Machinaria
- Sacred Revolutions/Profane Revelations (2014)
(MS
Metal Records – Nacional)
01. Iconoclast
02. Scapegoat
03. Act Of Justice
04. Holy Office
05. Pictures Of The Dark
06. Sacred Revolutions/Profane Revelations
07. New Eyes, Old Lies
08. Shallow Grave
BÔNUS TRACK
09. Burning My Soul
Quando falamos de sonoridades mais
agressivas, dois estados me surgem a cabeça, Minas Gerais e Rio Grande do Sul.
Não que tais vertentes sejam a especialidade de ambos, mas é indiscutível que
de tais locais sempre surgem nomes de qualidade. O Machinaria vem de Bagé (RS)
e aposta em um Thrash Metal bem moderno, pesado, grooveado e com doses de Metal
Tradicional e até mesmo Progressivo.
O resultado disso é deveras interessante,
já que sua música soa bem pesada e agressiva, mas também muito variada, já que alterna
faixas mais velozes com outras mais cadenciadas. Os vocais trafegam do limpo ao
rasgado, as vezes beirando o gutural enquanto as guitarras despejam ótimos
riffs e solos bem melodiosos, onde a influência de Metal Tradicional talvez se
faça mais latente. Já a parte rítmica mostra uma qualidade absurda e esbanja
técnica, além de ser a principal responsável pelo peso encontrado na música dos
gaúchos.
Vale destacar aqui também o conceito lírico
existente por de trás do álbum. Sim amigos, os caras tiveram personalidade para
estrear com um trabalho conceitual. Sacred Revolutions/Profane Revelations tem
como tema a Inquisição Católica ocorrida no período da Idade Média. O assunto
até pode ser batido, mas eu, como historiador formado, posso dizer que o mesmo
foi muitíssimo bem abordado nas letras escritas por Luciano Ferraz.
As 9 composições aqui presentes possuem
ótima qualidade e aponto como principais destaques, “Iconoclast”, “Scapegoat”, “Holy Office”, “Sacred Revolutions/Profane
Revelations” e “Shallow Grave”.
Já a produção ficou a cargo da própria
banda, enquanto o trabalho de mixar e masterizar foi feito por Bruno Fachi. O
resultado é bom, tendo ficado audível, agressivo, pesado. Poucas vezes me
deparei com um debut com tamanho nível de maturidade, o que nos deixa com
aquela inevitável ansiedade pelos próximos trabalhos do grupo. Se gosta de
Thrash Metal de qualidade, o Machinaria é mais do que indicado.
NOTA:
8,5
Machinaria
(Gravação):
- Luciano
Ferraz (Vocal)
-
Alan Quintana (Guitarra)
-
Matheus Leal (Guitarra)
-
Luiz Mario Moraes (Baixo)
-
Bruno Dachi (Bateria)
Machinaria
é:
-
Luciano Ferraz (Vocal)
-
Alan Quintana (Guitarra)
-
Matheus Leal (Guitarra)
-
Lucas Ollé (Baixo)
-
Bruno Dachi (Bateria)
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