen canta sozinho. Tem um ótimo riff, melodias fáceis e aquela inspiração descarada em Judas Priest que ele tanto adora. Já a faixa seguinte, “Enemies Of Fun”, conta com Ralf e Piet dividindo os vocais, soando como uma mescla de Judas com Accept. É um Heavy Metal clássico, mas que peca um pouco pela duração. São quase 8 minutos de música, que no final acaba ficando um pouco repetitiva. Uns 2 minutos a menos teria sido o ideal, mas o refrão é daquele de você cantar junto. “Contract Song” conta com Dee Snider e tem uma pegada mais festiva, algo que remete aos anos 80. Ainda assim, apesar do refrão cativante, é das que menos empolga. Fechando a primeira metade do álbum, duas músicas que seguem uma pegada mais tradicional e esperada. “Making Headlines”, com Tobias Sammet, possui bases bem melódicas e vai cativar os que gostam do estilo. Sammet também participa da faixa seguinte, “Stranger In Time”, ao lado de Kiske, Beck e Grapow, um dos temas mais Power do álbum e que conta com um ótimo riff e um refrão bem marcante.
A segunda metade do trabalho é bem diversificada e já abre com uma canção simplesmente épica, “Fire and Ice”. Bem cadenciada, pesada e moderna, tem um instrumental muito rico e ótima variação vocal, graças às participações de Clémentine Delauney, Marcus Bischoff e Richard Sjunnesson. Weikath é outro que se destaca com sua guitarra. “Left Behind” é a faixa esquisitona. O início vai te remeter a Smashing Pumpkins e depois ela ganha contornos típicos de Metal Alternativo. Os vocais são divididos com Dietz e Clémentine, mas sinceramente, não consegui me adaptar à canção. Já “All Or Nothing” é a balada do trabalho. É mais uma a contar com os vocais de Delauney, muito bem-feita, mas a mim não empolgou. Contando com vocais de Eike, “Burning Bridges” traz a pegada mais melódica novamente ao foco e conta com um refrão cativante. Encerrando o trabalho, temos “Follow the Sun”, que conta com vocais de Hansi Kürsch, Marcus Bischoff nos vocais e o filho de Kai, Tim Hansen em uma das guitarras. Bem, pode-se dizer que a mesma poderia estar sem dramas em um dos trabalhos mais antigos do Blind Guardian, pois é um Power Metal clássico e para lá de empolgante.
Todo o trabalho de produção ficou por conta do trio Hansen/Freese/Dietz, com os dois últimos tendo cuidado da mixagem e da masterização, enquanto a capa foi obra de Alexander Mertsch (Deep Purple, Savatage, Gamma Ray). Vale dizer que os lucros desse álbum serão doados para a Fundação Wacken, organização sem fins lucrativos que visa fomentar o crescimento da cena alemã.
Se você espera um álbum do Helloween ou do Gamma Ray antigos, certamente pode vir a se decepcionar com o conteúdo de XXX: Three Decades in Metal, mas se você é desses que aprecia um ótimo disco de Metal, bem tocado, recheado de boas melodias e refrões grudentos, não pode deixar a oportunidade de ter esse trabalho em sua coleção. Vale muito a pena!
NOTA: 8,0
Kai Hansen é:
- Kai Hansen (vocal/guitarra)
- Eike Freese (guitarra)
- Alexander Dietz (baixo)
- Dan Wilding (bateria)
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