Bloodwork
– Just Let Me Rot (2014)
(Rapture
Records/Rotten Foetus/Terceiro Mundo Chaos/Blasphemic Art/Rock Animal)
01. Defecating Broken Glass
02. Cunt Suffocation
03. Asphyxiant Cum Load
04. Suck My Cut Finger
05. Human Slaughterhouse
06. Rotten 69
07. Necro Sex Club
08. Toothed Vagina
O Brasil e as vertentes mais extremas do
Metal têm um caso de amor tórrido e intenso, vide a quantidade de bandas de
qualidade que brotam aos borbotões aqui na Terra Brasilis. Nesse quesito, o Rio
Grande do Sul é referência ao lado de Minas Gerais, principalmente quando
falamos de bandas mais brutais e é justamente de lá que vêm o Bloodwork.
Aqui não existe espaço algum para
modernidades e coisas do tipo. Os caras praticam um Death Metal Old School, brutal,
que remete diretamente ao Cannibal Corpse da fase Chris Barnes e com temática
Splatter/Gore de cunho sexual, como podemos observar na delicada imagem da capa
e nos singelos títulos das músicas presentes em Just Let Me Rot. Aliás, é surpreendente que esse seja apenas o álbum
de estréia dos gaúchos, já que parece que estamos diante de uma banda veterana
e de muitos trabalhos lançados. Sua música é bem técnica e trabalhada,
absurdamente violenta, recheada de vocais em muitos momentos inteligíveis, mas
que mostram boa variação, riffs absurdamente pesados e uma parte rítmica
afiadíssima, com um belo trabalho do baixo e blast beats aos montes. Na maior
parte do tempo o Bloodwork opta por andamentos mais velozes, mas sabem usar com
precisão as passagens mais cadenciadas aqui e ali, o que impede seu som de se
tornar repetitivo. Os grandes destaques aqui ficam por conta da doentia “Defecating Broken Glass”, “Asphyxiant Cum
Load”, “Rotten 69”, “Necro Sex Club” e “Toothed
Vagina”. Como falei lá em cima, um título mais singelo que o outro.
A
produção ficou a cargo da própria banda e de Sebastian Carsin (DyingBreed,
Bloody Violence, In Torment, Symphony Draconis), que vêm se firmando cada vez
mais como um dos grandes produtores do Brasil no que tange o Death Metal.
Trabalho de ótima qualidade e condizente com a brutalidade do Bloodwork. Já a
citada delicada arte da capa, é obra de Marcos Miller (Mental Horror,
DyingBreed) e está entre as melhores que vi para o estilo nos últimos anos. Tem
os tímpanos delicados? Então é melhor passar bem longe de Just Let Me Rot, porque o que temos aqui é podreira de
primeiríssima linha, coisa apenas para ouvidos treinados em sonoridades
extremas. Encaixa-se nesse perfil? Então trate de correr atrás desse álbum,
porque vale à pena.
NOTA:
8,5
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