segunda-feira, 21 de setembro de 2015

Hibria – Hibria (2015)




Hibria – Hibria (2015)
(Urubuz Records – Nacional)

01. Pain
02. Abyss
03. Tightrope
04. Life
05. Ghosts
06. Legacy
07. Ashamed
08. Church
09. Fame
10. Words
11. Abyss (Bonus Track) Karaoke

O Hibria é hoje uma das bandas nacionais com maior repercussão no exterior, principalmente no mercado japonês, onde conseguem rivalizar com os grandes nomes do estilo em matéria de vendagem e posição nos charts. Algo mais do que merecido para uma banda que sempre correu atrás de seus objetivos, apostando não só na sua capacidade musical, como também no profissionalismo. Hoje colhem os frutos que plantaram.

Um velho ditado popular diz que depois da tempestade, vêm a bonança. No caso do Hibria, a tempestade assumiu o nome de Silent Revenge (13), certamente o mais agressivo e pesado de todos os seus trabalhos. Agora chega a vez da bonança, Hibria, mais novo álbum dos gaúchos, lançado no Brasil pela Urubuz Records.

Uma das grandes características do Hibria foi a de procurar sair de sua zona de conforto sempre que possível. Foi assim, por exemplo, com Blind Ride (11) e posteriormente Silent Revenge. Já aqui temos talvez seu trabalho mais acessível, já que evidentemente é um álbum bem mais polido e menos técnico que todos os anteriores. Mas muita calma nessa hora amiguinhos, quando falo em acessibilidade não estou me referindo a comercialismo, já que aqui continuam se mantendo dentro daquela linha Power/Heavy (mas com uma pegada bem moderna) que sempre marcou sua carreira, ou seja, você vai encontrar os ótimos vocais de Iuri (como canta esse cara!), riffs e melodias de muito bom gosto despejados pela dupla Abel Camargo e Renato Osório e uma parte rítmica composta por Benhur Lima (Baixo e que fez algumas ótimas vocalizações aqui) e Eduardo Baldo (Bateria), que além de esbanjar técnica, imprime peso as músicas. Claro que alguns fãs mais radicais ficarão com um pé atrás devido a algumas partes inseridas aqui e ali, que contam com sax e trompete, mas as mesmas foram tão bem encaixadas que acabam agregando positivamente ao resultado final. Os destaques aqui ficam com “Pain”, “Tightrope”, “Legacy”, “Church” e “Fame”, que conta com a participação especial de Mia Coldheart, do Crucified Barbara.

A produção ficou a cargo do guitarrista Renato Osório, que vem se mostrando um produtor cada vez melhor, enquanto a mixagem foi feita pelo baixista Benhur Lima. Já a masterização foi obra do renomado Maor Appelbaum (Faith No More, Halford, Angra, Sepultura, Dokken, Queensrÿche, dentre muitos outros). Ficou muito boa, apesar de um pouco limpa demais para o meu gosto (e talvez ai esteja à acessibilidade maior do material). Já a capa, que espelha esse lado mais clean da banda, foi obra de Tiago Masseti,

Mostrando que é possível se reinventar sem necessariamente executar mudanças drásticas, o Hibria surpreende com mais um belo trabalho. Certamente os radicalóides irão reclamar de a banda estar menos pesada que de costume, mas a verdade é que tal fato não afeta em nada a qualidade de Hibria. Um grande trabalho de uma grande banda!

NOTA: 8,5

Hibria é:

- Iuri Sanson (Vocal)
- Abel Camargo (Guitarra)
- Renato Osório (Guitarra)
- Benhur Lima (Baixo)
- Eduardo Baldo (Bateria)




  

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