segunda-feira, 10 de novembro de 2014

Machine Head – Bloodstone & Diamonds




Machine Head – Bloodstone & Diamonds
(Nuclear Blast – Importado)

01. No We Die
02. Killers & Kings
03. Ghosts Will Haunt My Bones
04. Night of Long Knives
05. Sail into the Black
06. Eyes of the Dead
07. Beneath the Silt
08. In Comes the Flood
09. Damage Inside
10. Game Over
11. Imaginal Cells
12. Take Me Through the Fire

Quando o Machine Head surgiu há 20 anos com o clássico Burn My Eyes, muita gente boa por ai pensou que estávamos diante do surgimento de um novo gigante do Metal pesado. Infelizmente, Robb Flynn e Cia engataram uma sequência de trabalhos que variaram entre o fraco e o mediano, frustrando a expectativa gerada por sua estréia. Eis que justamente quando muitos já não davam muita coisa pela banda, surgiram com dois álbuns simplesmente fantásticos, The Blackening (07) e Unto the Locust (11) e voltaram a figurar no pelotão de elite da música pesada.
Sendo assim, a tarefa de Bloodstone & Diamonds não era das mais fáceis, já que tinha que manter o altíssimo nível dos trabalhos anteriores. Aqui, continuam a praticar seu metal moderno, poderoso, enérgico e carregado de intensidade, com ótimos riffs e solos, bases pesadas e vocais competentes de Flynn. Mas o novo trabalho do Machine Head possui outro lado, bem mais experimental. Em alguns momentos, o ouvinte vai se deparar com passagens que beiram o atmosférico, além de discretas orquestrações aqui ou ali. Isso é ruim? Nem sempre, afinal de contas, evoluir é sempre positivo para uma banda, mas mesmo para a evolução, devem existir certos limites. Esses experimentalismos acabam tornando Bloodstone & Diamonds cansativo em alguns momentos. Um exemplo? Os pouco mais de 4 minutos de cânticos monótonos e piano da introdução de “Sail into the Black” e que consomem metade do tempo da mesma, estragando aquela que poderia ser uma das melhores músicas do álbum. Também entram no barco dos experimentalismos desnecessários “Damage Inside” e “Imaginal Cells”, que poderiam ser limadas sem culpa alguma de Bloodstone & Diamonds. Em alguns momentos, a longa duração de algumas outras cansam um pouco o ouvinte, já que tudo fica um pouco repetitivo. Isso significa que estamos diante de um trabalho ruim? Longe disso, afinal, um álbum que possui faixas poderosas como “No We Die”, “Ghosts Will Haunt My Bones”, “Night of Long Knives”, “Eyes of the Dead”, “Game Over” e a “sabbathica” “Beneath the Silt” nunca vai poder ser rotulado de fraco.
No final das contas, mesmo que não seja tão bom quanto os antecessores, esse é um trabalho que consolida de uma vez por todas o nome do Machine Head entre os grandes do Metal. Visceral e explosivo em muitos momentos, mesmo os detratores são obrigados a admitir que hoje possuem um estilo próprio. Agora, só falta experimentar um pouco menos e perceber que nem sempre músicas de 7, 8 minutos são necessárias.  Muito bom álbum, mas aquém do que podem apresentar.

NOTA: 8,0




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