Symphony Draconis – Supreme Art of
Renunciation (2013)
(Eternal Hatred Records/Misanthropic
Records/Corvo Records - Nacional)
01.
Transcending the Ways of Slavery
02. Eris Aeon
03. Demoniac
by a Divine Power
04. Supreme
Art of Renunciation
05. Ain Soph
Aur
06. The
Visions and Mysteries of the Great Ones
07. Crushing
the Concepts
08.
Itzpapalotl
09. Seeds of
Evil
Juro que não consigo entender o
preconceito de uma parcela dos headbangers brasileiros para com as bandas
nacionais. E quando escuto um Cd de estréia com a qualidade de Supreme Art of Renunciation, dos gaúchos
do Symphony Draconis, esse não entendimento se torna um inconformismo.
Na estrada desde 2006 e praticando
um Black Metal na linha daquelas bandas nórdicas do início dos anos 90, ou
seja, bem climático e soturno, essa certamente é uma das melhores estréias que
escutei em anos. O nível de rispidez e agressividade presentes no trabalho é
altíssimo e vai agradar em cheio aqueles fãs de grupos como Gorgoroth, Marduk,
Dissection, Carpathian Forest, dentre outros surgidos no mesmo período. Os
vocais de Nechard seguem uma linha mais rasgada e são muito legais, enquanto a
dupla de guitarristas, Aym e Thiernox não só despejam riffs simplesmente
matadores como também nos presenteiam com solos carregados de melodia,
mostrando toda a diversidade do Symphony Draconis. Já a cozinha composta pelo
baixista Follmer e o baterista Helles Vogel, se mostra bem técnica e segura muitíssimo
bem todo o peso do Black Metal da banda. Destaques? Diria que o Cd inteiro, mas
em uma primeira audição, certamente o ouvinte terá a atenção despertada para
faixas como “Eris Aeon”, “Demoniac by a
Divine Power”, “Ain Soph Aur”, “Itzpapatotl” e a faixa título. Há de se
louvar também a parte gráfica do trabalho, simplesmente fantástica e que ficou
a cargo de Marcelo Vasco (Soufly, Dimmu Borgir, Vader, dentre outros) e a
produção sonora, que conseguiu equilibrar um som limpo com a crueza necessária para
esse tipo de proposta.
Criativo, diversificado, mas também brutal,
denso e insano, o Symphony Draconis presenteou a todos com um trabalho
belíssimo, um nível de maturidade surpreendente para uma estréia e que tem tudo
para agradar não só aos fãs de Black como de Metal em geral. Uma das bandas
mais promissoras do Brasil na atualidade. E que venham para ficar!
NOTA: 9,0
mola mucho este grupo
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