Fuoco Fatuo – Backwater (2017)
(Profunde Lore Records - Importado)
01. Sulphureous Hazes
02. Rainfalls of Debris
03. Perpetual Apochaos
04. Nemesis
Se existe uma coisa que a Itália produz muito bem, além das massas, é o tal do Doom Metal. Não sei se é o macarrão à bolonhesa, se é a pizza napolitana, ou se é o fato do Silvio Berlusconi ter governado o país por anos e anos (o mais provável, já que os dois primeiros itens devem ter influenciado o Power Metal animado e alegre das bandas de lá), mas os caras sabem fazer músicas sombrias como poucos. Esse é o caso do Fuoco Fatuo, surgido no ano de 2011 e que se envereda pelos tortuosos caminhos do Funeral Doom.
É preciso deixar claro, que esse não é um álbum para se tocar de fundo nas tarefas cotidianas de casa. Devido à sua profundidade, se faz necessária dedicação exclusiva para sua audição, já que certos detalhes mais sutis exigem alguma atenção. Obviamente que estamos diante de um som muito arrastado, brutalmente pesado e opressivo, mas o Fuoco Fatuo agrega elementos de Death e Black à sua sonoridade, o que acaba permitindo pequenas mudanças de andamento aqui e ali, além de um aumento da velocidade em alguns trechos (mas nada exagerado). No final, é justamente esse aspecto de sua música que acaba tornando a audição “agradável”, já que apesar da longa duração das canções aqui presentes (entre os 13 e os 17 minutos), você mal percebe o tempo passar, e quando se dá conta, Backwater já chegou ao fim e você está dando o Play mais uma vez.
(Profunde Lore Records - Importado)
01. Sulphureous Hazes
02. Rainfalls of Debris
03. Perpetual Apochaos
04. Nemesis
Se existe uma coisa que a Itália produz muito bem, além das massas, é o tal do Doom Metal. Não sei se é o macarrão à bolonhesa, se é a pizza napolitana, ou se é o fato do Silvio Berlusconi ter governado o país por anos e anos (o mais provável, já que os dois primeiros itens devem ter influenciado o Power Metal animado e alegre das bandas de lá), mas os caras sabem fazer músicas sombrias como poucos. Esse é o caso do Fuoco Fatuo, surgido no ano de 2011 e que se envereda pelos tortuosos caminhos do Funeral Doom.
É preciso deixar claro, que esse não é um álbum para se tocar de fundo nas tarefas cotidianas de casa. Devido à sua profundidade, se faz necessária dedicação exclusiva para sua audição, já que certos detalhes mais sutis exigem alguma atenção. Obviamente que estamos diante de um som muito arrastado, brutalmente pesado e opressivo, mas o Fuoco Fatuo agrega elementos de Death e Black à sua sonoridade, o que acaba permitindo pequenas mudanças de andamento aqui e ali, além de um aumento da velocidade em alguns trechos (mas nada exagerado). No final, é justamente esse aspecto de sua música que acaba tornando a audição “agradável”, já que apesar da longa duração das canções aqui presentes (entre os 13 e os 17 minutos), você mal percebe o tempo passar, e quando se dá conta, Backwater já chegou ao fim e você está dando o Play mais uma vez.
Os vocais de Milo Angeloni são rosnados e parecem sair das profundezas de algum sepulcro, maximizando a sensação de desolação. Ele, ao lado de Giovanni Piazza, é responsável por despejar riffs duríssimos, lentos e de um peso simplesmente esmagador, fora algumas melodias muito interessantes que surgem aqui e ali. Como o álbum foi gravado como um trio, Piazza também acumulou a função de baixista (posto hoje pertencente a Andrea Collaro), fazendo um belíssimo trabalho, enquanto o baterista Fabrizio Moalli (que saiu após a gravação, sendo substituído por Davide Bacchetta) consegue dar variação às canções, nos momentos em que as mesmas “aceleram” um pouco, evitando que se tornem cansativas.
São apenas 4 músicas, mas que valem por 40 de muitas bandas por aí. “Sulphureous Hazes” abre o álbum de forma sufocante. Os vocais rosnados, os riffs desoladores, momentos atmosféricos, tudo isso se une para criar uma sensação de vazio no ouvinte. A sensação de angústia toma conta de “Rainfalls of Debris”, assim como de “Perpetual Apochaos”, com seu clima hipnótico e assombroso. É certamente o ponto mais alto de “Backwater”. Encerrando, “Nemesis” faz jus ao nome e abate impiedosamente qualquer resquício de felicidade que ainda possa existir no ouvinte. E ao final da audição, tudo que sobra é terra desolada. Tem coisa melhor que isso quando falamos de Funeral Doom? Opressivo, como todo álbum do estilo deveria ser.
NOTA: 8,0
OBS: Resenha originalmente publicada na October Doom Magazine nº 68. O link para leitura online e/ou download se encontra logo abaixo. Vale muito a pena baixar/ler.
Download: https://goo.gl/ZkBcFg
Leitura Online: https://goo.gl/t9Eg1Q
Formação (gravação):
- M. (Milo Angeloni) (vocal/guitarra);
- G. (Giovanni Piazza) (guitarra/baixo);
- F. (Fabrizio Moalli) (bateria).
Formação atual:
- Milo Angeloni (vocal/guitarra);
- Giovanni Piazza (guitarra);
- Andrea Collaro (baixo);
- Davide Bacchetta (bateria).
Bandcamp
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