segunda-feira, 17 de agosto de 2015

Cattle Decapitation - The Anthropocene Extinction (2015)




Cattle Decapitation - The Anthropocene Extinction (2015)
(Metal Blade Records – Importado)

1. Manufactured Extinct
2. The Prophets of Loss
3. Plagueborne
4. Clandestine Ways (Krokodil Rot)
5. Circo Inhumanitas
6. The Burden Of Seven Billion
7. Mammals In Babylon
8. Mutual Assured Destruction
9. Not Suitable For Life
10. Apex Blasphemy
11. Ave Exitium
12. Pacific Grim

Quando surgiu com o EP Homovore (99), por mais que tivesse qualidade, o Cattle Decapitation chamava muito mais a atenção por seu uma banda totalmente formada por vegetarianos do que pela música em si. O tempo foi passando, os lançamentos se acumulando e sua sonoridade foi sendo cada vez mais aprimorada. O resultado disso pode começar a ser visto em seus dois últimos álbuns, o ótimo The Harvest Floor (09) e o espetacular Monolith of Inhumanity (12), onde levaram seu Death/Grind Progressivo a um nível muito acima da concorrência.

Depois de beirar a perfeição em seu trabalho anterior, não preciso afirmar que a expectativa por esse álbum era imensa. Como conseguir manter a qualidade quando se chega a um nível tão alto? Pois bem, a resposta é The Anthropocene Extinction. Sim amiguinhos, os caras conseguiram o que parecia impossível e lançaram um álbum superior ao Monolith of Inhumanity. Aliás, aqui continuam do ponto onde pararam neste, dando um passo além na evolução de seu som. Sei que a palavra evolução causa arrepios na maior parte dos fãs de Metal, já que normalmente é utilizada para justificar mudanças para pior, mas aqui isso significa um flerte discreto com estilos como Black Metal ou até mesmo Doom, por mais que o foco na maior parte do tempo seja a velocidade. Também é possível notar um pequeno avanço das melodias, principalmente nos vocais de Travis Ryan, que continuam bem variados, indo do gutural/rasgado até o limpo em alguns momentos. A guitarra de Josh Elmore vale por mil, despejando riffs simplesmente esmagadores e um peso brutal. Já a parte rítmica brilha com Derek Engemann (Baixo) e principalmente, com o baterista David McGraw, que se mostra uma verdadeira máquina. Os destaques ficam por conta de “Manufactured Extinct”, “The Prophets of Loss” (com participação de ninguém menos que Phil Anselmo), “Clandestine Ways (Krokodil Rot)”, “Mammals In Babylon”, “Mutual Assured Destruction”, “Apex Blasphemy” e “Pacific Grim” (com Jürgen Bartsch, do Bethlehem).

A produção mais uma vez ficou por conta de Dave Otero e esta simplesmente primorosa. Deixou tudo limpo, audível, mas absurdamente violento. A capa, como de praxe desde To Serve Man (02), foi feita por Wes Bencoster e considero uma das melhores que vi em 2015. Praticando uma música de qualidade absurda, carregada de energia, técnica e brutalidade, o Cattle Decapitation lançou esse que é até o momento, o melhor Trabalho de Metal Extremo de 2015. Simplesmente obrigatório!

NOTA: 9,5


 

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