Symphony
X – Underworld (2015)
(Nuclear
Blast Records – Importado)
01. Overture
02. Nevermore
03. Underworld
04. Without You
05. Kiss of Fire
06. Charon
07. To Hell and Back
08. In My Darkest Hour
09. Run With The Devil
10. Swansong
11. Legend
E eis que após um hiato de 4 anos, o
Symphony X retorna com o sucessor do muito bom Iconoclast (11). Nesse meio tempo seus membros não ficaram parados.
Russel Allen (Vocal) aproveitou para lançar os trabalhos do Adrenaline Mob,
Allen/Lande, Level10, assim como participar de diversos outros projetos,
Michael Pinella (Teclado) soltou seu trabalho solo (Ascension (14)), Mike
LePond, assim como Allen, lançou material com diversas bandas e projetos, além
de liberar seu primeiro álbum solo com o Mike LePond’s Silent Assassins (que
conta com Michael Romeo (Guitarra) na formação). Apenas Jason Rullo (Bateria)
não se concentrou em outras bandas ou projetos.
A ansiedade por esse trabalho era grande
por parte dos fãs, principalmente por, em algumas entrevistas, a banda ter
deixado entendido um possível retorno a época dos clássicos The Damnation Game (95) e The Divine Wings of Tragedy (97). Mas
bem, se você estava esperançoso de Underworld
seguir uma linha mais Progressiva, deixando de lado o viés Heavy Metal de Paradise Lost (07) e Iconoclast (11), recomendo ir chorar na
cama que é lugar mais quente, pois não foi dessa vez. Aparentemente o quinteto
encontrou um estilo que os deixa confortáveis e não parece muito disposto a
sair disso. Essa acomodação poderia ser péssima, mas estamos falando aqui de
músicos acima da média e que talvez estejam em seu momento mais criativo no que
tange a criatividade, o que acaba evitando que caiam na simples repetição álbum
após álbum.
Underworld é um trabalho
conceitual a respeito do submundo e que se baseia principalmente em um dos
trechos de A Divina Comédia, de Dante Alighieri, mais precisamente no Inferno.
E só posso dizer que esse conceito foi muito bem trabalhado aqui. Musicalmente
o que o ouvinte vai encontrar é um álbum de Metal em sua essência, com riffs
muito pesados, ótimas melodias e solos por parte de Romeo, LePond e Rullo
afiadíssimos, quebrando tudo lá atrás, Pinella encaixando ótimos arranjos de
teclado nos momentos exatos em que os mesmos se fazem necessários e claro,
Allen mostrando porque é forte candidato a melhor vocalista do Metal atual,
brilhando com sua bela voz e dando ótima variedade as linhas vocais. A música é
agressiva na maior parte do tempo (exceto nas duas belas baladas), muito
técnica, com passagens bem intrincadas, mas sem aquela complexidade que em
muitos momentos acaba com a musicalidade de um trabalho. O nível aqui é alto e
apesar de nada ser descartável, os destaques ficam com “Nevermore”, “Underworld”, “Without You”, “Charon”, “To Hell and
Back”, “Run With The Devil” e “Legend”.
A produção ficou por conta de Romeo e a
mixagem e masterização foram feitas pelo renomado Jens Bogren. Sabendo disso,
não se faz necessário dizer muito, afinal de contas o caro leitor já deve
imaginar o nível da mesma. Com um trabalho muito coeso e consistente, mantendo
o forte viés metálico dos álbuns anteriores, o Symphony X pode até vir a
decepcionar os que esperavam um retorno ao Metal Progressivo, mas vai agradar
em cheio aqueles que apreciam a fase atual da banda. Não é o melhor álbum dos
americanos e muito menos o álbum do ano, como já vi alguns por ai proclamarem,
mas é sem dúvida um dos grandes trabalhos de 2015.
NOTA:
8,5
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