Sideburn
– Evil or Divine (2015)
(Metalville
Records – Importado)
01. Masters And Slaves
02. Sea Of Sins
03. When Darkness Calls
04. The Seer (Angel Of Death)
05. The Day The Sun Died
06. Evil Ways
07. Presence
A Suécia e sua fábrica de bandas de
qualidade não para de produzir nomes ótimos nomes para o mundo do Rock/Metal. O
Sideburn nem se trata de uma banda tão nova assim, afinal já são quase 20 anos
de estrada (surgiu em 1997) e este é seu 5º álbum de estúdio, mas não é lá um
nome com grande popularidade no Brasil. Pois bem, talvez tenha chegado a hora
de reverter essa situação.
Evil
or Divine
é o sucessor do ótimo IV Monument,
lançado em 2012 e que obteve boa recepção tanto na mídia quanto entre o público
apreciador daquela sonoridade setentista que mescla Doom, Stoner e Classic
Rock, muito em voga nos últimos anos. Sendo assim, meio a enxurrada de bandas
que andam apostando nessa fórmula, uma banda para conseguir se destacar tem de
ser muito boa, o que definitivamente é o caso do Sideburn.
Aos que conheciam seu trabalho e estavam
um tanto receosos com a mudança de vocalista, saibam que Dimitri Keiski caiu
como uma luva no Sideburn e sua voz casou perfeitamente com a música
característica do grupo. Claro que referências a nomes clássicos como Sabbath, Zeppelin
ou Purple podem ser notadas aqui e ali, mas de forma alguma temos aquela
simples emulação de nomes clássicos dos anos 70, como muitos grupos por ai o
fazem. Até mesmo passagens que remetem ao Candlemass e aquele Doom mais
clássico dos anos 80 podem ser notadas durante a audição do trabalho. Sendo
assim, a música do Sideburn possui personalidade, uma cara sua, algo que vêm se
mostrando cada vez mais raro hoje em dia.
Aqui não temos muito mistério. Dimitri
brilha com ótimas linhas vocais, enquanto Morgan Zocek despeja riffs pesados e
de muita classe, além de solos criativos e boas melodias. Já Martin Karlsson
(Baixo) e Fredrik Broqvist (Bateria) se mostram mais do que afiados, formando
uma parte rítmica de primeiríssima categoria. Destaque também para os ótimos
arranjos e todo o Groove que acompanha o peso presente na música do quarteto
sueco. Em um trabalho muito equilibrado, os grandes destaques ficam por conta
de “Masters And Slaves”, “Sea Of Sins”,
“When Darkness Calls”, “The Day The Sun Died” e “Evil Ways”.
A produção é muito boa e reforçou o
clima vintage presente na música do Sideburn, mas sem soar datado ou forçado em
momento algum. Na verdade ocorre justamente o contrário, já que tudo aqui soa
orgânico e natural.
Com uma música cativante, diversificada
e criativa, o Sideburn esbanja talento em Evil
or Divine, mergulhando o ouvinte em um túnel do tempo que o irá levar o
ouvinte a se sentir nos anos 70 e escutando o melhor que essa década teve a nos
oferecer. Se curtir bandas nessa pegada e ainda não conhecer o Sideburn,
recupere o tempo perdido e corra atrás desse trabalho, pois vale muito à pena.
NOTA:
8,5
Sideburn
é:
-
Dimitri Keiski (Vocal)
-
Morgan Zocek (Guitarra)
-
Martin Karlsson (Baixo)
-
Fredrik Broqvist (Bateria)
Nenhum comentário:
Postar um comentário