Swallow
The Sun - Songs from the North I, II & III (2015)
(Century
Media – Importado)
CD1
01. With You Came the Whole of the
World's Tears
02. 10 Silver Bullets
03. Rooms and Shadows
04. Heartstrings Shattering
05. Silhouettes
06. The Memory of Light
07. Lost & Catatonic
08. From Happiness to Dust
CD2
01. The Womb of Winter
02. The Heart of a Cold White Land
03. Away
04. Pray for the Winds to Come
05. Songs from the North
06. 66°50'N, 28°40'E
07. Autumn Fire
08. Before the Summer Dies
CD3
01. The Gathering of Black Moths
02. 7 Hours Late
03. Empires of Loneliness
04. Abandoned by the Light
05. The Clouds Prepare for Battle
Um título ninguém tira dos finlandeses
do Swallow the Sun, o de ter lançado o trabalho mais ousado de 2015. Songs from the North é um álbum triplo e
que supera a marca das 2h30min de duração, o que convenhamos, em tempos de
downloads ilegais e consumo quase descartável de música, onde as pessoas
compram faixas e não um Cd inteiro, tal opção parece ser um tiro no pé.
Surgido em 2000 e praticando um Melodic
Doom/Death Metal, o Swallow The Sun vinha de dois
ótimos álbuns, New Moon (09) e Emerald Forest and the Blackbird (12),
que ajudaram a elevar a popularidade da banda, e valeram a mesma uma migração da
Spinefarm para a Century Media. Aliás, outro ponto ousado aqui, estrear na nova
gravadora apostando em um álbum triplo. Tem que ter muita coragem e confiança
no seu potencial.
Analisar Songs from the North não é um trabalho simples, não só pela duração
do mesmo como pela opção feita pelo sexteto finlandês de criar três álbuns
dispares musicalmente entre si (apesar de ter um fio condutor aqui). Sendo
assim, optei por fazer rápidas analises de cada um, antes de julgar a obra em sua totalidade.
Songs
from the North I
Aqui temos a continuação natural dos
últimos álbuns de estúdio da banda, e encontramos exatamente o esperado do
Swallow The Sun. Melodic Doom/Death, arrastado, com clima melancólico, vocais
que alternam entre o limpo e o gutural e vai agradar em cheio os fãs de nomes
como Anathema, Insomnium ou Amorphis. Temos também alguns vocais femininos que
engrandecem ainda mais as composições, que possuem ótimas melodias e são
absurdamente cativantes. Os destaques aqui ficam por conta de “With You Came the Whole of the World's Tears”,
“Rooms and Shadows”, “Heartstrings Shattering” (essa tem algo de Paradise
Lost) e “Lost & Catatonic”. Pesado,
agressivo e belo! Individualmente, um dos melhores trabalhos de 2015. NOTA: 9,0
Songs
from the North II
Aqui temos certamente o lado mais
surpreendente de todo o trabalho. Essa segunda parte é voltada mais para o Goth
Rock, recheado de passagens acústicas, influências de Rock Progressivo, vocais
e guitarras limpos e todo aquele clima sombrio e melancólico que acostumamos
ver na música do Swallow The Sun. Lembram do tal fio condutor que falei existir
aqui? Peso, distorção, vocais guturais e coisas afim não têm espaço nessa
obra. Das três partes, essa também é a menor, com apenas 42 minutos de duração.
Os grandes destaques aqui ficam por conta de “The Heart of a Cold White Land”, “Songs from the North”, “Away” e “Before the Summer Dies”. Uma viagem
belíssima por um lado pouco explorado da banda e que, assim como a primeira
parte, candidato a um dos melhores álbuns de 2015. NOTA: 9,0
Songs
from the North III
Analisar essa terceira parte foi à
tarefa mais difícil. Essa dificuldade nem se dá pela qualidade do material
apresentado, mas pelo fato de ao chegarmos a esse ponto, já se ter passado mais
de 1h40min de audição, e também por não terem focado tanto assim na
acessibilidade. Aqui vemos a faceta mais escura do Swallow The Sun, já que nos deparamos
com um típico álbum de Funeral Doom, arrastado, pesado, carregado de guturais e
com suas 5 músicas variando dos 8 aos 13 minutos de duração. Riffs longos,
bateria lenta e repetitiva, e um clima de pesar muito grande vão fazer a alegria
dos amantes desse estilo. Destaques para “The
Gathering of Black Moths”, “Empires of Loneliness” e “The Clouds Prepare for Battle”. É nítido que o foco aqui não é
soar acessível, e sendo assim, é um trabalho que demora mais a cativar o
ouvinte. Ainda sim, um álbum poderosíssimo! NOTA: 8,5
No fim das contas, Songs from the North não se mostra só um
trabalho ousado, mas também de inegável qualidade. Tendo a melancolia e os
climas mais tristes como fio que une as três partes aparentemente dispares, o
Swallow The Sun conseguiu mostrar aqui todas as suas personalidades. Vale
destacar também o trabalho individual de cada envolvido aqui. Mikko Kotamäki se
mostra um dos melhores vocalistas do estilo e impressiona tanto nas linhas mais
limpas como nos guturais, dando uma variedade vocal incrível ao álbum, enquanto
os guitarristas Juha Raivio e Markus Jämsen despejam uma quantidade de riffs
absurda, fazendo um belíssimo trabalho. Matti Honkonen (Baixo) e Juuso
Raatikainem (Bateria) forma uma parte rítmica só lida e pesada e o tecladista
Aleksi Munter é o principal responsável pela criação do clima triste da música
do sexteto.
O que é Songs from the North? Um ato de coragem de uma banda que se
encontra em seu auge criativo? Uma atitude estúpida, já que lançar um álbum que
ultrapassa às 2h30min de duração nos tempos de hoje, é o mesmo que dizer “não
consumam meu produto”? Ou seria apenas um momento de “esquizofrenia” dos
finlandeses? Bem, sinceramente, arrisco a primeira opção, já que estamos diante de um álbum
amplo, diversificado, rico, e acima de tudo, de inquestionável qualidade.
Não tenha medo, se arrisque, gaste
algumas horas do seu dia com a audição desse trabalho, e irá se deparar com um
dos melhores álbuns de 2015. Vai valer cada segundo.
NOTA:
9,0
-
Mikko Kotamäki (Vocal)
-
Juha Raivio (Guitarra)
-
Markus Jämsen (Guitarra)
-
Matti Honkonen (Baixo)
-
Juuso Raatikainem (Bateria)
-
Aleksi Munter (teclado)
Espetacular. Leva um tiempo absorver e entender a obra. Candidato a estar entre os cinco melhores do ano. A reflexão que fica que embora eu seja da velha guarda sou outa otimista quanto ao futuro do metal diferente do que o sinó Genne Simmons acha que o rnr morreu o que morreu pode ter sido a indústria porque o metal esta recheado de bandas ótimas de nível das jurássicas so dar tempo para elas mesmo que fiquem no underground. Salve Enslaved. Amon Amarth. EREB ALTOR. CATTLE DECAPITATION
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