Lamb
Of God - VII-Sturm und Drang (2015)
(Nuclear
Blast/Voice Music – Nacional)
01. Still Echoes
02. Erase This
03. 512
04. Embers
05. Footprints
06. Overlord
07. Anthropoid
08. Engage The Fear Machine
09. Delusion Pandemic
10. Torches
11. Wine And Piss (Bônus Track)
12. Nightmare Seeker (Bônus Track)
Você goste ou não, hoje o Lamb Of God é
um dos nomes mais influentes dessa nova geração do Metal e forte candidata a
preencher o espaço vago deixado por alguns medalhões do estilo quando os mesmos
se aposentarem. A prova disso é que sua mescla de Thrash, Groove e Hardcore faz
sucesso entre o público e VII-Sturm und
Drang (assim como seu antecessor) estreou na 3ª colocação no Top200 da
Billboard, o que não é pouca coisa em dias onde é cada vez mais raro se vender
Cd’s.
Os últimos anos foram muito conturbados
para o Lamb Of God. Em 2012, ao passar pela Republica Tcheca para promover o
álbum Resolution, seu vocalista Randy
Blythe foi preso, acusado de ter sido responsável pela morte de um fã durante
apresentação no país em 2010. Segundo as autoridades do país, o mesmo teria
sido empurrado por ele do palco e sofrido ferimentos que resultaram em seu
posterior falecimento. Preso por pouco mais de um mês, saiu sob fiança e no ano
seguinte acabou julgado e felizmente inocentado.
O episódio acabou por gerar duas letras
para o álbum, “Still Echoes” e “512” (o número da cela de Randy) e
aparentemente, fez com que o quinteto tocasse com uma intensidade ainda maior
do que apresentada em seus trabalhos anteriores. Algo justificável levando em
conta que por um tempo, sequer sabiam se o Lamb Of God poderia ou não continuar
na ativa. As guitarras aqui estão pesadíssimas e despejando riffs cortantes e
alguns solos interessantíssimos. Certamente o melhor trabalho da dupla Mark Morton
e Willie Adler desde a dobradinha As the
Places Burn (03)/Ashes of the Wake
(04). A parte rítmica também se destaca, com um belo trabalho de baixo
feito por John Campbell (a produção conseguiu deixar seu baixo bem audível
aqui) e Chris Adler provando de uma vez por todas o porquê de ser considerado
um dos melhores bateristas da atualidade, com um desempenho veloz, preciso,
variado e como de praxe, arrebentando nos bumbos. Não é a toa que Mustaine o
escolheu para gravar o novo do Megadeth.
Mas o maior destaque aqui fica realmente
com Randy, que imprime uma variedade maior a seus vocais, chegando inclusive a
cantar de forma limpa na maior parte do tempo em “Overlord” (e se saindo muito bem, diga-se de passagem). VII-Sturm und Drang também conta com as
participações de Chino Moreno (Deftones) em “Embers”
e Greg Puciato (The Dillinger Escape Plan) em “Torches”, criando contrastes bem interessantes com a voz de
Blythe.
As 10 faixas aqui presentes (12 na
versão nacional, que conta com 2 bônus) estão pesadas, agressivas com bom
groove e em um nível altíssimo. Não existe aqui uma música propriamente fraca,
mas destaco como minhas preferidas “Still
Echoes”, “Erase This”, “512”, “Footprints”, “Overlord” (que vai causar
polêmica entre os mais xiitas, pelo climão meio Alice In Chains), “Anthropoid” e “Delusion Pandemic”.
Desde o lançamento de seu debut, New
American Gospel, já se passaram 15 anos e VII-Sturm
und Drang é o 7° trabalho de estúdio da banda, que nesse tempo conseguiu
alcançar uma sonoridade própria (mesmo deixando suas influências evidentes),
algo não muito comum de se ver nos dias de hoje. Pesado, agressivo e carregado
de energia, esse é certamente um dos grandes álbuns de 2015 e veio para mostrar
de uma vez por todas que o Lamb Of God é sim, um dos grandes nomes do Metal na
atualidade, doa a quem doer.
NOTA:
8,5
Lamb
Of God é:
-
Randy Blythe (Vocal)
-
Mark Morton (Guitarra)
-
Willie Adler (Guitarra)
-
John Campbell (Baixo)
-
Chris Adler (Bateria)
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