Machine
Head – Bloodstone & Diamonds
(Nuclear
Blast – Importado)
01. No We Die
02. Killers & Kings
03. Ghosts Will Haunt My Bones
04. Night of Long Knives
05. Sail into the Black
06. Eyes of the Dead
07. Beneath the Silt
08. In Comes the Flood
09. Damage Inside
10. Game Over
11. Imaginal Cells
12. Take Me Through the Fire
Quando o Machine Head surgiu há 20 anos com o
clássico Burn My Eyes, muita gente
boa por ai pensou que estávamos diante do surgimento de um novo gigante do
Metal pesado. Infelizmente, Robb Flynn e Cia engataram uma sequência de
trabalhos que variaram entre o fraco e o mediano, frustrando a expectativa
gerada por sua estréia. Eis que justamente quando muitos já não davam muita
coisa pela banda, surgiram com dois álbuns simplesmente fantásticos, The Blackening (07) e Unto the Locust (11) e voltaram a
figurar no pelotão de elite da música pesada.
Sendo assim, a tarefa de Bloodstone & Diamonds não era das mais fáceis, já que tinha que
manter o altíssimo nível dos trabalhos anteriores. Aqui, continuam a praticar
seu metal moderno, poderoso, enérgico e carregado de intensidade, com ótimos
riffs e solos, bases pesadas e vocais competentes de Flynn. Mas o novo trabalho
do Machine Head possui outro lado, bem mais experimental. Em alguns momentos, o
ouvinte vai se deparar com passagens que beiram o atmosférico, além de
discretas orquestrações aqui ou ali. Isso é ruim? Nem sempre, afinal de contas,
evoluir é sempre positivo para uma banda, mas mesmo para a evolução, devem
existir certos limites. Esses experimentalismos acabam tornando Bloodstone & Diamonds cansativo em
alguns momentos. Um exemplo? Os pouco mais de 4 minutos de cânticos monótonos e
piano da introdução de “Sail into the
Black” e que consomem metade do tempo da mesma, estragando aquela que
poderia ser uma das melhores músicas do álbum. Também entram no barco dos
experimentalismos desnecessários “Damage
Inside” e “Imaginal Cells”, que
poderiam ser limadas sem culpa alguma de Bloodstone
& Diamonds. Em alguns momentos, a longa duração de algumas outras
cansam um pouco o ouvinte, já que tudo fica um pouco repetitivo. Isso significa
que estamos diante de um trabalho ruim? Longe disso, afinal, um álbum que
possui faixas poderosas como “No We Die”,
“Ghosts Will Haunt My Bones”, “Night of Long Knives”, “Eyes of the Dead”, “Game
Over” e a “sabbathica” “Beneath the
Silt” nunca vai poder ser rotulado de fraco.
No final das contas, mesmo que não seja tão
bom quanto os antecessores, esse é um trabalho que consolida de uma vez por
todas o nome do Machine Head entre os grandes do Metal. Visceral e explosivo em
muitos momentos, mesmo os detratores são obrigados a admitir que hoje possuem
um estilo próprio. Agora, só falta experimentar um pouco menos e perceber que
nem sempre músicas de 7, 8 minutos são necessárias. Muito bom álbum, mas aquém do que podem
apresentar.
NOTA:
8,0
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