Heaviest
- Nowhere (2015)
(MS
Metal Records/Voice Music – Nacional)
01. Buried Alive
02. Decisions
03. Nowhere
04. Betrayed
05. Crawling Back
06. Torment
07. Time
08. Resurrection
09. Finding a Way
10. Land of Sin
Uma das marcas do Metal nacional é a fidelidade
a sonoridades mais tradicionais e talvez a maior prova disso, seja o surgimento
de poucas bandas se enveredando por sons mais modernos. Aliás, as simples
menções a termos como moderno ou modernidade já é o suficiente para causar
calafrios na maior parte dos fãs de Heavy Metal por esses lados.
Talvez por isso a minha surpresa ao
constatar que o quinteto paulista se envereda justamente pelos caminhos mais modernos do Metal. Mas
podem ficar tranquilos, que por moderno podemos entender algo na linha de
bandas como Disturbed e afins, sendo possível inclusive encontrar alguns momentos
que vão inevitavelmente remeter o ouvinte a vertente mais moderna do Thrash
Metal. Em linhas gerais, mas bem gerais mesmo, tente imaginar uma mescla do
Pantera com o já citado Disturbed e pode ter uma ideia da sonoridade do
Heaviest.
As principais características da música
praticada pelo Heaviest são a cadência e o peso, mas as 10 faixas aqui
presentes possuem boas melodias, bom groove e refrães bem fortes, marcantes.
Guto Mantesso e Marcio Eidt fazem um belo trabalho nas guitarras, não só através de riffs
agressivos como também com belos solos. Já Renato Dias e Felipe Perini (que gravou o álbum) formam uma parte
rítmica com muito boa técnica e solidez de sobra, conseguindo segurar bem a
bronca lá atrás e dando sustentação as músicas. Mas como não podia ser
diferente, o grande destaque aqui fica com os vocais de Mario Pastore, que ao
contrário dos agudos usuais (que até dão as caras quando necessários), canta de
uma forma bem agressiva. O resultado é interessantíssimo e prova o porquê dele
ser um dos maiores vocalistas da história do Metal nacional.
Todas as faixas aqui presentes possuem
excelente qualidade, mas inevitavelmente algumas se destacam mais do que
outras. Então ouça músicas como “Buried
Alive”, “Nowhere”, “Betrayed”, “Torment”, “Resurrection” e “Land of Sin” e tente não se empolgar
com o peso das mesmas.
É ótimo que mais bandas nacionais optem
por seguir esse caminho, já que nada pode ser pior para o desenvolvimento de
uma cena do que a estagnação sonora. É legal que tenhamos muitas bandas
apostando no lado mais tradicional do estilo, mas se faz válido e necessário
que mais e mais bandas fujam um pouco disso, dando diversidade e riqueza a ela.
E dentro dessa ideia, o Heaviest chega com tudo, metendo o pé na porta e entrando
sem cerimônia alguma, já que Nowhere
é sem um pingo de dúvidas, um dos melhores trabalhos nacionais de 2015 e uma
das melhores estreias que escutei vindo de uma banda de nosso cenário nos
últimos tempos. Certamente vai estar na lista de melhores do ano de muita gente
por ai.
NOTA:
8,5
Heaviest
é:
-
Mario Pastore (Vocal)
-
Guto Mantesso (Guitarra)
-
Marcio Eidt (Guitarra)
-
Renato Dias (Baixo)
- Vito Montanaro (Bateria)
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