Revanger - Gladiator (2015) (EP)
(Rising Records - Nacional)
01. Enter Hades
02. Crazy Words
03. Hells Angels
04. The Evil Song
05. Gladiator
06. Chuva de Balas
O que nomes como Expose Your Hate, Outset, Sanctifier, Sodomizer, Son of a Witch, Kataphero, Primordium, Torment the Skies e Black Witch possuem em comum? Bem, além de fazerem parte do cenário nordestino, todas elas são oriundas do Rio Grande do Norte, um estado que a cada ano tem revelado mais e mais nomes promissores e de qualidade. A essa lista podemos acrescentar agora o Revanger, quinteto oriundo de Mossoró, surgido no ano de 2014 e que ano passado soltou seu EP de estreia.
Algo que me incomoda nos dias atuais é a urgência que algumas bandas possuem para soltar material logo, mas voltarei a esse assunto daqui a pouco. Antes, vamos falar um pouco da música contida em Gladiator. O quinteto mossoorense, na época formado por Patrick Raniery (vocal), Diego Miranda (guitarra), Diego Sampaio (guitarra), Guibyson Rodrigues (baixo) e Vicente Mad Butcher (bateria), aposta suas fichas naquele Heavy Metal Tradicional tipicamente oitentista, com alguns toques bem interessantes de Hard aqui e ali, remetendo assim a alguns nomes da NWOBHM do período citado.
Suas músicas, acima de tudo, se mostram honestas. Não procuram inventar e vão direto ao ponto, não faltando energia às canções, com destaque para a dupla de guitarristas, Diego Miranda e Diego Sampaio, que conseguem imprimir boas melodias durante a maior parte do tempo. O vocalista Patrick Raniery também se sai bem, procurando na maior parte do tempo evitar os agudos e respeitando o alcance da sua voz. O resultado é muito bom. Já a parte rítmica se mostra correta, com o baixista Guibyson Rodrigues se mostrando muito discreto durante todo o tempo, a ponto de em diversos momentos você até esquecer que existe um baixo aqui e o baterista Elison Duarte fazendo bem seu trabalho, obstante algumas pequenas falhas perceptíveis aos ouvidos mais exigentes.
Após uma introdução instrumental, entra “Crazy Words”, que possui um bom riff de guitarra, algumas melodias bem grudentas e um bom trabalho vocal. A faixa seguinte, “Hells Angels”, tem uma saudável influência de Hard e um refrão de fácil assimilação, daqueles que você pega em um piscar de olhos. Além disso, tem um solo bem interessante. “The Evil Song” não foge muito do esquema das anteriores, ou seja, Heavy Tradicional sem firulas, com bom trabalho de guitarras. A cadenciada “Gladiator” é o ponto alto do EP, com seu clima épico, peso e refrão feito sobre medida para se cantar junto. O encerramento se dá com “Chuva de Balas”, cantada em português e que remete diretamente aos primórdios da música pesada no Brasil.
(Rising Records - Nacional)
01. Enter Hades
02. Crazy Words
03. Hells Angels
04. The Evil Song
05. Gladiator
06. Chuva de Balas
O que nomes como Expose Your Hate, Outset, Sanctifier, Sodomizer, Son of a Witch, Kataphero, Primordium, Torment the Skies e Black Witch possuem em comum? Bem, além de fazerem parte do cenário nordestino, todas elas são oriundas do Rio Grande do Norte, um estado que a cada ano tem revelado mais e mais nomes promissores e de qualidade. A essa lista podemos acrescentar agora o Revanger, quinteto oriundo de Mossoró, surgido no ano de 2014 e que ano passado soltou seu EP de estreia.
Algo que me incomoda nos dias atuais é a urgência que algumas bandas possuem para soltar material logo, mas voltarei a esse assunto daqui a pouco. Antes, vamos falar um pouco da música contida em Gladiator. O quinteto mossoorense, na época formado por Patrick Raniery (vocal), Diego Miranda (guitarra), Diego Sampaio (guitarra), Guibyson Rodrigues (baixo) e Vicente Mad Butcher (bateria), aposta suas fichas naquele Heavy Metal Tradicional tipicamente oitentista, com alguns toques bem interessantes de Hard aqui e ali, remetendo assim a alguns nomes da NWOBHM do período citado.
Suas músicas, acima de tudo, se mostram honestas. Não procuram inventar e vão direto ao ponto, não faltando energia às canções, com destaque para a dupla de guitarristas, Diego Miranda e Diego Sampaio, que conseguem imprimir boas melodias durante a maior parte do tempo. O vocalista Patrick Raniery também se sai bem, procurando na maior parte do tempo evitar os agudos e respeitando o alcance da sua voz. O resultado é muito bom. Já a parte rítmica se mostra correta, com o baixista Guibyson Rodrigues se mostrando muito discreto durante todo o tempo, a ponto de em diversos momentos você até esquecer que existe um baixo aqui e o baterista Elison Duarte fazendo bem seu trabalho, obstante algumas pequenas falhas perceptíveis aos ouvidos mais exigentes.
Após uma introdução instrumental, entra “Crazy Words”, que possui um bom riff de guitarra, algumas melodias bem grudentas e um bom trabalho vocal. A faixa seguinte, “Hells Angels”, tem uma saudável influência de Hard e um refrão de fácil assimilação, daqueles que você pega em um piscar de olhos. Além disso, tem um solo bem interessante. “The Evil Song” não foge muito do esquema das anteriores, ou seja, Heavy Tradicional sem firulas, com bom trabalho de guitarras. A cadenciada “Gladiator” é o ponto alto do EP, com seu clima épico, peso e refrão feito sobre medida para se cantar junto. O encerramento se dá com “Chuva de Balas”, cantada em português e que remete diretamente aos primórdios da música pesada no Brasil.
Mas vamos voltar agora àquela urgência que comentei no início da resenha. Hoje em dia vejo muitas bandas com pressa para soltar seu material, não procurando amadurecer sua música antes, corrigir aquelas falhas que surgem aqui e ali e sem investir devidamente em produção. E bem, tudo isso pode ser percebido em Gladiator. Não dá para discutir o grande potencial que o Revanger possui, ele é latente, mas fechar os olhos para certas questões é maldade. Falta um pouco mais de originalidade à sua música, que é um tanto quanto simples e precisa ser melhor trabalhada em alguns aspectos, como por exemplo, nas partes de bateria (melhor utilização do bumbo, acertar o tempo de algumas viradas). O baixo também poderia se fazer mais presente. Não obstante, a banda sofreu mudanças justamente em sua parte rítmica após o lançamento, com as entradas de Rodrigo Fontes (baixo) e Elison Duarte (bateria).
Mas a produção é realmente o calcanhar de aquiles aqui. Eu sempre bato nessa tecla de que de nada adianta, no concorrido mercado atual, lançar material com produção “meia boca”, que isso soa mais como um desserviço à banda, já que com a facilidade de se conhecer novos nomes nos dias de hoje, bandas que não investem nesse quesito na maioria das vezes acabam descartadas na primeira audição, por uma geração de ouvintes cada vez mais preguiçosa de prestar atenção em aspectos positivos. Ela é crua em excesso, e para o próximo trabalho, algo mais refinado seria de bom tom. Além disso, a timbragem, principalmente da bateria, não ficou muito legal, outro aspecto que deve ser melhor trabalhado.
Ainda sim, ao final, entre mortos e feridos, temos uma banda que mostra grande potencial para os trabalhos futuros. São nítidas também a honestidade e a paixão com que tocam cada nota aqui presente. Aparando algumas arestas e com um pouco mais de rodagem, logo estarão no ponto para galgarem posições mais altas dentro do cenário metálico nacional.
NOTA: 7,0
Revanger é:
- Patrick Raniery (vocal);
- Diego Rosado (guitarra);
- Diego Nogueira (guitarra);
- Rodrigo Fontes (baixo);
- Elison Duarte (bateria).
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