sexta-feira, 18 de julho de 2014

Symphony Draconis – Supreme Art of Renunciation (2013)




Symphony Draconis – Supreme Art of Renunciation (2013)
(Eternal Hatred Records/Misanthropic Records/Corvo Records - Nacional)

01. Transcending the Ways of Slavery   
02. Eris Aeon   
03. Demoniac by a Divine Power   
04. Supreme Art of Renunciation   
05. Ain Soph Aur   
06. The Visions and Mysteries of the Great Ones   
07. Crushing the Concepts   
08. Itzpapalotl   
09. Seeds of Evil

Juro que não consigo entender o preconceito de uma parcela dos headbangers brasileiros para com as bandas nacionais. E quando escuto um Cd de estréia com a qualidade de Supreme Art of Renunciation, dos gaúchos do Symphony Draconis, esse não entendimento se torna um inconformismo.
Na estrada desde 2006 e praticando um Black Metal na linha daquelas bandas nórdicas do início dos anos 90, ou seja, bem climático e soturno, essa certamente é uma das melhores estréias que escutei em anos. O nível de rispidez e agressividade presentes no trabalho é altíssimo e vai agradar em cheio aqueles fãs de grupos como Gorgoroth, Marduk, Dissection, Carpathian Forest, dentre outros surgidos no mesmo período. Os vocais de Nechard seguem uma linha mais rasgada e são muito legais, enquanto a dupla de guitarristas, Aym e Thiernox não só despejam riffs simplesmente matadores como também nos presenteiam com solos carregados de melodia, mostrando toda a diversidade do Symphony Draconis. Já a cozinha composta pelo baixista Follmer e o baterista Helles Vogel, se mostra bem técnica e segura muitíssimo bem todo o peso do Black Metal da banda. Destaques? Diria que o Cd inteiro, mas em uma primeira audição, certamente o ouvinte terá a atenção despertada para faixas como “Eris Aeon”, “Demoniac by a Divine Power”, “Ain Soph Aur”, “Itzpapatotl” e a faixa título. Há de se louvar também a parte gráfica do trabalho, simplesmente fantástica e que ficou a cargo de Marcelo Vasco (Soufly, Dimmu Borgir, Vader, dentre outros) e a produção sonora, que conseguiu equilibrar um som limpo com a crueza necessária para esse tipo de proposta.
Criativo, diversificado, mas também brutal, denso e insano, o Symphony Draconis presenteou a todos com um trabalho belíssimo, um nível de maturidade surpreendente para uma estréia e que tem tudo para agradar não só aos fãs de Black como de Metal em geral. Uma das bandas mais promissoras do Brasil na atualidade. E que venham para ficar!
                                             
NOTA: 9,0




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