terça-feira, 22 de julho de 2014

Suicide Silence – You Can’t Stop Me (2014)



Suicide Silence – You Can’t Stop Me (2014)
(Nuclear Blast - Importado)

01. M.A.L.   
02. Inherit The Crown  
03. Cease To Exist  
04. Sacred Words   
05. Control (feat. George “Corpsegrinder” Fischer)   
06. Warrior   
07. You Can’t Stop Me   
08. Monster Within (feat. Greg Puciato)   
09. We Have All Had Enough
10. Ending Is The Beginning
11. Don’t Die
12. Ouroboros

Duas vezes por semana vou caminhando para uma das Escolas em que trabalho. Mais ou menos 30 minutos andando e sempre que o faço, coloco meu fone de ouvido e vou escutando algum álbum que pretendo resenhar. Por mais esquisito que isso possa parecer, o tempo gasto acaba servindo de parâmetro para a qualidade do trabalho. Se for ruim, mantenho o ritmo e chego rápido ao meu destino, se é bom, me distraio com a musica e acabo diminuindo a intensidade das passadas. Para o leitor se situar melhor, durante a audição do último do Timo Tolkki, gastei apenas incríveis 25 minutos, enquanto que na audição do Triptykon, foram 35. No caso desse novo trabalho dos americanos do Suicide Silence, digamos que me distrai bastante.
 
É inegável que a cada lançamento, o Suicide vinha aumentando sua base de fãs de forma exponencial, principalmente após seu último trabalho, o ótimo The Black Crown (2011). Mas eis que em seu melhor momento, uma tragédia se abateu sobre a banda, com o falecimento de sua peça central, o vocalista Mitch Lucker, em um acidente de moto no final de 2012. A banda então foi do céu ao inferno e após um período de incertezas, de lá ressurgiu em 2013 com um novo vocalista, Eddie Hermida, ex-All Shall Perish e um dos grandes amigos de Lucker. Musicalmente, você vai encontrar aqui o básico em se tratado de um álbum do Suicide Silence. Deathcore com pitadas de Grindcore e Groove Metal, afinação pesada, breakdowns, além de variações de tempo. O diferencial de qualidade de You Can’t Stop Me em relação aos álbuns anteriores está no fato desse ser um trabalho carregado de emoção (por motivos óbvios) e na maior variedade vocal por parte de Hermida (que parece possuído por um demônio aqui). Claro que em alguns momentos e banda fica em sua zona de conforto, fazendo o mais do mesmo em se tratando de Deathcore, mas na maior parte do tempo temos temas fortes e com uma variedade um pouco maior em relação ao passado. Os grandes destaques aqui vão para “Cease To Exist”, “Sacred Words”, “Control”, que conta com participação de George “Corpsegrinder” Fisher (Cannibal Corpse), “Monster Within”, com participação de Greg Puciato (The Dillinger Escape Plan), “Warrior” e a faixa título, com letra escrita por Mitch Lucker.

Sem sombra de dúvidas, esse é o trabalho mais completo da carreira do Suicide Silence. Intenso, caótico e insano, além de uma bela homenagem ao seu falecido vocalista, marca o início de uma nova era na banda. E a pergunta que fica aqui é simples. Quem pode parar o Suicide Silence?
                                             
NOTA: 8,5



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