Battle Beast - Bringer of Pain (2017)
(Shinigami Records/Nuclear Blast - Nacional)
01. Straight to the Heart
02. Bringer of Pain
03. King for a Day
04. Beyond the Burning Skies
05. Familiar Hell
06. Lost in Wars(feat. Tomi Joutsen)
07. Bastard Son of Odin
08. We Will Fight
09. Dancing with the Beast
10. Far from Heaven
11. God of War (Bonus Track)
12. The Eclipse (Bonus Track)
13. Rock Trash (Bonus Track)
Surgido na Finlândia no ano de 2005, o Battle Beast começou a chamar a atenção do meio metálico quando se sagrou vencedor do Wacken Metal Battle de 2010. No ano seguinte lançou seu debut, Steel, pelo selo finlandês Hype Productions e com a boa repercussão (7º lugar na parada finlandesa), além das comparações com nomes como Hammerfall, Sabaton e Accept, acabou ganhando um contrato com a toda poderosa Nuclear Blast, que relançou o trabalho em 2012. E então, quando tudo parecia estar indo muito bem, a vocalista Nitte Valo resolveu sair da banda e seguir novos caminhos, sendo então substituída por Noora Louhimo.
Em 2013 debutaram pela Nuclear Blast com Battle Beast, e as primeiras mudanças puderam ser sentidas. Aquele Heavy/Power competente, mas que não apresentava nada de novo, começou a ganhar ares mais melódicos e acessíveis, com o teclado de Janne Björkroth se fazendo bem presente e trazendo aquela pegada mais Glam/Hair Metal ao som tradicional do grupo. Isso se repetiu no álbum seguinte, Unholy Savior (15), onde se aprofundaram um pouco mais nessa fórmula. O resultado de tais mudanças foi positivo comercialmente falando, já que explodiram em seu país de origem, atingindo a 1ª colocação entre as bandas mais vendidas. E novamente, quando tudo parecia estar indo muito bem, outra bomba explode.
Em 2015, após o lançamento de Unholy Saviour e uma turnê com o Sabaton, o guitarrista e principal compositor do Battle Beast, Anton Kabanen, anuncia seu desligamento da banda, alegando divergências musicais e pessoais irremediáveis. O posto acaba sendo ocupado pelo irmão de Janne Björkroth, Joona, e logo começam a preparar seu 4º trabalho de estúdio. Mudanças de sonoridade ocorreriam? Bem, para aplacar um pouco a curiosidade dos fãs, adiantaram duas músicas que davam uma boa pista do que esperar, “King For A Day” e “Familar Hell”, até que no dia 17 de Fevereiro, saiu Bringer of Pain.
A sequência inicial pode dar uma falsa impressão sobre o álbum. De cara, a forte “Straight to the Heart”, que remete aos melhores momentos dos Metal oitentista e poderia estar sem muito drama em Steel. Ok, você pode notar uma presença um pouco maior dos teclados, mas nada exagerado. Em seguida entra a faixa título, um típico Heavy/Power que, inconscientemente, vai te remeter aos bons momentos do Accept. A conhecida “King For A Day” é cativante, tem bons coros, um refrão marcante e mescla de forma muito competente Hard, Heavy e AOR (tem algo de Survivor nela, sei lá). É a partir dela que tudo vai se tornando mais acessível (mas ainda excelente). “Beyond the Burning Skies” pode te remeter a alguns momentos do Sonata Arctica, mas com uma dose muito maior de acessibilidade, que vai te fazer lembrar do Amaranthe (com a diferença de ser muito melhor). Noora Louhimo também está excelente. Aliás, vale dizer, ela é o grande diferencial do Battle Beast, com sua voz forte e marcante. “Familiar Hell”, outra já conhecida, é dessas canções forjadas à base de superbonder, pois gruda de um jeito na cabeça que você demora dias para esquecer, principalmente do refrão da mesma. Poderia estar em qualquer grande álbum de Hard/Glam dos anos 80 sem fazer feio. E assim se encerra a ótima primeira metade de Bringer of Pain.
(Shinigami Records/Nuclear Blast - Nacional)
01. Straight to the Heart
02. Bringer of Pain
03. King for a Day
04. Beyond the Burning Skies
05. Familiar Hell
06. Lost in Wars(feat. Tomi Joutsen)
07. Bastard Son of Odin
08. We Will Fight
09. Dancing with the Beast
10. Far from Heaven
11. God of War (Bonus Track)
12. The Eclipse (Bonus Track)
13. Rock Trash (Bonus Track)
Surgido na Finlândia no ano de 2005, o Battle Beast começou a chamar a atenção do meio metálico quando se sagrou vencedor do Wacken Metal Battle de 2010. No ano seguinte lançou seu debut, Steel, pelo selo finlandês Hype Productions e com a boa repercussão (7º lugar na parada finlandesa), além das comparações com nomes como Hammerfall, Sabaton e Accept, acabou ganhando um contrato com a toda poderosa Nuclear Blast, que relançou o trabalho em 2012. E então, quando tudo parecia estar indo muito bem, a vocalista Nitte Valo resolveu sair da banda e seguir novos caminhos, sendo então substituída por Noora Louhimo.
Em 2013 debutaram pela Nuclear Blast com Battle Beast, e as primeiras mudanças puderam ser sentidas. Aquele Heavy/Power competente, mas que não apresentava nada de novo, começou a ganhar ares mais melódicos e acessíveis, com o teclado de Janne Björkroth se fazendo bem presente e trazendo aquela pegada mais Glam/Hair Metal ao som tradicional do grupo. Isso se repetiu no álbum seguinte, Unholy Savior (15), onde se aprofundaram um pouco mais nessa fórmula. O resultado de tais mudanças foi positivo comercialmente falando, já que explodiram em seu país de origem, atingindo a 1ª colocação entre as bandas mais vendidas. E novamente, quando tudo parecia estar indo muito bem, outra bomba explode.
Em 2015, após o lançamento de Unholy Saviour e uma turnê com o Sabaton, o guitarrista e principal compositor do Battle Beast, Anton Kabanen, anuncia seu desligamento da banda, alegando divergências musicais e pessoais irremediáveis. O posto acaba sendo ocupado pelo irmão de Janne Björkroth, Joona, e logo começam a preparar seu 4º trabalho de estúdio. Mudanças de sonoridade ocorreriam? Bem, para aplacar um pouco a curiosidade dos fãs, adiantaram duas músicas que davam uma boa pista do que esperar, “King For A Day” e “Familar Hell”, até que no dia 17 de Fevereiro, saiu Bringer of Pain.
A sequência inicial pode dar uma falsa impressão sobre o álbum. De cara, a forte “Straight to the Heart”, que remete aos melhores momentos dos Metal oitentista e poderia estar sem muito drama em Steel. Ok, você pode notar uma presença um pouco maior dos teclados, mas nada exagerado. Em seguida entra a faixa título, um típico Heavy/Power que, inconscientemente, vai te remeter aos bons momentos do Accept. A conhecida “King For A Day” é cativante, tem bons coros, um refrão marcante e mescla de forma muito competente Hard, Heavy e AOR (tem algo de Survivor nela, sei lá). É a partir dela que tudo vai se tornando mais acessível (mas ainda excelente). “Beyond the Burning Skies” pode te remeter a alguns momentos do Sonata Arctica, mas com uma dose muito maior de acessibilidade, que vai te fazer lembrar do Amaranthe (com a diferença de ser muito melhor). Noora Louhimo também está excelente. Aliás, vale dizer, ela é o grande diferencial do Battle Beast, com sua voz forte e marcante. “Familiar Hell”, outra já conhecida, é dessas canções forjadas à base de superbonder, pois gruda de um jeito na cabeça que você demora dias para esquecer, principalmente do refrão da mesma. Poderia estar em qualquer grande álbum de Hard/Glam dos anos 80 sem fazer feio. E assim se encerra a ótima primeira metade de Bringer of Pain.
A segunda metade abre com a diferente “Lost in Wars”, que conta com vocais de Tomi Joutsen, do Amorphis. Tem uma pegada totalmente industrial e destoa de tudo que foi apresentado até então. Tem boas ideias aqui e ali, mas soa genérica demais. “Bastard Son of Odin” parece vir para colocar tudo em seu devido lugar, já que não nega sua veia Power Metal, com peso, ótimas guitarras e mais um belo trabalho vocal de Noora, e a ótima “We Will Fight” aparentemente surge para reforçar essa impressão ainda mais, já que remete aos melhores momentos de Steel com seu peso e ótimos riffs. Mas tudo acaba vindo abaixo com a sequência final. “Dancing with the Beast” é um Pop/Disco chinfrim e totalmente desnecessário, enquanto “Far from Heaven” é uma daquelas baladas melosas e rasteiras saídas de algum trabalho Pop dos anos 80, e que hoje em dia toca em algum programa tipo “Radio Romance” nas madrugadas de qualquer AM da vida. Bringer of Pain só não termina em baixa porque possui 3 bônus que olha, me pergunto o motivo de não terem entrado na versão padrão do álbum. “God of War” é um Heavy/Power de primeira, com aquela pegada típica do Sabaton, principalmente no ótimo refrão. Já “The Eclipse” soa como uma improvável mistura de Metal Sinfônico, Gothic Metal e Hard Rock, mas é incrivelmente legal. Encerrando, temos a ótima “Rock Trash”, um Hard da melhor estirpe.
A produção ficou a cargo do tecladista Janne Björkroth, que também foi o responsável pela mixagem, mas essa ao lado de Viktor Gullichsen. Já a masterização ficou por conta do mais que renomado Mika Jussila (Angra, Doro, Amorphis, Edguy, Avantasia, Nightwish, Moonspell, Tarja, Stratovarius, Sonata Arctica). O resultado final foi excelente. A capa, fugindo do padrão das anteriores, mostrando que a ideia é realmente se renovar, é um trabalho de Jan "Örkki" Yrlund (Impaled Nazarene, Korpiklaani, Pyramaze, Manowar)
Ao final da audição, temos a certeza de que estamos diante do trabalho mais acessível e comercial da carreira do Battle Beast. Isso é ruim? De forma alguma, obstante alguns exageros aqui e ali. Os riffs de guitarra, apesar de simples, empolgam, os vocais são poderosos, as linhas de teclado cativam, as melodias viciam e a sonoridade, apesar de remeter aos anos 80, consegue soar moderna. Não é coincidência a ótima repercussão mundo afora, a ponto de excursionarem pela primeira vez pelos Estados Unidos (como banda de apoio do Sabaton) e Japão. Apesar de alguns altos e baixos, sem dúvida esse é um trabalho que vai divertir muito o ouvinte.
NOTA: 8,0
Battle Beast é:
- Noora Louhimo (vocal);
- Juuso Soinio (guitarra);
- Joona Björkroth (guitarra);
- Eero Sipilä (baixo);
- Pyry Vikki (bateria);
- Janne Björkroth (teclado).
Homepage
YouTube
Spotify
Nenhum comentário:
Postar um comentário