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quinta-feira, 1 de janeiro de 2015

Os 10 melhores álbuns de Metal Nacional de 2014.



Listas têm a capacidade impar de gerar grandes polêmicas. Qualquer Top 10 alguma coisa é capaz de despertar paixões inflamadas e discussões acaloradas. Perdemos a razão e falamos com a emoção. Muitos até questionam a necessidades de tal artifício.
2014 passou, ótimos álbuns foram lançados e as listas andam pipocando por ai. Antes de tudo, você, leitor do A Música Continua a Mesma, deve ter em mente uma coisa muito simples. Essa é uma lista pessoal (como toda e qualquer outra desse tipo), que abarca o meu gosto e tudo que tive oportunidade de ouvir esse ano. O fato de um álbum não entrar aqui, não significa que o mesmo não possua qualidade ou que esteja em um patamar inferior a um dos 10 aqui listados. Significa apenas que no que tange meu gosto pessoal, estes me agradaram mais ou que simplesmente não tive a oportunidade de ouvi-lo.
E você? Concorda? Discorda? Qual a sua lista? Aqui vai a minha!



Após o falecimento de seu vocalista, Fabio Frazão, o futuro dos paulistanos do Pray For Mercy se tornou uma incógnita. Pois bem, qualquer duvida que pairasse sobre a banda deixou de existir com In Absentia. Deathcore brutal, violento, moderno, com momentos que beiram o Grindcore e orquestrações que podem remeter a bandas de Black Sinfônico. Simplesmente infernal (no melhor sentido da palavra)!




Se os curitibanos já haviam surpreendido com seu debut, Eyes of Sand, esse segundo álbum veio para consolidar de vez todo potencial demonstrado na estréia. Trafegando com uma desenvoltura absurda entre o Metal Tradicional, o Power Metal e o Progressivo e temperando tudo isso com influências de musica oriental e regionalismos tipicamente nacionais, o Kattah presenteou a todos com um dos álbuns mais agradáveis e interessantes de 2014.




Com mais de 30 anos de carreira, o Korzus não necessita de apresentações. Um dos maiores ícones do Metal nacional, retornou após um hiato de 4 anos com um dos grandes álbuns de Thrash do ano de 2014, pesado, agressivo e ríspido. Com uma capacidade ímpar de soar moderno, mas sem deixar o passado de lado, Legion é uma aula de Thrash Metal e vai te fazer bater cabeça sem sequer perceber.




O Project46 é uma das principais bandas da nova geração do Heavy Metal no Brasil. Praticando um som moderno, pesado e de uma brutalidade impar, apresentaram um trabalho que certamente irá chocar os mais desavisados, tamanho o nível de violência. Desferindo uma porrada atrás da outra, Que Seja Feita Nossa Vontade coloca o Project46 entre as melhores bandas de Metal do país. Esmagador!




Um dos maiores expoentes do Metal extremo no Brasil, o Amen Corner surgiu com um álbum simplesmente destruidor. Mantendo aquela sonoridade que marcou sua carreira, ou seja, um Black/Death cadenciado, pesado e agressivo, mostrou porque é uma referência quando falamos de bandas do estilo no Brasil. Obrigatório!




Verdadeira instituição da música pesada brasileira, o Ratos de Porão voltou após um hiato de 8 anos sem álbuns de estúdio. E que retorno! Avassalador, destruidor e brutal são pouco para definir Século Sinistro.




Uma das principais bandas da nova geração do Metal nacional, o mineiro Uganga retornou com mais um grande álbum. Apresentando uma sonoridade que transita entre o Thrash, o Groove e o Hardcore, com ótimas letras em português, mais uma vez se recusaram a limitar sua sonoridade e a se prender a dogmas toscos sobre o que pode ou não ser feito em se tratando de Metal. Mais maduro e criativo do que nunca, o Uganga lançou um dos grandes álbuns não só do Metal nacional, como também do mundial em 2014.




Trabalho conceitual e uma verdadeira aula de história do Brasil (conta a história de Mandu Ladino, índio Arani que liderou a Revolta de Mandu Ladino (1712-1719)), o álbum de estréia do Voodoopriest é também uma aula de Death/Thrash. Furioso, brutal, enérgico e contando com a competência de sempre do grande Vitor Rodrigues, Mandu é impiedoso e empolgante e vai deixar qualquer um com torcicolo, de tanto bater cabeça. Metal de altíssimo nível “Made in Brasil”!




Simplesmente surpreendente. O Tellus Terror é para mim a grande revelação não só do Metal nacional, como do mundial no ano de 2014. Seu som é de difícil definição e a banda se rotula como MMS (Mixed Metal Styles). O que poderia soar pretensioso se mostra perfeito para explicar a sonoridade dos cariocas.  Black, Death, Thrash, Grindcore, Ghotic, Doom, dentre outras influências, se unem para formar uma música única, carregada de criatividade e identidade. Um dos grandes álbuns do Metal mundial no ano de 2014. Ousado e original!




Eis um disco que certamente causará discussões por estar aqui. Banda oriunda de Brasília, o Dynahead pratica um Metal absurdamente experimental, misturando no mesmo caldeirão Djent, Thrash, MPB, Bossa Nova, Jazz, dentre outros. Se não é um som fácil mesmo para aqueles que possuem a mente mais aberta para a música, imaginem para os que têm um gosto mais tradicional. O sucessor de Chordata I (outro belo trabalho, lançado em 2013) e com o qual forma um trabalho conceitual sobre a origem da vida, é carregado de personalidade e originalidade, como toda a discografia do Dynahead.


quarta-feira, 2 de julho de 2014

Voodoopriest – Mandu (2014)




Voodoopriest – Mandu (2014)
(Independente - Nacional)

01. Dominate and Kill
02. Religion in Flames
03. Warrior
04. Eye for an Eye
05. Trail of Blood
06. Mandu
07. Warpath
08. Swallowed by the Waters
09. We Shall Rise

Para aqueles que ainda não sabem, o Voodoopriest é a banda de Vitor Rodrigues, ex-Torture Squad, mas sinceramente, já não cabe mais falar aqui do passado, pois com o lançamento de seu primeiro álbum, podemos dizer que o Vodoopriest caminha mais do que nunca com suas próprias pernas, sem essa necessidade de falar do passado de Vitor. Trabalho conceitual, conta a história de Mandu Ladino, índio Arani que liderou a Revolta de Mandu Ladino (1712-1719), ocorrida na região que compreende os sertões do Piauí, Maranhão e Ceará, unificando as tribos indígenas da região contra a invasão das terras e aniquilação da população indígena por parte da colonização portuguesa. Pode-se dizer que para a população indígena, Mandu é o equivalente a Zumbi para os negros, um símbolo de resistência e luta contra a opressão. Uma história que vale a pena conhecer.
Se você escutou o EP auto-intitulado lançado ano passado, já sabe exatamente o que irá encontrar em Mandu. Death/Thrash da melhor estirpe, tocado com garra e energia. Com um trabalho muito coeso e equilibrado, vai agradar em cheio aqueles que apreciam um metal de qualidade, tocado com muito peso, fúria e brutalidade. Os vocais de Vitor, alternando entre o rasgado e o gutural, estão simplesmente ótimos, assim como as guitarras, a cargo de Renato de Luccas (Exhortation) e Cesar Covero (Endrah, ex-Nervochaos), que despejam riffs insanos e ótimos solos e a cozinha composta pelo baixista Bruno Pompeo (Aggression Tales) e o baterista Edu Nicolini (Musica Diablo, Nitrominds, ex-Menace, ex-Way Out of Trail), que dão um show de peso, agressividade e técnica. São nove pancadas impiedosas, que vão te fazer bater cabeça do início ao fim e certamente te deixar alguns dias com um tremendo torcicolo. Diversificado e passando longe de ser enjoativo, os grandes destaques ficam para as ótimas “Dominate and Kill”, que abre o álbum de forma ríspida, “Warrior”, “Mandu”, melhor faixa do Cd e as empolgantes “Warpath” e “Swallowed by the Waters”.
 A produção, a cargo de Brendan Duffey e Adriano Daga ficou ótima. Bem orgânica, conseguiu deixar tudo bem limpo, mas sem tirar o peso e a agressividade. A capa também mantêm a mesma qualidade, em um belo trabalho do polonês Raf the Might (Kreator, Metallica, Slayer, dentre outros) e que tem total ligação com o conteúdo lírico da obra. Com Mandu, o Voodoopriest chega metendo o pé na porta e com um metal de alto nível, se credencia ao posto de uma das grandes bandas do Metal nacional. O trabalho foi lançado de forma independente e caso esteja interessado, se encontra disponível para audição e compra no site da banda, sendo que a cópia física será lançada através da Die Hard. Sem dúvidas, um álbum para ser escutado com um comprimido de relaxante muscular ao lado, pois como já dito, o torcicolo será inevitável. Saia batendo cabeça pela sala e seja feliz!
                                             
NOTA: 9,0





quarta-feira, 4 de setembro de 2013

Voodoopriest – Voodoopriest (EP) (2013)




Voodoopriest – Voodoopriest (EP) (2013)
(Independente - Nacional)

01. Juggernaut
02. Kamakans
03. Reborn
04. The One I Feed
05.
Aftermath (Of Mass Suicide)

Para aquele que ainda não conhece, o Voodoopriest é a nova banda de Vitor Rodrigues, ex-vocalista do Torture Squad. Junto com ele nessa empreitada estão Renato de Luccas e César Covero (guitarras), Bruno Pompeo (baixo) e Edu Nicolini (bateria), formando assim uma banda bem experiente e acima de tudo, de muita qualidade. Sendo assim, não podíamos esperar nada diferente aqui do que um Thrash/Death da melhor qualidade.
Talvez o maior defeito desse material seja o dele ser um EP com apenas 5 músicas. Sendo assim, ele acaba rápido demais e te obriga a colocar o cd no repeat. Com a banda soando muito forte e coesa, o Voodoopriest nos presenteia com um material altamente brutal e agressivo, indicado apenas aqueles já iniciados no gênero. De cara, a abertura com “Juggernaut” é um verdadeira pancada no pé do ouvido. Com uma afinação mais baixa, conseguem dar um ar de modernidade a música, mas sem deixar em momento algum o tradicionalismo de lado. Aliás, essa é uma característica bem marcante da banda. Mesmo fazendo um som mais tradicional, em momento algum o Thrash/Death da banda soa datado. “Kamakans”, faixa seguinte, tem uma pegada mais Thrash e é de uma violência absurda, além de possuir alguns dos melhores riffs de todo trabalho. “Reborn” já era conhecida antes mesmo do lançamento do EP, pois havia sido escolhida como 1º single do Voodoopriest. É carregada de energia e de muita rispidez. “The One I Feed” é a mais cadenciada do trabalho e vai te fazer bater cabeça pelo quarto. Bem, pelo menos comigo foi assim. Já no encerramento, temos “Aftermath (Of Mass Suicide)”, outra faixa com um ar mais moderno, em virtude da afinação mais baixa. É outra que vai empolgar em muito os ouvintes. Fecha o EP com chave de ouro.
Praticando um som, pesado, agressivo, brutal e raivoso, o Voodoopriest conseguiu equilibrar perfeitamente o moderno e o tradicional, lançando um trabalho que apesar de ser apenas um EP, não tem nada de menor perto de álbuns completos lançados por algumas bandas consagradas por ai. E como canta esse Vitor Rodrigues! É tranquilamente o melhor do Brasil no estilo e um dos melhores da cena mundial. E que venha logo o álbum completo!

NOTA: 9,0