Céu em Chamas - Infernal (2017)
(Independente - Nacional)
01. Lutar
02. Portões do Inferno
03. Gritos e sussurros
04. Correntes
05. Caos
06. Inferno
07. Falida Imaginação
08. Sopro da Destruição
09. Olhos Pulsantes
O que chamamos de “brasileiro médio” é sem sombra de dúvida, um sujeito conservador em quase todos os campos de sua vida. Não é um tipo muito afeito a mudanças, ao que fuja do tradicional, do “certo”. O “fã médio de Heavy Metal” no Brasil também não difere em nada disso. Se apega com todas as suas forças às formas mais tradicionais de se fazer Metal, vendo como “modinha” ou desmerecendo a qualidade de qualquer coisa que ouse sair da fórmula pronta que perdura no estilo por décadas. A coisa chega a um ponto que, para muitos, basta ter sido feito nos anos 80/90 para se tornar um material clássico (mesmo que na época em que foi originalmente feito tenha sido considerado mediano ou até mesmo fraco). Basta observar que muitos dos selos nacionais hoje em dia sobrevivem de relançamentos de álbuns clássicos, ou até mesmo obscuros, do período citado acima.
Isso se reflete de diversas formas em nossa cena, como por exemplo, no fato de que boa parte dos novos nomes apostam justamente nessas sonoridades mais tradicionais, afinal, as mais modernas são “coisa de adolescentes modinhas”, segundo muitos pregam por aí. E não me levem a mal, gosto e muito do Metal feito nas décadas passadas, mas isso não significa que preciso desmerecer o que é feito hoje em dia, afinal, tem muita coisa boa por aí, basta deixar o radicalismo um pouco de lado. Mas felizmente, existem aqueles que remam contra a corrente e investem com força em sonoridades mais modernas, indo de encontro aos anseios de uma geração de fãs mais nova e que sim, prezado amigo que parou musicalmente no tempo, não se importa muito com os novos trabalhos do Metallica ou do Iron Maiden.
O Céu em Chamas surgiu em Itapira/SP, no início de 2013, e faz parte desse grupo que nada contra a corrente. Mesclando elementos típicos do Metalcore, com estilos como Death Metal Melódico e Groove Metal, sua sonoridade nos remete de imediato a nomes como Heaven Shall Burn, Carnifex, Hatebreed, Whitechapel, The Agonist, In Flames, ou as brasileiras Confronto, Pray For Mercy e Project46. Sua música transborda energia e alterna momentos mais velozes com outros mais cadenciados, mas nunca abrindo mão do peso. Rafael Coradi (ex-Slasher) é responsável por ótimos guturais, sempre cantando de forma bem agressiva, enquanto a dupla Alemão e Maicon é responsável por bons riffs (em alguns momentos, típicos de Death Metal) e melodias muito agradáveis. A parte rítmica, com Frango (baixo) e Betão (bateria), também executa um belo trabalho, dando diversidade às canções e soando bem firme.
(Independente - Nacional)
01. Lutar
02. Portões do Inferno
03. Gritos e sussurros
04. Correntes
05. Caos
06. Inferno
07. Falida Imaginação
08. Sopro da Destruição
09. Olhos Pulsantes
O que chamamos de “brasileiro médio” é sem sombra de dúvida, um sujeito conservador em quase todos os campos de sua vida. Não é um tipo muito afeito a mudanças, ao que fuja do tradicional, do “certo”. O “fã médio de Heavy Metal” no Brasil também não difere em nada disso. Se apega com todas as suas forças às formas mais tradicionais de se fazer Metal, vendo como “modinha” ou desmerecendo a qualidade de qualquer coisa que ouse sair da fórmula pronta que perdura no estilo por décadas. A coisa chega a um ponto que, para muitos, basta ter sido feito nos anos 80/90 para se tornar um material clássico (mesmo que na época em que foi originalmente feito tenha sido considerado mediano ou até mesmo fraco). Basta observar que muitos dos selos nacionais hoje em dia sobrevivem de relançamentos de álbuns clássicos, ou até mesmo obscuros, do período citado acima.
Isso se reflete de diversas formas em nossa cena, como por exemplo, no fato de que boa parte dos novos nomes apostam justamente nessas sonoridades mais tradicionais, afinal, as mais modernas são “coisa de adolescentes modinhas”, segundo muitos pregam por aí. E não me levem a mal, gosto e muito do Metal feito nas décadas passadas, mas isso não significa que preciso desmerecer o que é feito hoje em dia, afinal, tem muita coisa boa por aí, basta deixar o radicalismo um pouco de lado. Mas felizmente, existem aqueles que remam contra a corrente e investem com força em sonoridades mais modernas, indo de encontro aos anseios de uma geração de fãs mais nova e que sim, prezado amigo que parou musicalmente no tempo, não se importa muito com os novos trabalhos do Metallica ou do Iron Maiden.
O Céu em Chamas surgiu em Itapira/SP, no início de 2013, e faz parte desse grupo que nada contra a corrente. Mesclando elementos típicos do Metalcore, com estilos como Death Metal Melódico e Groove Metal, sua sonoridade nos remete de imediato a nomes como Heaven Shall Burn, Carnifex, Hatebreed, Whitechapel, The Agonist, In Flames, ou as brasileiras Confronto, Pray For Mercy e Project46. Sua música transborda energia e alterna momentos mais velozes com outros mais cadenciados, mas nunca abrindo mão do peso. Rafael Coradi (ex-Slasher) é responsável por ótimos guturais, sempre cantando de forma bem agressiva, enquanto a dupla Alemão e Maicon é responsável por bons riffs (em alguns momentos, típicos de Death Metal) e melodias muito agradáveis. A parte rítmica, com Frango (baixo) e Betão (bateria), também executa um belo trabalho, dando diversidade às canções e soando bem firme.
São 9 sons que, como já dito, soam muito enérgicos, além de bastante heterogêneos. Não há grandes variações de qualidade entre as músicas, apesar de obviamente termos algumas que se destacam frente às demais. “Lutar” tem uma sonoridade bem moderna e um ótimo trabalho da dupla de guitarristas, enquanto “Portões do Inferno” é curta e direta, com destaque inevitável pra o belo trabalho da parte rítmica. “Gritos e Sussurros” é outra com uma pegada mais moderna e as guitarras despejam riffs com boas melodias, que inevitavelmente vão te remeter a nomes como In Flames e Dark Tranquillity. “Inferno” é uma bela mescla de Hardcore com Death Metal, abusando da agressividade e do peso, e “Sopro de Destruição” faz mais do que jus ao seu nome, destruindo pescoços dos menos tarimbados.
Gravado no Black Stone Studio, com produção de Bruno Cestari, Infernal tem ótima qualidade nesse quesito, já que mesmo com tudo claro e audível, o peso e a agressividade se fazem mais que presentes. Já a capa foi obra do guitarrista Alemão Pompeu. Vale destacar que o álbum está disponível para download gratuito tanto no site da banda como também em seu Bandcamp. Podem não apresentar absolutamente nada de novo, mas dentro do que propõem a fazer, conseguem obter um ótimo resultado, ainda mais se tratando de um álbum de estreia. Então, se esse é o seu tipo de som, vale muito a pena conferir a música do Céu em Chamas.
NOTA: 8,0
- Rafael Coradi (vocal);
- Alemao Pompeu (guitarra);
- Maicon (guitarra);
- Frango (baixo);
- Betao (bateria).
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Metal Media (Assessoria de Imprensa)
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