Suicide Silence – You Can’t Stop Me
(2014)
(Nuclear Blast
- Importado)
01. M.A.L.
02. Inherit
The Crown
03. Cease To
Exist
04. Sacred
Words
05. Control
(feat. George “Corpsegrinder” Fischer)
06. Warrior
07. You Can’t
Stop Me
08. Monster
Within (feat. Greg Puciato)
09. We Have
All Had Enough
10. Ending Is
The Beginning
11. Don’t Die
12. Ouroboros
Duas vezes por semana vou caminhando
para uma das Escolas em que trabalho. Mais ou menos 30 minutos andando e sempre
que o faço, coloco meu fone de ouvido e vou escutando algum álbum que pretendo
resenhar. Por mais esquisito que isso possa parecer, o tempo gasto acaba
servindo de parâmetro para a qualidade do trabalho. Se for ruim, mantenho o
ritmo e chego rápido ao meu destino, se é bom, me distraio com a musica e acabo
diminuindo a intensidade das passadas. Para o leitor se situar melhor, durante
a audição do último do Timo Tolkki, gastei apenas incríveis 25 minutos,
enquanto que na audição do Triptykon, foram 35. No caso desse novo trabalho dos
americanos do Suicide Silence, digamos que me distrai bastante.
É inegável que a cada lançamento, o
Suicide vinha aumentando sua base de fãs de forma exponencial, principalmente
após seu último trabalho, o ótimo The
Black Crown (2011). Mas eis que em seu melhor momento, uma tragédia se
abateu sobre a banda, com o falecimento de sua peça central, o vocalista Mitch
Lucker, em um acidente de moto no final de 2012. A banda então foi do céu ao
inferno e após um período de incertezas, de lá ressurgiu em 2013 com um novo
vocalista, Eddie Hermida, ex-All Shall Perish e um dos grandes amigos de
Lucker. Musicalmente, você vai encontrar aqui o básico em se tratado de um
álbum do Suicide Silence. Deathcore com pitadas de Grindcore e Groove Metal,
afinação pesada, breakdowns, além de variações de tempo. O diferencial de
qualidade de You Can’t Stop Me em
relação aos álbuns anteriores está no fato desse ser um trabalho carregado de
emoção (por motivos óbvios) e na maior variedade vocal por parte de Hermida
(que parece possuído por um demônio aqui). Claro que em alguns momentos e banda
fica em sua zona de conforto, fazendo o mais do mesmo em se tratando de Deathcore,
mas na maior parte do tempo temos temas fortes e com uma variedade um pouco
maior em relação ao passado. Os grandes destaques aqui vão para “Cease To Exist”, “Sacred Words”, “Control”,
que conta com participação de George “Corpsegrinder” Fisher (Cannibal Corpse), “Monster Within”, com participação de
Greg Puciato (The Dillinger Escape Plan), “Warrior”
e a faixa título, com letra escrita por Mitch Lucker.
Sem sombra de dúvidas, esse é o
trabalho mais completo da carreira do Suicide Silence. Intenso, caótico e
insano, além de uma bela homenagem ao seu falecido vocalista, marca o início de
uma nova era na banda. E a pergunta que fica aqui é simples. Quem pode parar o
Suicide Silence?
NOTA: 8,5
Nenhum comentário:
Postar um comentário