sexta-feira, 2 de junho de 2017

Chickenfoot - Best + Live (2017)


Chickenfoot - Best + Live (2017)
(Shinigami Records/earMusic - Nacional)


CD1  BEST OF
01. Divine Termination (NEW SONG)
02. Soap On A Rope
03. Sexy Little Thing
04. Oh Yeah
05. Get It Up
06. Future In The Past
07. Big Foot
08. Different Devil
09. Lighten Up
10. Dubai Blues
11. Something Going Wrong
Bonus LIVE TRACKS
12. Highway Star
13. Bad Motor Scooter
14. My Generation

CD2  LIVE
01. Avenida Revolution
02. Sexy Little Thing
03. Soap On A Rope
04. My Kinda Girl
05. Down The Drain
06. Bitten By The Wolf
07. Oh Yeah
08. Learning To Fall
09. Get It Up
10. Turnin’ Left
11. Future In The Past

Poucas vezes a definição de “Supergrupo” foi tão bem utilizada como no caso do Chickenfoot. Surgido no ano de 2008, uniu nada menos que o vocalista Sammy Hagar (Montrose, Van Halen), o guitarrista Joe Satriani, o baixista Michael Anthony (Van Halen) e o baterista Chad Smith (Red Hot Chili Peppers), e já em debut tratou de conseguir não só reconhecimento da crítica, como também comercial, mostrando que o Hard Rock ainda estava muito vivo por aí. Depois disso, soltaram mais um DVD, Get Your Buzz On (10), um CD, Chickenfoot III (11) e um ao vivo, Chickenfoot LV (12), para então entrar em um hiato de alguns anos, devido aos muitos compromissos de seus músicos.

Antes de tudo, faço questão de deixar claro que sou muito, mas muito fã mesmo dos álbuns de estúdio lançados pela banda. A qualidade dos mesmos é indiscutível, mesmo para alguém como eu, que não é lá muito chegado em Hard Rock. Dito isso, posso afirmar que achei o lançamento de Best + Live algo extremamente questionável, com cheiro de caça níquel mesmo, com a diferença que nos dias atuais, a venda de cd’s é baixa demais para artifícios desse tipo. E vamos lá apresentar alguns argumentos para fundamentar tal afirmação.

Em primeiro lugar, estamos falando de uma banda que, obstante a qualidade inconteste, lançou apenas 2 álbuns, totalizando 21 músicas próprias. Com uma quantidade tão pequena de canções, o lançamento de um Best Of soa totalmente exagerado. No caso em questão aqui, foram pegas 5 músicas de cada um dos trabalhos de estúdio da banda. Em segundo lugar, o material ao vivo não apresenta absolutamente nada de novo para qualquer fã da banda. Tanto os 3 covers que aparecem como bônus no CD 1, como a apresentação ao vivo do CD 2, foram retiradas do já citado DVD Get Your Buzz On. Em resumo, o que temos aqui é apenas a versão em áudio do mesmo. Resta a música inédita aqui presente, que é até legal, tem peso e bom groove, mas confesso, está um nível abaixo de qualquer uma que tenha entrado no Best Of. E convenhamos, é um pouco desanimadora a ideia de se gastar dinheiro com um CD duplo apenas para ter uma faixa inédita.

A seleção das faixas de estúdio é inquestionável, afinal, músicas como “Sexy Little Thing”, “Oh Yeah”, “Get It Up”, “Big Foot” ou “Lighten Up” levantam o astral de qualquer um com sua energia e grooves contagiante. Mesmo as mais calmas, como as belas “Future In The Past” e “Different Devil”, acertam em cheio no alvo. Com relação às 3 faixas bônus, “Highway Star” (Deep Purple) está simplesmente matadora. Disparada a melhor delas. “Bad Motor Scooter”, do Montrose, foi a primeira música composta por Sammy Hagar e só isso já daria um peso diferenciado à mesma. É um clássico, mas aqui pesa por ter sido estendida além do recomendável, durando quase 12 minutos. Já a clássica “My Generation”, do The Who, tinha tudo para ter ficado simplesmente fantástica se Satriani e Hagar não tivessem inventado de inserir trechos do hino americano na mesma, estendendo-a e quebrando toda aquela energia que emanava dela.


No material ao vivo, até por ter sido gravado em setembro de 2009, não temos qualquer faixa do segundo álbum, que só seria lançado 2 anos depois. É a oportunidade que temos de escutar, por exemplo, as ótimas “Avenida Revolution” e “My Kinda Girl”, que poderiam ter entrado sem problema algum na seleção das faixas de estúdio. Não dá para discutir a energia que emana da apresentação, mas é possível questionar o fato de terem mais uma vez estendido algumas faixas além do recomendável, se comparadas com suas versões de estúdio. Mas nesse caso aqui (ao contrário dos covers do CD 1) é uma questão puramente de gosto pessoal.

Sendo realmente sincero com o prezado leitor, se você possui todo o material do Chickenfoot em casa (CD’s e DVD’s), essa não é aquela compra imprescindível para você, ainda mais em tempos de crise, a não ser que você seja um colecionador desses que faz questão de ter todo o material lançado por uma banda. Agora, se você curte o grupo, mas não se encaixa na descrição acima, ou está dando seus primeiros passos com relação ao mesmo, a aquisição de Best + Live acaba sendo uma ótima pedida, principalmente pelo material ao vivo aqui contido ser algo que você não encontrará nos materiais de estúdio ou a preços convidativos, caso queria adquirir material importado.

NOTA: 7,5

Chickenfoot é:
- Sammy Hagar (vocal);
- Joe Satriani (guitarra);
- Michael Anthony (baixo);
- Chad Smith (bateria).

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