terça-feira, 18 de novembro de 2014

Pray For Mercy – In Absentia (2014)




Pray For Mercy – In Absentia (2014)
(Eternal Hatred Records – Nacional)

01. Prefatio (Intro)
02. Ato I: O Início da Escuridão
03. Anexo I: Cárcere
04. Anexo II: Intrepidus
05. Anexo III: Invocação
06. Ato II: Aceite a Dor
07. Anexo IV Exílio Manchado de Sangue
08. Anexo V: Guiado pelas Sombras
09. Anexo VI: Cegueira do Verdadeiro Mal
10. Ato III: Descobertas das Cinzas
11. Anexo VII: Decesso
12. Ato IV: Martírio

Para quem não conhece o Pray For Mercy, a banda é originária de São Paulo, tendo surgido no ano de 2010 e lançando seu primeiro álbum, Olhos Sem Vida, em 2012. No ano passado uma tragédia se abateu sobre a banda, com o assassinato de seu vocalista Fábio Frazão em uma briga de família. Apesar da dor pela perda de um dos fundadores, optaram por seguir em frente com seu trabalho. Agora, com a inclusão de Bruno Tortorello (vocal) e Gustavo Oliveira (teclado), chegam a seu segundo álbum, intitulado In Absentia.
A base do som continua sendo o Deathcore brutal apresentado em seu trabalho de estréia, mas estendendo ainda mais a amplitude de sua música. Claro que elementos como riffs tipicamente Death, blast beats furiosos, afinação baixa ou breakdowns, estão mais do que presentes aqui, assim como passagens que podem remeter ao Grindcore, mas a inclusão de um teclado e as conseqüentes orquestrações feitas por esse, aprofundou ainda mais a música do Pray For Mercy. Me chamem de louco, mas em vários momentos em que as mesmas surgem, fui remetido ao trabalho do Dimmu Borgir e bandas similares. E olha, isso ficou incrível, até porque devo frisar, essa dose a mais de melodia não comprometeu em nada a brutalidade da música aqui presente. Riffs absurdamente pesados, parte rítmica técnica e furiosa, uma dupla de vocalistas simplesmente insana que alterna entre o gutural e o rasgado, vociferando letras em português que possuem uma temática anti-religiosa e que são mais Black do que muitas bandas do estilo por ai e um teclado muito bem encaixado nas músicas e que não comete exageros são a receita para 11 faixas (a primeira é uma introdução) de absoluta qualidade e tão pesado quanto o Inferno. Destaques? “Ato I: O Início da Escuridão”, “Anexo I: Cárcere”, “Anexo III: Invocação” (uma das melhores músicas que escutei esse ano), “Anexo IV Exílio Manchado de Sangue”, “Anexo VI: Cegueira do Verdadeiro Mal” e “Ato IV: Martírio”.
Com um som moderno, variado, profundo e simplesmente infernal (em todos os sentidos positivos disso), o Pray For Mercy não só presta um tributo a Flavio Frazão como também nos entrega um dos grandes álbuns de Metal desse ano. Uma banda capaz de agradar fãs de bandas dispares como Whitechapel, Carcass e Dimmu Borgir, o que convenhamos é algo para poucos. E fontes seguras me garantiram que o Capiroto não tira esse Cd do seu playlist lá no Inferno.

NOTA: 9,0





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