domingo, 27 de setembro de 2015

Fast Review – Resenhas rápidas para consumo imediato!



Leaves’ Eyes – King Of Kings (2015)
(AFM Records – Importado)


No 6° álbum de estúdio da banda de Liv Kristine, não temos qualquer tipo de novidade com relação aos trabalhos anteriores. É Metal Sinfônico com boas melodias, alguns vocais na linha Bela e a Fera (os masculinos são feitos pelo esposo de Liv, Alexandre Krull, do Atrocity), passagens de folk aqui e ali e aquela sensação incomoda do “eu acho que já ouvi isso antes!”. E que saber, certamente já ouviu. Nem mesmo as participações de Simone Simons (Epica), Lindy Fay Hella (Wardruna) e do tecladista Oliver Palotai (Kamelot), tiram o som da mesmice. Ainda sim é muito bem feito, mas indicado apenas para os fãs do trabalho de Liv e de Metal Sinfônico. (7,0)



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Kylesa – Exhausting Fire (2015)
(Season of Mist – Importado)


Em seu 7° álbum, o grupo americano que tem nos vocais a bela e talentosa Laura Pleasants (também guitarrista), apresenta sua já conhecida mescla de Progressivo, psicodélico e Sludge Metal. Então tome andamentos mais arrastados, riffs pesadíssimos, um clima psicodélico, além de muita intensidade e dinamismo, que unidos acabam por gerar um clima sujo e sufocante. Se você curte nomes como Baroness, Black Tusk ou Mastodon, mas por algum motivo inexplicável desconhece o trabalho do Kylesa, está aqui o momento de conhecer a banda. (8,5)



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A Sound Of Thunder – Tales From the Deadside (2015)
(Mad Neptune – Importado)


Sabe aquele Heavy/Power tipicamente americano, executado por nomes como Benedictium, Jag Panzer ou Chastain? Pois é isso que você encontra no 5° álbum de estúdio do A Sound Of Thunder. Mesclando com inegável competência, momentos mais pesados com outros mais melódicos e contando com os incríveis vocais de Nina Osegueda, esse é um trabalho que vai agradar em cheio os amantes do estilo. Uma curiosidade aqui é que esse é um trabalho conceitual, baseado no personagem dos quadrinhos chamando Shadowman. (8,5)



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Sabbath Assembly – Sabbath Assembly (2015)
(Svart Records – Importado)


O Sabbath Assembly era uma banda estranha, ao menos liricamente falando, já que a ideia era fazer versões mais pesadas de hinos da Process Church Of The Final Judgment, seita da qual seus membros faziam parte. Esse lado aparentemente foi deixado de lado, mas a música apresentada é uma mistura fantástica de Occult Rock, Psicodélico e Doom Metal. Os riffs e solos sinistros, a “cozinha!” variada, as ótimas harmonias e principalmente, os vocais de Jamie Myers, uma das melhores vocalistas da cena atual, vão fazer você, prezado ouvinte, se sentir no meio de uma missa satânica. Grandioso! (9,0)



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Huntress – Static (2015)
(Napalm Records – Importado)


Após um momento conturbado, onde a vocalista Jill Janus teve que lutar e vencer um câncer, o Huntress retorna com seu 3° álbum de estúdio em 4 anos. Como sempre, nos deparamos aqui com um trabalho enérgico, forte, com guitarras pesadas, refrães marcantes e com os pés fincados no Metal oitentista. Ah, e claro, não podemos esquecer a marcante voz de Jill, uma das grandes vocalistas da atualidade. Certamente teremos aqueles que irão falar “mimimi a Jill é DJ e faz topless quando esta discotecando”, “mimimi a Jill é modelo da Playboy”, “mimimi a Jill usa de seu corpo para chamar a atenção”. Prezado amigo machista misógino, a música é muito boa e o Huntress veio para ficar, então aceita que dói menos. Para variar, mais um belíssimo trabalho do quarteto americano. (9,0)



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S.E.T.I. – Êxtase (2015) (EP)
(Motim Records – Importado)


Não, o duo campineiro S.E.T.I. não é uma banda de Metal. Na verdade se enveredam pelos caminhos do Synth Pop, com influências de estilos como, Trip Hop, Shoegaze, Pop, Alternativo e Hip Hop, remetendo principalmente a música eletrônica que era feita nos anos 80 e 90 por nomes como Depeche Mode e Massive Atack. Aqui você vai encontrar ótimas letras em português, sintetizadores utilizados com maestria e melodias daquelas que grudam e ficam dias na sua cabeça. Mas ainda sim, porque estamos falando do trabalho do S.E.T.I. aqui? Simples, porque em muitos momentos possuem uma pegada totalmente viajante, que remete ao Rock Progressivo, além de uma densidade e melancolia que muitos grupos de Doom Metal se matariam para conseguir alcançar. Um álbum simplesmente hipnotizante. Ah, e não poderia esquecer aqui de destacar a belíssima voz de Roberta Artiolli, que deixa a de muita cantora renomada por ai no chinelo. Têm a sua cabeça aberta para estilos fora do Metal? Então tem a obrigação moral de conhecer esse trabalho. (9,0)



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