Hibria
– Hibria (2015)
(Urubuz
Records – Nacional)
01. Pain
02. Abyss
03. Tightrope
04. Life
05. Ghosts
06. Legacy
07. Ashamed
08. Church
09. Fame
10. Words
11. Abyss (Bonus Track) Karaoke
O Hibria é hoje uma das bandas nacionais
com maior repercussão no exterior, principalmente no mercado japonês, onde
conseguem rivalizar com os grandes nomes do estilo em matéria de vendagem e
posição nos charts. Algo mais do que merecido para uma banda que sempre correu
atrás de seus objetivos, apostando não só na sua capacidade musical, como
também no profissionalismo. Hoje colhem os frutos que plantaram.
Um velho ditado popular diz que depois
da tempestade, vêm a bonança. No caso do Hibria, a tempestade assumiu o nome de
Silent Revenge (13), certamente o
mais agressivo e pesado de todos os seus trabalhos. Agora chega a vez da
bonança, Hibria, mais novo álbum dos
gaúchos, lançado no Brasil pela Urubuz Records.
Uma das grandes características do
Hibria foi a de procurar sair de sua zona de conforto sempre que possível. Foi
assim, por exemplo, com Blind Ride (11)
e posteriormente Silent Revenge. Já
aqui temos talvez seu trabalho mais acessível, já que evidentemente é um álbum
bem mais polido e menos técnico que todos os anteriores. Mas muita calma nessa
hora amiguinhos, quando falo em acessibilidade não estou me referindo a
comercialismo, já que aqui continuam se mantendo dentro daquela linha
Power/Heavy (mas com uma pegada bem moderna) que sempre marcou sua carreira, ou
seja, você vai encontrar os ótimos vocais de Iuri (como canta esse cara!),
riffs e melodias de muito bom gosto despejados pela dupla Abel Camargo e Renato
Osório e uma parte rítmica composta por Benhur Lima (Baixo e que fez algumas
ótimas vocalizações aqui) e Eduardo Baldo (Bateria), que além de esbanjar
técnica, imprime peso as músicas. Claro que alguns fãs mais radicais ficarão
com um pé atrás devido a algumas partes inseridas aqui e ali, que contam com
sax e trompete, mas as mesmas foram tão bem encaixadas que acabam agregando
positivamente ao resultado final. Os destaques aqui ficam com “Pain”, “Tightrope”, “Legacy”, “Church”
e “Fame”, que conta com a
participação especial de Mia Coldheart, do Crucified Barbara.
A produção ficou a cargo do guitarrista
Renato Osório, que vem se mostrando um produtor cada vez melhor, enquanto a
mixagem foi feita pelo baixista Benhur Lima. Já a masterização foi obra do
renomado Maor Appelbaum (Faith No More, Halford, Angra, Sepultura, Dokken,
Queensrÿche, dentre muitos outros). Ficou muito boa, apesar de um pouco limpa
demais para o meu gosto (e talvez ai esteja à acessibilidade maior do
material). Já a capa, que espelha esse lado mais clean da banda, foi obra de
Tiago Masseti,
Mostrando que é possível se reinventar
sem necessariamente executar mudanças drásticas, o Hibria surpreende com mais
um belo trabalho. Certamente os radicalóides irão reclamar de a banda estar
menos pesada que de costume, mas a verdade é que tal fato não afeta em nada a
qualidade de Hibria. Um grande
trabalho de uma grande banda!
NOTA:
8,5
Hibria
é:
-
Iuri Sanson (Vocal)
-
Abel Camargo (Guitarra)
-
Renato Osório (Guitarra)
-
Benhur Lima (Baixo)
-
Eduardo Baldo (Bateria)
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