Mothership - High Strangeness (2017)
(Ripple Music - Importado)
01. High Strangeness
02. Ride The Sun
03. Midnight Express
04. Crown Of Lies
05. Helter Skelter
06. Eternal Trip
07. Wise Man
08. Speed Dealer
Parece ser indiscutível o fato de que o Stoner Rock vive o seu melhor momento em termos de popularidade, vide a grande quantidade de bandas que surgem a todo o momento apostando no dito estilo. Mas por mais que isso tenha aspectos positivos, por outro, a grande oferta acaba, de certa forma, nivelando tudo por baixo, já que grande parte desses novos nomes se limitam apenas a emular o que já foi feito por nomes consagrados do passado. Dentro desse panorama, uma banda que queira se destacar e não ser apenas mais uma em meio à multidão tem que apresentar algo muito consistente.
Esse é o caso do Power Trio texano Mothership, formado pelos irmãos Kyle (vocal/baixo) e Kells Juett (vocal/guitarra) e pelo baterista Judge Smith. Formado no ano de 2010, lançaram 2 álbuns de estúdio, Mothership I (13) e Mothership II (14) e um trabalho ao vivo, Live Over Freak Valley (16), que ajudaram a sedimentar seu caminho e crescimento dentro do underground, os colocando em uma posição de cada vez mais destaque dentro da cena. E após a audição de High Strangeness, não seria exagero da minha parte dizer que esse é o passo que faltava para os colocar um degrau acima, entre os grandes nomes do gênero.
Com seus dois pés muito bem fincados nos anos 70, praticando um Stoner/Hard com pitadas psicodélicas que surgem para temperar mais esse caldo, High Strangeness já chama a atenção de cara por sua belíssima capa. Ao bater o olho na mesma, você já sabe com o que irá se deparar. Se você já estiver familiarizado com a discografia do trio, assim que colocar o material para tocar, irá se ligar em um segundo aspecto: esse é um trabalho muito mais “simples” que seus antecessores, já que sua duração fica em torno dos 33 minutos (os anteriores ficavam na casa dos 45 minutos). Suas canções, definitivamente, estão mais curtas, diretas e precisas, soando muito mais orgânicas.
O álbum abre com a faixa-título, um ótimo e hipnótico prelúdio instrumental que deixa escancarada toda a vibe setentista do trio. Na sequência, “Ride The Sun” chega bem direta, simples, com um riff inicial pra lá de marcante e que gruda na sua cabeça de imediato, assim como o bom refrão. É dessas músicas que cativam o ouvinte já de cara. “Midnight Express” é uma dessas clássicas faixas do estilo, capaz de te deixar viciado na mesma e com uma ótima performance da parte rítmica. Aliás, Kyle e Judge, em muitas passagens, conseguem remeter ao melhor do Black Sabbath. “Crown Of Lies” encerra a primeira metade do trabalho, e além de um riff simplesmente esmagador, se mostra bem variada, com várias mudanças de ritmo e um solo muito legal.
Não se deixe enganar, apesar do nome, “Helter Skelter”, que abre a segunda metade, não se trata de um cover dos Beatles, mas sim de uma música do próprio Mothership. Ótimos riffs, uma bateria muito forte e um climão bem Kyuss dão o mote em uma das faixas mais enérgicas do trabalho. “Eternal Trip” é um interlúdio instrumental suave e dinâmico, que surge para abaixar um pouco a adrenalina e preparar para o espetacular final. Primeiro, “Wise Man”, simples, direta, com um ótimo riff e uma melodia grudenta e por último, com a espetacular “Speed Dealer”, melhor faixa disparada de todo o trabalho, uma verdadeira viagem pelo que os anos 70 tinham de melhor a oferecer em matéria de música. Vibrante, viciante e com um belo riff.
A produção é excelente, conseguindo emular bem o clima do período, mas sem soar forçado. Tudo é muito honesto e natural aqui. O trabalho vocal é excelente, digno de todos os elogios, assim como a guitarra, que soa 100% verdadeira, saída de um trabalho dos anos 70. E a parte rítmica, essa brilha durante toda a audição. Equilibrando muito bem peso e melodia setentistas, o Mothership criou um álbum que vai agradar em cheio a fãs de formações como Spiritual Beggars, Fu Manchu, Orange Goblin, Kyuss e outras nessa linha. Certamente um dos grandes álbuns de Stoner Rock de 2017.
NOTA: 8,5
OBS: Resenha originalmente publicada na October Doom Magazine nº 68. O link para leitura online e/ou download se encontra logo abaixo. Vale muito a pena baixar/ler.
Download: https://goo.gl/ZkBcFg
Leitura Online: https://goo.gl/t9Eg1Q
Mothership é:
- Kyle Juett (vocal/baixo);
- Kells Juett (vocal/guitarra);
- Judge Smith (bateria).
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Bandcamp
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02. Ride The Sun
03. Midnight Express
04. Crown Of Lies
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06. Eternal Trip
07. Wise Man
08. Speed Dealer
Parece ser indiscutível o fato de que o Stoner Rock vive o seu melhor momento em termos de popularidade, vide a grande quantidade de bandas que surgem a todo o momento apostando no dito estilo. Mas por mais que isso tenha aspectos positivos, por outro, a grande oferta acaba, de certa forma, nivelando tudo por baixo, já que grande parte desses novos nomes se limitam apenas a emular o que já foi feito por nomes consagrados do passado. Dentro desse panorama, uma banda que queira se destacar e não ser apenas mais uma em meio à multidão tem que apresentar algo muito consistente.
Esse é o caso do Power Trio texano Mothership, formado pelos irmãos Kyle (vocal/baixo) e Kells Juett (vocal/guitarra) e pelo baterista Judge Smith. Formado no ano de 2010, lançaram 2 álbuns de estúdio, Mothership I (13) e Mothership II (14) e um trabalho ao vivo, Live Over Freak Valley (16), que ajudaram a sedimentar seu caminho e crescimento dentro do underground, os colocando em uma posição de cada vez mais destaque dentro da cena. E após a audição de High Strangeness, não seria exagero da minha parte dizer que esse é o passo que faltava para os colocar um degrau acima, entre os grandes nomes do gênero.
Com seus dois pés muito bem fincados nos anos 70, praticando um Stoner/Hard com pitadas psicodélicas que surgem para temperar mais esse caldo, High Strangeness já chama a atenção de cara por sua belíssima capa. Ao bater o olho na mesma, você já sabe com o que irá se deparar. Se você já estiver familiarizado com a discografia do trio, assim que colocar o material para tocar, irá se ligar em um segundo aspecto: esse é um trabalho muito mais “simples” que seus antecessores, já que sua duração fica em torno dos 33 minutos (os anteriores ficavam na casa dos 45 minutos). Suas canções, definitivamente, estão mais curtas, diretas e precisas, soando muito mais orgânicas.
O álbum abre com a faixa-título, um ótimo e hipnótico prelúdio instrumental que deixa escancarada toda a vibe setentista do trio. Na sequência, “Ride The Sun” chega bem direta, simples, com um riff inicial pra lá de marcante e que gruda na sua cabeça de imediato, assim como o bom refrão. É dessas músicas que cativam o ouvinte já de cara. “Midnight Express” é uma dessas clássicas faixas do estilo, capaz de te deixar viciado na mesma e com uma ótima performance da parte rítmica. Aliás, Kyle e Judge, em muitas passagens, conseguem remeter ao melhor do Black Sabbath. “Crown Of Lies” encerra a primeira metade do trabalho, e além de um riff simplesmente esmagador, se mostra bem variada, com várias mudanças de ritmo e um solo muito legal.
Não se deixe enganar, apesar do nome, “Helter Skelter”, que abre a segunda metade, não se trata de um cover dos Beatles, mas sim de uma música do próprio Mothership. Ótimos riffs, uma bateria muito forte e um climão bem Kyuss dão o mote em uma das faixas mais enérgicas do trabalho. “Eternal Trip” é um interlúdio instrumental suave e dinâmico, que surge para abaixar um pouco a adrenalina e preparar para o espetacular final. Primeiro, “Wise Man”, simples, direta, com um ótimo riff e uma melodia grudenta e por último, com a espetacular “Speed Dealer”, melhor faixa disparada de todo o trabalho, uma verdadeira viagem pelo que os anos 70 tinham de melhor a oferecer em matéria de música. Vibrante, viciante e com um belo riff.
A produção é excelente, conseguindo emular bem o clima do período, mas sem soar forçado. Tudo é muito honesto e natural aqui. O trabalho vocal é excelente, digno de todos os elogios, assim como a guitarra, que soa 100% verdadeira, saída de um trabalho dos anos 70. E a parte rítmica, essa brilha durante toda a audição. Equilibrando muito bem peso e melodia setentistas, o Mothership criou um álbum que vai agradar em cheio a fãs de formações como Spiritual Beggars, Fu Manchu, Orange Goblin, Kyuss e outras nessa linha. Certamente um dos grandes álbuns de Stoner Rock de 2017.
NOTA: 8,5
OBS: Resenha originalmente publicada na October Doom Magazine nº 68. O link para leitura online e/ou download se encontra logo abaixo. Vale muito a pena baixar/ler.
Download: https://goo.gl/ZkBcFg
Leitura Online: https://goo.gl/t9Eg1Q
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- Kyle Juett (vocal/baixo);
- Kells Juett (vocal/guitarra);
- Judge Smith (bateria).
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