Hammer
King – Kingdom of the Hammer King (2015)
(Cruz
Del Sur Music – Importado)
O Hammer King é uma banda curiosa. Na
verdade ela se trata da banda alemã de Power Metal Ivory Night, com um nome
diferente e seus membros usando pseudônimos. Mas vejam, eles afirmam vir da
França, mais precisamente de Saint Tropez. Porque isso? Sei lá, vai ver os
caras realmente sofrem de dupla personalidade. Mas tem mais coisa, calma. Seu
vocalista, Titan Fox V (ou Patrick Fuchs, já não sei de mais nada) cantava em
uma banda cover do Manowar (Men of War) e hoje toca junto com Ross the Boss na
banda solo do mesmo. Legal né? Ah, mais das metades das músicas aqui presentes
contem ou Hammer, ou Glory, ou King em seu título, chegando ao ápice de
encerrar seu trabalho de estréia com uma música intitulada “Glory to the Hammer
King”. Vale destacar também que esse debut foi produzido por Charles Greywolf,
baixista do Powerwolf. Quanto à música? Está meio óbvio não está? Uma mescla de
Manowar, Hammerfall e algo de Saxon, clichê até a medula, com boas melodias,
levada mais cadenciada, passagens épicas, bons coros e um vocalista que soa agradável.
Certamente vai agradar os fanáticos pelo gênero. Se você não é um, já sabe. (7,0)
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Byzantine
– To Release Is To Resolve (2015)
(Independente
– Importado)
Um dos melhores nomes surgidos na cena
Post-Thrash/Groove Metal, o Byzantine reaparece com seu 5° álbum de estúdio,
mostrando aquela sonoridade que mescla bandas como Meshuggah, Pantera e Lamb of
God. É aquela história de não se mexer em time que está ganhando, então aqui o
ouvinte terá riffs agressivos, melodias progressistas, muita técnica de todos
os envolvidos, além de vocais versáteis e bastante energia. O álbum marca
também a estréia em estúdio do guitarrista Brian Henderson e do baixista Sean
Sydnor. Um trabalho que vai agradar em cheio os fãs da banda! (8,0)
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Shot-Gun
– Equilibrio (2015)
(Independente
– Importado)
Sempre digo que
o headbanger brasileiro deveria voltar os olhos para o que é feito no
continente sul-americano. Veja a Argentina, por exemplo, que sempre gerou nomes
de qualidade como A.N.I.M.A.L., Hermética, Nepal, Rata Blanca, Almafuerte, V8,
Patán, Climatic Terra, Skiltron, dentre vários outros. É de lá que vêm o
Shot-Gun, banda formada em 2012 e que aposta suas fixas em um Thrash Metal
técnico, agressivo, com músicas na sua maioria na casa dos 7 minutos e
apresentando uma boa variação, já que aposta tanto em passagens mais velozes
como em outras mais cadenciadas. Se pensarmos que esse é apenas seu trabalho de
estréia, e levarmos em conta a pouca idade dos integrantes (o mais velho tem 20
anos), fica evidente que estamos diante de um nome com muito potencial latente
de crescimento. (7,5)
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Royal Thunder – Crooked Doors
(2015)
(Relapse Records –
Importado)
Surpreendo-me ao perceber que os americanos do Royal
Thunder são quase que completamente desconhecidos aqui no Brasil. Quem escutou
o álbum de estréia da banda, CVI, em 2012, sabe exatamente o que vai encontrar
aqui. Hard Rock setentista, com elementos de Rock, Southern, Blues e Doom, bons
riffs, refrães marcantes e principalmente, a voz forte de Mlny Parsonz, que
acaba sendo o grande diferencial do Royal Thunder, evitando assim que sejam só
mais uma banda querendo soar como se estivéssemos nos anos 70. Apesar de todo
clima vintage que transpira da música do quarteto, sua sonoridade em momento
algum soa datada. Palmas também para a capa, uma das mais belas de 2015. Corram
atrás, pois vale à pena conhecer. (8,5)
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Dew-Scented
– Intermination (2015)
(Prosthetic
Records – Importado)
Após uma sequência de lançamentos
medianos, a veterana banda alemã de Thrash ressurgiu em 2012 com o bom Icarus
e, para confirmar o retorno a boa fase, acaba de lançar seu 10° trabalho de
estúdio. Mantendo a tradição de intitular seus álbuns com palavras que se
iniciam com a letra “I”, o Dew-Scented apresenta sua música de sempre, rápida e
furiosa, com riffs tipicamente Thrash, ótimas harmonias, solos de muito bom gosto
e vocais raivosos, apesar de um tanto retos e monótonos. O que impede de ser um
trabalho repetitivo? O fato de estarem novamente com sua criatividade em dia.
Os fãs da banda certamente irão aprovar, os detratores continuarão batendo
forte. Ah, a capa é mais um belo trabalho do brasileiro Gustavo Sazes! (8,0)
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Gus G – Brand New Revolution (2015)
(Century Media
Records – Importado)
Eis que pouco menos de um ano depois, Gus G, atual
guitarrista de Ozzy Osbourne e do Firewind com passagens por nomes como Dream
Evil, Mystic Prophecy e Nightrage, lança um novo trabalho solo. Para os vocais,
uma bela seleção de convidado: Jacob Bunton (Adler), Elize Ryd (Amaranthe),
Jeff Scott Soto (Talisman, TSO, ex-Axel Rudi Pell, ex-Yngwie Malmsteen) e Mats
Levén (Candlemass, ex-At Vance, ex-Adagio, ex- Yngwie Malmsteen). Aqui Gus
desfila todo seu talento através de excelentes riffs e solos belíssimos e de
bom gosto latente. Musicalmente é um trabalho um pouco mais pesado que o
anterior, mesclando bem momentos um pouco mais puxados para o Power Metal com
outros que pendem para o lado do Hard Rock. De negativo, apenas as baladas, um
tanto genéricas e que arrastam o resultado final um pouco para baixa. Ainda
sim, um belíssimo álbum! (8,0)
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