Pink
Floyd – The Endless River (2014)
(Parlophone/Columbia
– Importado)
01. Side 1, Pt. 1 Things Left Unsaid
02. Side 1, Pt. 2 It's What We Do
03. Side 1, Pt. 3 Ebb And Flow
04. Side 2, Pt. 1 Sum
05. Side 2, Pt. 2 Skins
06. Side 2, Pt. 3 Unsung
07. Side 2, Pt. 4 Anisina
08. Side 3, Pt. 1 The Lost Art Of
Conversation
09. Side 3, Pt. 2 On Noodle Street
10. Side 3, Pt. 3 Night Light
11. Side 3, Pt. 4 Allons-Y (1)
12. Side 3, Pt. 5 Autumn '68
13. Side 3, Pt. 6 Allons-Y (2)
14. Side 3, Pt. 7 Talkin' Hawkin'
15. Side 4, Pt. 1 Calling
16. Side 4, Pt. 2 Eyes To Pearls
17. Side 4, Pt. 3 Surfacing
18. Side 4, Pt. 4 Louder Than Words
Ainda me lembro como se fosse hoje. Entrei na
loja, comecei a olhar os vinis (sim colegas, sou desse tempo) e me deparei com The Division Bell, naquela altura, o
novo álbum do Pink Floyd. Não pensei duas vezes para adquiri-lo e ainda hoje o
mesmo repousa em minha estante. Após isso, não imaginei que um dia eu fosse ter
a oportunidade de novamente escutar um trabalho de inéditas dessa que é uma das
maiores bandas de Rock de todos os tempos. Na verdade, na minha cabeça seu
canto do cisne havia ocorrido no Live 8, em Maio de 2005, quando se juntaram a
Roger Waters para a execução de quatro músicas, por mais que isso tenha deixado
milhões de fãs esperançosos por uma reunião do quarteto clássico (eu inclusive).
Mais eis que em 15 de Setembro de 2008, Richard Wright nos deixou, vitimado
pelo câncer. A esperança findava.
Não vou ficar aqui com aquela “viadagem” de
muitos críticos musicais e fãs por ai, de que sem Waters isso, sem Waters
aquilo. Esse mimimi eterno já deu no saco. Se não gosta de Pink Floyd sem ele,
se não aceita, simplesmente não escute. The
Endless River é acima de tudo uma homenagem de David e Nick a Rick, um
tributo ao amigo que partiu. Esse é o primeiro aspecto que se deve ter na
cabeça ao começar a audição do mesmo. Outra questão muito importante é que todo
o álbum é composto de outtakes do The Division
Bell. Não estamos falando de canções que foram finalizadas, mas na maior
parte do tempo, de trechos, de idéias que em algum momento foram colocadas de
lado pelo trio em 1994. Isso faz desse um trabalho menor? Meu amigo, isso é um
álbum do Pink Floyd e não de qualquer “bandeca” por ai. E vou mais além, talvez
esse seja o álbum mais Pink Floyd lançado por eles nos últimos 35 anos. São
diversos os momentos em que irá encontrar referências a trabalhos do passado
como Ummagumma (69), Atom Heart Mother
(70), The Dark Side Of The Moon (73) ou Wish
You Were Here (75). E isso em um Cd onde metade das músicas tem menos ou
pouco mais de 2 minutos de duração (lembre-se, são outtakes). É como se
tivessem lançado novos olhares sobre velhas idéias. Muitos por ai vão reclamar
por se tratar de um álbum com 17 faixas instrumentais e de não possuir mais músicas
como “Louder Than Words”, a única com
vocais de Gilmour, mas a esses digo apenas uma coisa. Vocês não entenderam do
que se trata The Endless River e são
incapazes de perceber que a essência da banda está ali, em cada solo
introspectivo e melancólico de David, em cada linha de bateria de Mason ou nos teclados/sintetizadores
de Rick, que dão uma atmosfera hipnotizante as músicas. Soberba de minha parte
dizer isso? Que seja.
The
Endless River
é perfeito dentro do que se propôs. Um tributo emocionante a Rick Wright, um
final tranqüilo para uma carreira de quase 50 anos que foi turbulência pura. O
álbum do ano e nada e nem ninguém poderá tirar esse título dele. Obrigatório!
NOTA:
100
Nota melhor não existiria! Pra mim o álbum do ano também!
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