Dark Witch - The Circle of Blood (2015)
(Arthorium Records – Nacional)
01. Circle of Blood
02. Wild Heart
03. Master of Fate
04. Cauldron
05. Firestorm
06. Stronghold
07. Blood Sentence
08. Liberty Is Death
09. Lighthouse Reaper
10. Death Rain
11. Siegfried
12. To Valhalla We Ride
13. Voz de Consciência
Uns 15 anos atrás escutei um jingle de
certo candidato a prefeito em Niterói que se iniciava com a seguinte frase: “É
mesmo um caso de amor, desses que ninguém destrói (...)”. Pois bem, essa frase talvez
defina de forma perfeita a relação existente entre o headbanger brasileiro e o
Metal Tradicional.
Surgida no ano de 1999, em Santos/SP, o
Dark Witch aposta em uma mescla bem interessante de sonoridades mais
tradicionais com aquele Power Metal praticado nos anos 80 pelas bandas
européias do estilo, principalmente as da escola alemã. Ainda sim, mesmo que
deixe suas influências mais explicitas, de forma alguma você ficará com aquela
sensação incomoda de estar escutando um simples xerox de nomes mais conhecidos,
já que a sua maneira, conseguem imprimir uma identidade as suas composições. E
olha, esse álbum de estréia do quarteto santista impressiona.
A música praticada pelo Dark Witch é
acima de tudo bem pesada e enérgica, com destaque para as guitarras de César
Antunha e Décio Andolini, que despejam ótimos riffs e solos, além de melodias
bem interessantes. Bil Martins, além de ótimo vocalista, forma uma parte
rítmica bem solida e forte com o baterista André Kreidel, dando peso e variação
as 13 faixas aqui presentes. Outro fator que mostra a diversidade da música do
quarteto é que eles não apostam apenas em músicas mais rápidas, com os momentos
mais cadenciados dando as caras em diversos momentos. Ah, e não poderia deixar
de comentar aqui a respeito dos refrães presentes. Simplesmente bombásticos,
grudentos e marcantes.
Apesar de The Circle of Blood ser um trabalho bem homogêneo, algumas músicas
acabam por se destacar em um primeiro momento, como “Circle Of Blood”, “Wild Heart”, “Cauldron”, “Firestorm”, “Stronghold”,
“Liberty Is Death”, “Siegfried” e o cover para “A Voz da Consciência”, do grande Harppia. Mas friso que de forma
alguma as demais músicas não possuam qualidade. Ao contrário, qualquer uma
delas poderia estar citada nessa lista.
Em resumo, podemos dizer que The Circle of Blood é sem sombra alguma
de dúvida, um dos melhores álbuns de Heavy/Power que escutei esse ano e
certamente irá fazer a alegria dos fãs do estilo. Pode não apresentar nada de
novo, mas consegue trabalhar de forma brilhante uma fórmula mas do que
conhecida, sem soar clichê ou até mesmo datado. Uma verdadeira viagem aos anos
80!
NOTA:
8,5
Dark
Witch é:
-
Bil Martins (Vocal/Baixo)
-
César Antunha (Guitarra)
-
Décio Andolini (Guitarra)
-
André Kreidel (Bateria)
Nenhum comentário:
Postar um comentário