quinta-feira, 17 de setembro de 2015

ThirdEar – Resilience (2015)




ThirdEar – Resilience (2015)
(Independente – Nacional)

01. Russet Ruins
02. Gratitude
03. Perspectiva
04. Bench Coin
05. Limerence
06. Pílula
07. The Great Reset
08. Healing Process

Por mais que eu goste de bandas de sonoridades mais Old School, passo longe de ser radical quanto a isso, tendo uma cabeça bem aberta para vertentes mais modernas do Metal. Normalmente quando falamos em bandas de Heavy/Prog, a primeira coisa que nos vêm à cabeça é aquela sonoridade mais tradicional do estilo, limpa (apesar de possuir peso), altamente técnica e melódica adotada por nomes como Dream Theater e afins.

Nos últimos anos, agregado ao estilo em questão, tivemos o surgimento de uma nova vertente, que foi nomeada de Djent. Mas o que seria esse tal de Djent? Bem, eu costumo definir como um Prog Metal “porrada pra cacete” e altamente influenciado pelo Meshuggah, que julgo ser uma forma muito mais fácil de explicar do que ficar abordando termos técnicos que só músicos de conservatório irão entender.

Acho muito legal ver que esse tipo de sonoridade tem adeptos aqui no Brasil e que nossas bandas de forma alguma pararam no tempo. Fundado no ano de 2012, em Curitiba, o ThirdEar é mais um nome a seguir por esses rumos do Heavy/Prog/Djent, resultando assim em um trabalho muito interessante. Quem havia tido a oportunidade de ter contato com seu EP de estréia, New Cycle, percebido o claro potencial de crescimento presente em sua música, mas ainda sim o que vemos aqui é surpreendente, já que sua evolução foi muito maior do que o esperado.

Temos aqui grandes arroubos de técnica por parte de todos os envolvidos (mas sem abrir mão da musicalidade, diga-se de passagem)? Confere. Passagens intrincadas e complexas? Confere. Ótimas melodias, tanto vocais quanto do ponto de vista musical? Também confere. Só que agregado a isso, temos também muito peso e agressividade. Os vocais de Júlio Miotto são simplesmente monstruosos, indo do mais limpo e melódico ao agressivo/gutural com uma facilidade absurda. Já André Centofante e Samuel Ebel formam uma belíssima dupla de guitarristas, despejando riffs pesadíssimos, enquanto Anderson Ferret (Baixo) e Ravi Rauber (Bateria) brilham na parte rítmica, esbanjando técnica e muita diversidade.  E sabe o que é melhor? Tudo aqui flui de uma forma assustadoramente natural, o que deixa tudo ainda mais legal! Os maiores destaques aqui ficam por conta de “Russet Ruins”, “Gratitude”, “Bench Coin”, “Pilula” e “Healing Process”, a mais diversificada de todas as músicas aqui presentes, com passagens que remetem inclusive ao Jazz.

A produção aqui ficou a cargo do vocalista Julio Miotto e ficou realmente muito boa, estando até acima da média do que observamos por ai. Apresentando um trabalho carregado de coesão e técnica, além de uma boa dose de peso, agressividade, diversificação e até de imprevisibilidade (“Healing Process” é o maior exemplo disso), o ThirdEar mostra uma qualidade acima da média, tendo tudo para se firmar entre os grandes do Metal no Brasil. Se curte essa pegada mais moderna dentro do Progressivo, precisa conhecer esses curitibanos.

NOTA; 8,0

ThirEar é:

- Júlio Miotto (Vocal)
- André Centofante (Guitarra)
- Samuel Ebel (Guitarra)
- Anderson Ferret (Baixo)
- Ravi Rauber (Bateria)






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