sexta-feira, 8 de dezembro de 2017

Rage - Seasons Of The Black (2017)


Rage - Seasons Of The Black (2017)
(Shinigami Records/Nuclear Blast Records - Nacional)


CD 1
01. Season Of The Black
02. Serpents In Disguise
03. Blackened Karma
04. Time Will Tell
05. Septic Bite
06. Walk Among The Dead
07. All We Know Is Not
08. Gaia
09. Justify
10. Bloodshed In Paradise
11. Farewell
CD 2
01. Adoration
02. Southcross Union
03. Assorted By Satan
04. Faster Than Hell
05. Sword Made Of Steel
06. Down To The Bone

Contando o período em que se chamava Avenger, já se vão 34 anos de carreira, e o Rage chega à incrível marca de 23 álbuns de estúdio lançados (fora os incontáveis EP’s, singles e material ao vivo). Há 2 anos, as coisas ficaram um tanto complicadas para Peter "Peavy" Wagner quando o guitarrista Victor Smolsk e o baterista André Hilgers saíram da banda, deixando-o sozinho, mas ele não esmoreceu: recrutou Marcos Rodríguez (guitarra) e Vassilios "Lucky" Maniatopoulos (bateria) e soltou no ano seguinte The Devil Strikes Again, um álbum direto, pesado e que mostrava uma banda revigorada e buscando um retorno às suas raízes.

Com Seasons Of The Black, o trio alemão se mantém firme nessa caminhada, já que aqui temos uma continuação mais que natural do anterior (até pelo pouco tempo de intervalo entre os mesmos). Soando despojado, não é exagero dizer que temos um resgate daquela vibração dos anos 80 e 90, já que a pompa da “era Smolsk” foi deixada de lado em prol daquilo que podemos definir como a essência do Rage, ou seja, muito peso e melodia (com o primeiro prevalecendo em muitas passagens).

Os vocais de Peavy continuam se mantendo muito característicos, o que acaba por ser uma qualidade. Marcos Rodriguez realiza um belo trabalho com sua guitarra, já que além de imprimir boas melodias, nos entrega riffs bastante agressivos, que podem te fazer viajar no tempo, à época dos antigos clássicos da banda, como Perfect Man (88), The Missing Link (93) e Black in Mind (95). Quanto à parte rítmica, o trabalho é muito bom, com a dupla Peavy/Lucky mostrando técnica, coesão, peso e muita variedade.

A abertura, com “Season Of The Black”, empolga pelos riffs fortes e pelo refrão grudento, enquanto a enérgica “Serpents In Disguise” traz aquele clima dos anos 80/90 à tona, com o peso sobrepujando as melodias e ótimos vocais de apoio a cargo de Marcos (algo que se repete em diversos outros momentos em todo o álbum). Nem mesmo o refrão que se repete um pouco além da conta estraga essa canção. Essa pegada mais pesada prevalece também em “Blackened Karma”, outra com riffs marcantes e melodias agradáveis. “Time Will Tell” soa mais acessível e poderia estar sem problema algum em um álbum como End of All Days (96), enquanto a forte e pesada “Septic Bite” tem um pé bem fincado no Thrash e te faz viajar à época de The Missing Link.


Já “Walk Among The Dead”, apesar das boas melodias, fica um pouco abaixo das anteriores. Parece que falta algo a mais. “All We Know Is Not” traz qualidade de volta ao álbum, e se destaca pelos ótimos riffs e melodias, enquanto “Gaia”, um interlúdio, é responsável por abrir a suíte intitulada The Tragedy Man, que encerra o trabalho com as faixas “Justify”, com bons riffs e refrão, “Bloodshed In Paradise”, bem diversificada e com clima épico e “Farewell”, a única canção de todo o trabalho com elementos orquestrais e que se encaixaria sem dramas em Lingua Mortis (96). De bônus, temos um CD com 6 regravações de canções do Avenger.

A produção ficou a cargo da própria banda, com a mixagem e masterização realizadas por Dan Swanö (Edge Of Sanity, Dissection, Incantation, Novembers Doom, Katatonia). O resultado é verdadeiramente bom, pois aliou peso, agressividade e clareza. Já a capa, assim como no álbum anterior, foi obra de Karim König. Despojado e bem à vontade, o Rage nos apresenta em Seasons Of The Black um trabalho cativante e que vai render bons minutos de divertimento.

NOTA: 8,0

Rage é:
-  Peter "Peavy" Wagner (vocal, baixo);
- Marcos Rodríguez (guitarra);
- Vassilios "Lucky" Maniatopoulos (bateria)

Homepage
Facebook
Twitter
Instagram
YouTube


Nenhum comentário:

Postar um comentário