Voodoopriest – Mandu (2014)
(Independente - Nacional)
01. Dominate
and Kill
02. Religion
in Flames
03. Warrior
04. Eye for
an Eye
05. Trail of
Blood
06. Mandu
07. Warpath
08. Swallowed
by the Waters
09. We Shall
Rise
Para aqueles que ainda não sabem, o
Voodoopriest é a banda de Vitor Rodrigues, ex-Torture Squad, mas sinceramente,
já não cabe mais falar aqui do passado, pois com o lançamento de seu primeiro
álbum, podemos dizer que o Vodoopriest caminha mais do que nunca com suas
próprias pernas, sem essa necessidade de falar do passado de Vitor. Trabalho
conceitual, conta a história de Mandu Ladino, índio Arani que liderou a Revolta
de Mandu Ladino (1712-1719), ocorrida na região que compreende os sertões do
Piauí, Maranhão e Ceará, unificando as tribos indígenas da região contra a
invasão das terras e aniquilação da população indígena por parte da colonização
portuguesa. Pode-se dizer que para a população indígena, Mandu é o equivalente
a Zumbi para os negros, um símbolo de resistência e luta contra a opressão. Uma
história que vale a pena conhecer.
Se você escutou o EP auto-intitulado
lançado ano passado, já sabe exatamente o que irá encontrar em Mandu.
Death/Thrash da melhor estirpe, tocado com garra e energia. Com um trabalho
muito coeso e equilibrado, vai agradar em cheio aqueles que apreciam um metal
de qualidade, tocado com muito peso, fúria e brutalidade. Os vocais de Vitor,
alternando entre o rasgado e o gutural, estão simplesmente ótimos, assim como
as guitarras, a cargo de Renato de Luccas (Exhortation) e Cesar Covero (Endrah, ex-Nervochaos), que despejam
riffs insanos e ótimos solos e a cozinha composta pelo baixista Bruno Pompeo (Aggression
Tales) e o baterista Edu Nicolini (Musica Diablo, Nitrominds, ex-Menace, ex-Way
Out of Trail), que dão um
show de peso, agressividade e técnica. São nove pancadas impiedosas, que vão te
fazer bater cabeça do início ao fim e certamente te deixar alguns dias com um
tremendo torcicolo. Diversificado e passando longe de ser enjoativo, os grandes
destaques ficam para as ótimas “Dominate and Kill”, que abre o álbum de forma
ríspida, “Warrior”, “Mandu”, melhor faixa do Cd e as empolgantes “Warpath” e
“Swallowed by the Waters”.
A produção, a cargo de Brendan Duffey e
Adriano Daga ficou ótima. Bem orgânica, conseguiu deixar tudo bem limpo, mas
sem tirar o peso e a agressividade. A capa também mantêm a mesma qualidade, em
um belo trabalho do polonês Raf the Might (Kreator, Metallica, Slayer, dentre
outros) e que tem total ligação com o conteúdo lírico da obra. Com Mandu, o
Voodoopriest chega metendo o pé na porta e com um metal de alto nível, se
credencia ao posto de uma das grandes bandas do Metal nacional. O trabalho foi
lançado de forma independente e caso esteja interessado, se encontra disponível
para audição e compra no site da banda, sendo que a cópia física será lançada
através da Die Hard. Sem dúvidas, um álbum para ser escutado com um comprimido
de relaxante muscular ao lado, pois como já dito, o torcicolo será inevitável.
Saia batendo cabeça pela sala e seja feliz!
NOTA: 9,0
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