sábado, 24 de junho de 2017

Fast Review – Resenhas rápidas para consumo imediato!

Mechina - As Embers Turn to Dust (2017)
(Independente – Importado)


O Mechina é uma banda peculiar, pois sua música não é das mais fáceis de se rotular (afinal de contas, para que rótulos, não é?). Mas para localizar o leitor, é como se praticassem um Djent/Progressivo Sinfônico, mas com toques de Groove, Industrial e Death Metal aqui e ali. Desde seu 2º álbum, Conqueror (11), o grupo americano vem contando uma história conceitual sobre humanos refugiados buscando uma nova casa e os desdobramentos disso, sendo que As Embers Turn to Dust já é seu 7º trabalho de estúdio (lançam religiosamente 1 álbum por ano desde 2013, sempre no dia 1º de janeiro). Como sempre, conseguem manter o ótimo nível, com um trabalho vocal primoroso (vão desde vocais limpos masculinos e femininos até urrados/guturais), ótimos riffs, e com as partes orquestrais muitíssimo bem equilibradas, sem roubar o espaço dos demais instrumentos. Para quem conhece a banda, imagine um trabalho que em matéria de sonoridade, trafega entre Acheron (15) e Progenitor (16). Épico, cinematográfico e muito bom! (8,5)

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Grog – Ablutionary Rituals (2017)
(Murder Records – Importado)


Oriundo de Portugal, o Grog já é uma banda veterana, com seus 26 anos de estrada. Praticando uma mescla de Brutal Death Metal com Grindcore, chegam a seu 4º álbum de estúdio apresentando um trabalho nada indicado para aqueles que possuem ouvidos sensíveis e delicados. Sua música é brutal, destrutiva, com vocais “podres” (no melhor sentido da palavra), riffs velozes e trituradores e parte rítmica destruidora, conseguindo unir muito bem o lado técnico do Death Metal com a incivilidade do Grindcore. E títulos como “Uterine Casket”, “Sterile Hermaphrodite”, “A Scalpel Affair” e “Flesh Beating Continuum” deixam muito claro que a “singeleza” também se faz presente na parte lírica. Vale ressalvar que dentro da proposta adotada, os 40 minutos de duração acabam tornando o trabalho um pouco cansativo da metade para frente, sendo que uns 10 minutos a menos cairiam bem aqui. Se o Grog não apresenta nada de novo ao ouvinte, ainda assim faz com competência o que se propõe, valendo uma audição aos que curtem uma “podreira”. (7,0)

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Dark Rites – Dark Rites (2017)
(Sliptrick Records – Importado)


O Dark Rites surgiu no ano de 2016 e é um reflexo dos tempos atuais. Se trata de um projeto de internet que une músicos dos Estados Unidos, Inglaterra e Suécia. Apesar disso, conseguem mostrar uma sonoridade muito coesa, que mescla de forma bem interessante Groove Metal e Death Metal Melódico. É como se membros do Amon Amarth e do Lamb Of God resolvessem se juntar para formar um projeto paralelo, já que essas são as duas maiores referências presentes no trabalho de estreia do grupo. Equilibrando muitíssimo bem peso e melodia, nos apresentam uma música recheada de boas melodias, bons riffs e boa técnica. Não, você não vai se deparar com nada revolucionário aqui, já que não existe nada de novo musicalmente, mas fazem sua música com tanta paixão que você acaba relevando completamente isso. Fora que soa muito divertido. Um nome para se observar de perto nos próximos anos. (8,0)

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Ulvegr - Titahion: Kaos Manifest (2017)
(Ashen Dominion – Importado)
 
 
Para quem desconhece, o Ulvegr é um duo de Black Metal oriundo da Ucrânia, formado por Odalv (GreyAblaze, KZOHH, Elderblood, ex-Nokturnal Mortum) e Helg (Khors, GreyAblaze, KZOHH), já estando em seu 4º trabalho de estúdio. Seu Black Metal feroz, que versa sobre misticismo, ocultismo e paganismo, recebe uma série de influências que enriquecem em muito o resultado final. Passagens atmosféricas e elementos tribais criam um clima de culto ritualístico simplesmente assustador e sinistro, que deixa sua música ainda mais intensa e, porque não, desesperadora. Vale dizer que aqui a dupla contou com a colaboração do vocalista e guitarrista Astargh (GreyAblaze, Elderblood, ex-Nokturnal Mortum), do tecladista Hyozt (KZOHH, Nokturnal Mortum) e do vocalista Ermunaz (KZOHH), este em uma faixa. Um álbum poderoso! (8,5)

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Jonne - Kallohonka (2017)
(Playground Music Finland – Importado)
 
 
Para quem não ligou os pontos, esse é o projeto solo do vocalista do Korpiklaani, Jonne Järvelä, que chega a seu segundo trabalho e conta com a participação de músicos de bandas como Amorphis, Battlelore, Shape of Despair, dentre outras. Mostrando um trabalho mais bem-composto, maduro e diversificado que em sua estreia, sua música reúne elementos de Folk Acústico, World Music, Jazz, Flamenco, Progressivo e até algumas boas melodias Pop, resultando em algo que se aproxima muito mais do que fez no Shammaani Duo do que o que faz no Korpiklaani. Amplo e versátil, é um dos álbuns mais agradáveis que você escutará nesse ano de 2017. (8,0)

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Eis que o grupo polonês capitaneado pela vocalista Marta Gabriel chega a seu 6º CD mantendo aquela mesma pegada típica do Metal oitentista apresentada em seus trabalhos anteriores. A fixação da banda pelo período é tanta que em alguns momentos suas músicas chegam a soar um pouco datadas e sem identidade, já que a busca por originalidade não parece ser do interesse do quarteto polaco. Durante toda a audição, nomes como Iron Maiden, Cirith Ungol, Manowar, Warlock e Running Wild virão à sua cabeça, fazendo persistir aquela sensação famosa do “eu já escutei isso antes”. Mas ao mesmo tempo, não podemos negar a qualidade dos ótimos vocais de Marta, dos riffs pesados e sim, muito bons, além da ótima parte rítmica. São essas qualidades que acabam por equilibrar o jogo e dar qualidade ao grupo. Sua devoção pelos anos 80 é tão grande, que temos aqui participações especiais de ícones do período, como Ross The Boss (ex-Manowar), Mantas (ex-Venom) e Steve Bettney (Saracen), além de um cover para “See You in Hell” do Grim Reaper, na versão em CD, e para “Long Live the Loud”, do Exciter, no vinil. Vale destacar também a belíssima capa do mestre Andreas Marshall. (7,5)

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