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terça-feira, 20 de janeiro de 2015

Morfolk - ...Until Death (2014)




Morfolk - ...Until Death (2014)
(Rotten Foetus Records – Nacional)

01 – Shadows of Fear
02 – One Against All
03 – Hate Beyond the Rain
04 – Desordem
05 – Alienação
06 – W.W.W. (World Wide War)
07 – Bloodlust
08 – Reign of Terror

Na estrada desde 1990, a paulistana Morfolk é o que podemos chamar de uma banda veterana na cena Death. Com duas demos e um EP, chegam agora a seu terceiro álbum completo, ...Until Death, sucessor de World Of Lies (10), para consolidar de uma vez por todas seu nome entre as principais bandas do estilo no Brasil.
Aqui não tem muito mistério e a praia do Morfolk é aquele Death/Thrash tradicional, com um pé nos anos 80. Mostrando que amadureceram ainda mais de seu ultimo trabalho para cá, apresentam um som muito pesado, rápido, agressivo, com ótimos riffs, desses que grudam na cabeça, em um ótimo trabalho dos guitarristas Reinaldo Tio e Gabriel Grisolia, uma parte rítmica certeira composta Ryan Roskowinski (baixo) e Daniel Sanchez (bateria) e vocais bem variados por parte de Walter Rômulo. As musicas estão bem enérgicas, com ótima pegada e boas melodias, além de estarem bem melhor trabalhadas que nos álbuns anteriores. Vale destacar que se arriscaram em duas composições cantadas em português, “Desordem” e “Alienação”, onde obtiveram um ótimo resultado, abrindo assim novas possibilidades para o futuro. Os grandes destaques aqui ficam por conta de “Shadows of Fear”, “One Against All”, “W.W.W. (World Wide War)” e “Bloodlust”, além das já citadas duas faixas cantadas em português.
A produção é muito boa e superior a dos trabalhos anteriores do Morfolk, tendo deixado tudo bem audível, mas sem perder o peso e a agressividade necessária para a proposta da banda. Por sinal, como é bom poder escutar um Death/Thrash mais direto, visceral e sem espaço para invencionices. Certamente essa é a maior qualidade do Morfolk em ...Until Death. Puxe os moveis da sala para o canto, abra a roda de mosh e mantenha o relaxante muscular ou o telefone do ortopedista mais próximo sempre a mão, porque ao final da audição desse trabalho, você irá precisar de um dos dois.

NOTA: 8,5






domingo, 18 de janeiro de 2015

Fast Review – Resenhas rápidas para consumo imediato!



Northland - Downfall And Rebirth (2015)
(Independente – Importado)


Banda espanhola de Folk/Death Metal e que chega a seu segundo álbum após um hiato de 5 anos. Bem superior ao seu debut, apresenta boas composições e diversificação, com tudo muito bem feito e dentro do script do que é esperado por uma banda do estilo. Talvez ai esteja o grande calcanhar de Aquiles do Northland, pois não apresenta nada que já não tenha sido feito com mais competência por nomes como Eluveitie, Ensiferum ou Finntroll. Ainda sim, um nome promissor. Indicados apenas a fãs inveterados do estilo. (7,0)



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Ensiferum - Suomi Warmetal (2014) (EP)
(Devil Inc. Presseverlag – Importado)


Iniciativa do site alemão Legacy, esse EP é composto por 4 covers. “Warmetal” (Barathrum), “Wrathchild” (Iron Maiden), Lady In Black (Uriah Heep) e Breaking The Law (Judas Priest). Serve como um bom aperitivo para o novo álbum dos finlandeses, One Man Army, que sai agora em fevereiro. Vale pela curiosidade. (7,0)



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Caïna – Setter Of Unseen Snares (2015)
(Broken Limbs Recordings – Importado)


Na estrada desde 2004, o duo inglês Caïna pratica um Post/Black Metal de qualidade, mas por algum motivo não é tão badalado quanto outras bandas inglesas do estilo, como Winterfylleth, Wodensthrone ou Fen. Aqui você tem um Black Metal experimental, com ótimos riffs e intercalando passagens pesadas com outras mais voltadas para estilos como ambient e shoegaze, o que da uma diversidade muito boa as músicas. Um trabalho muito interessante e que vai agradar em cheio aos fãs do estilo. (8,5)



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Revocation - Deathless (2014)
(Metal Blade Records – Importado)


Os americanos do Revocation sempre foram inquietos, tanto que este é seu 5º álbum de estúdio em 7 anos, algo raro para os padrões de lançamento atuais, com intervalos de 2, 3 anos entre os trabalhos. Sem muita conversa, mantêm sua identidade com os dois pés fincados em um Technical Death/Thrash Metal de muita qualidade. Enérgico, intenso e brutal como é de praxe. (8,0)



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Iron Reagan - The Tyranny of Will (2014)
(Relapse Records – Importado)


Banda americana que chega a seu segundo álbum, sendo formada por membros e ex-membros de bandas como Municipal Waste, Cannabis Corpse e Darkest Hour. O ouvinte irá encontrar aqui um Crossover de muita qualidade, com músicas curtas e que são um verdadeiro murro no pé da orelha. Para quem curte esse estilo é um prato cheio. (8,5)



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Cruachan - Blood for the Blood God (2014)
(Trollzorn Records – Importado)


Os veteranos irlandeses chegam a seu 7° álbum de estúdio praticando aquele Pagan/Folk Metal que sempre marcou sua carreira. Talvez a grande vantagem que o Cruachan sempre teve sobre a concorrência é o fato de que os elementos de musica tradicional nunca foram o foco principal das suas composições, servindo apenas de complemento para dar diversidade ao seu som. Aqui isso não é diferente. Pesado, variado e com a qualidade de sempre. (8,5)



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quarta-feira, 14 de janeiro de 2015

Unfaith – When an Angel Falls (2014)




Unfaith – When an Angel Falls (2014)
(Independente – Nacional)

01. Here Is the Truth
02. Ghosts
03. We Call That Evolution
04. New Arena
05. Salvation
06. Dogma
07. The Preacher
08. Black Trip
09. Ru Ready
10. Roleplay
11. When an Angel Falls

Já se tornou comum da minha parte elogiar a qualidade das bandas vindas do Rio de Janeiro nos últimos anos. Surgida em 2013 e tendo em sua formação Lisa N (vocal), Celo Oliveira (guitarra), Jedah Kinneas (baixo) e Léo Peccatu (bateria), a Unfaith não quis saber de muita enrolação e já foi tratando de lançar seu debut de forma independente.
O que escutamos em When an Angel Falls poderia ser definido como um Melodic Groove Metal bem na linha do que foi feito pelo In Flames em seus últimos trabalhos. Pesado, enérgico, com bons riffs, uma parte rítmica afiada e uma vocalista que além de possuir um timbre de voz muito agradável, consegue variar bastante seus vocais, evitando soar assim soar cansativa, o Unfaith nos apresenta um som com tendências bem modernas e atuais. Vale destacar que conseguem equilibrar muito bem passagens mais melódicas com outras mais pesadas e agressivas, mostrando que apesar do pouco tempo de estrada, já possuem bastante maturidade. Os grandes destaques aqui ficam para “Ghosts”, “We Call That Evolution”, “New Arena”, “Salvation”, “The Preacher” e “When an Angel Falls”. Ainda sim, vale destacar que nenhuma música aqui soa desnecessária.
É legal poder ver novas bandas surgindo e apostando nesse tipo de sonoridade. Nada contra estilos mais tradicionais, dos quais por sinal sou muito fã, mas é sempre positivo que uma cena receba essa lufada de ar fresco para se manter atual e renovada. Claro, sempre existirão os tradicionalistas que irão chamar bandas que seguem essa linha de “modinha” e outros “mimimis” do tipo, mas do outro lado teremos aqueles que possuem uma mente mais aberta para o Metal e não se deixam levar por radicalismos. E para esses que a música do Unfaith é feita. Uma estréia surpreendente de uma banda que mostra muito potencial. Que isso se confirme nos próximos trabalhos.

NOTA: 8,0

terça-feira, 13 de janeiro de 2015

Allen Lande - The Great Divide (2014)




Allen Lande - The Great Divide (2014)
(Frontiers Records - Importado)

01. Come and Dream With Me
02. Down From the Mountain
03. In The Hands of Time
04. Solid Ground
05. Lady of Winter
06. Dream About Tomorrow
07. Hymn to the Fallen
08. The Great Divide
09. Reaching for the Stars
10. Bittersweet

Idealizado em 2005 pelo chefão da Frontiers, Serafino Perugino, esse projeto uniu duas das mais talentosas vozes do Metal na atualidade, Jorn Lande e Russell Allen. A eles, juntou-se Magnus Karlsson (guitarrista, Primal Fear), que exercia a função de compositor e produtor. O resultado foi três grandes álbuns (o debut é primoroso) que agradaram em cheio com sua mescla de Heavy Metal Melódico e Hard Rock. Mas para The Great Divide uma importante mudança foi anunciada. Karlsson estava fora e em seu lugar teríamos Timo Tolkki.
Bem, Tolkki há muito tempo não lança algum material minimamente decente e os dois últimos álbuns pelo projeto Avalon (também idealizado por Serafino) são simplesmente desastrosos. Sendo assim, o que esperar de The Great Divine sendo ele o compositor de todo material aqui presente? Felizmente, quando o cd começa a rolar a apreensão inicial se esvai. Riffs mais diretos, pesados, algumas belas melodias e solos e a constatação de que Timo conseguiu se sair bem melhor aqui do que em seus últimos trabalhos, tanto os lançados pelo Stratovarius quanto os posteriores a sua saída da banda. Mas o ponto alto realmente é a atuação da dupla Allen/Lande. O que esses caras cantam é um absurdo. Equilibrando com perfeição emoção e agressividade, eles conseguem tornar menos dolorosos aqueles inevitáveis momentos em que Timo soa chato e derivativo, como em “In The Hands of Time” ou “Solid Ground”, onde Jorn salva a música de ser um desastre completo. Felizmente, para compensar isso temos boas músicas como “Come and Dream With Me”, “Down From the Mountain”, “Dream About Tomorrow”, “Hymn to the Fallen” e “The Great Divide”.
Ao final da audição, temos uma dicotomia. Se por um lado esse é o melhor trabalho de Timo Tolkki desde Visions (97), do Stratovarius, também é o álbum mais fraco de todo o projeto. Não, ele está longe de ser um trabalho ruim, mas é incapaz de apresentar um trabalho que esteja 100% a altura da categoria de Russell Allen e Jorn Lande. Bom a nada mais além disso.

NOTA: 7,0