Arkhan
Centro
Cultural Humberto Mauro – Cataguases/MG
15
de Agosto de 2015
Por Leandro Vianna – Fotos: Leandro
Vianna
Estar envolvido com Metal no Brasil não
é das coisas mais simples. Além de claro, o mesmo não ser um estilo consumido
pelas massas, ainda sofre-se com um acomodamento cada vez maior de uma parcela
do público cativo do estilo. Isso se reflete principalmente na vendagem de cd’s
e na pouca presença de público em shows, principalmente no que se refere a
bandas nacionais. No caso da Arkhan, são 18 anos batalhando no underground
nacional, enfrentando todas aquelas dificuldades que são bem conhecidas por
todos que vivem nesse meio.
Pouco depois das 21 horas do dia 15 de
Agosto de 2015, a Arkhan sobe ao palco e toca os primeiros acordes desse que
foi o show de lançamento de seu primeiro cd (resenha aqui). Nesse momento,
imaginei o filme que deve ter passado na cabeça de seus integrantes,
principalmente de seu fundador, vocalista, guitarrista e único integrante da
formação original, Mauro Souza (ou Maurinho, para os amigos), que apesar de
todas as dificuldades, sempre manteve o fogo da Arkhan aceso. Verdadeiros
batalhadores. Acima de tudo, esse show foi uma celebração de toda a carreira da
banda. Quem compareceu no Centro Cultural Humberto Mauro naquela noite de
sábado, teve a oportunidade de ver uma banda muito bem entrosada, afiada sobre
o palco (apesar de estarem estreando o novo baixista, Fábio Reis, que
substituiu Washington Amaro), desfilando sua mescla de Classic Rock, Metal e
Rock and Roll e que se mostra mais do que pronta para alçar voos mais altos. Além
de músicas do cd de estréia, como “Que
Venham os Abutres”, “Recomeço”, “O
Seu Pássaro”, “Amargo”, “Cárcere” ou a bela “A Minha Solidão”, algumas faixas inéditas (“O Vento Não Leva Você” deveria ter entrado no CD, de tão boa que
é) e covers de bandas como Black Sabbath, Metallica, Pink Floyd, Nirvana e
Raimundos, que marcaram a carreira da banda, principalmente em seu início e que
fizeram aqueles que como eu, acompanharam essa caminha desde o início,
voltassem no tempo e se sentissem nos saudosos shows do Museu. Ao final da
apresentação, confesso, bateu aquele saudosismo e a vontade de viver tudo
aquilo novamente.
Como escrevi há alguns meses atrás ao
resenhar o cd, a primeira vitória havia sido conquistada e que ela se repetisse
nas demais batalhas que se seguiriam. Pois bem, aqui mais uma etapa foi
superada, o que certamente renova as forças do quarteto formado por Maurinho
(Vocal/Guitarra), Jheison Motta (Guitarra), Fábio Reis (Baixo) e Bruno
Rodrigues (Bateria). O futuro se descortina diante da Arkhan, o caminho
certamente não será dos mais fáceis e desafios e obstáculos irão surgir aos
montes, mas o que presenciei por cerca de 1 hora e meia sobre o palco do CCHM,
me dá a certeza que esses caras vão passar por cima de tudo que atravessar o
seu caminho. E que venham mais 18 anos pela frente, com muitos cd’s e shows
para contar história.
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