quarta-feira, 19 de agosto de 2015

Krisiun - Forged In Fury (2015)




Krisiun - Forged In Fury (2015)
(Century Media Records – Importado)

01. Scars Of The Hatred
02. Ways Of Barbarism
03. Dogma Of Submission
04. Strength Forged In Fury
05. Soulless Impaler
06. Burning Of The Heretic
07. The Isolated Truth
08. Oracle Of The Ungod
09. Timeless Starvation
10. Milonga De La Muerte
11. Earths Cremation (Bonus Track)
12. Electric Funeral (Bonus Track)

Maior nome da história do Death Metal nacional e um dos maiores nomes do estilo na atualidade, o Krisiun dispensa apresentações. Quando surgiram no cenário nos anos 90, o fizeram de forma avassaladora, com uma sequência composta de três álbuns simplesmente clássicos, Black Force Domain (95), Apocalyptic Revelation (98) e Conquerors of Armageddon (00). Seguiu-se a isso, mais 4 álbuns que variaram entre o bom (Angeless Venomous (01) e Works of Carbage (03)) e o mediano (Bloodshed (04) e AssassiNation (06)), fazendo aparentar assim que o trio gaúcho havia encontrado uma zona de conforto e por ali ficado, até que ressurgiram com o excelente Southern Storm (08) e o ótimo The Great Execution (11).

Novamente em alta, era de se esperar que mantivessem quase tudo na mesma, afinal, diz o ditado que em time que está ganhando, não se mexe. Mas se assim fosse, não estaríamos diante do Krisiun, uma banda que apesar dos pesares, sempre procurou evoluir com sua música. Sendo assim, saiu Andy Classen, produtor dos três últimos trabalhos e voltou Erik Rutan, que produziu o já citado clássico Conquerors of Armageddon. Isso aumentou ainda mais o fôlego da banda e trouxe resultados absurdamente positivos, tanto do ponto de vista de produção (que será abordado posteriormente) quando musicalmente.

Técnico, brutal, violento, repleto de variações e mudanças de tempo e com arranjos apurados e sofisticados, o Krisiun conseguiu de uma forma única unir seu passado e seu presente em Forged In Fury, já que a alma de sua música permanece intacta aqui. Alex Camargo parece estar em seu melhor momento, com vocais insanos e um trabalho de baixo perfeito, enquanto Moyses Kolesne está simplesmente possuído, despejando riffs simplesmente esmagadores e que estão entre os melhores já compostos pelo Krisiun. Já seu irmão Max é um caso a parte. O que esse cara faz é algo de sobrenatural, um verdadeiro monstro, técnico e preciso como sempre e imprimindo uma variedade incrível as músicas. Em vários momentos me peguei na dúvida, se estava realmente diante de um trio ou de uma verdadeira Legião infernal, tamanha rispidez e brutalidade imposta às músicas. Destaques? O álbum inteiro, com certeza. Mas como muitos necessitam de nomes, experimentem escutar “Scars Of The Hatred”, “Ways Of Barbarism”, “Strength Forged In Fury”, “Soulless Impaler” ou “Burning Of The Heretic” e me digam se não estamos diante de verdadeiros artefatos de destruição em massa (no sentido mais positivo do termo)! Dependendo da versão, você ainda terá duas faixas bônus, sendo uma delas uma versão muito legal para “Electric Funeral”, do Black Sabbath.

Agora, a produção....Puta que pariu, caralho! Desculpem-me a boca suja, mas foi exatamente isso que exclamei ao final da audição de Forged In Fury. Erik Rutan simplesmente conseguiu executar uma das mais perfeitas produções que eu já tive a oportunidade de escutar em 26 anos militando no meio do Metal. O ouvinte vai conseguir perceber cada mínimo detalhe presente no trabalho, já que a mixagem aqui beirou a perfeição. O baixo de Alex ficou pesadão e encorpado, fazendo uma dupla simplesmente destruidora com a bateria de Max, que ficou simplesmente brutal. É possível também notar a raiva presente em cada riff e solo executado nos pouco mais de 50 minutos de duração do álbum. Como chegar a esse nível de clareza e ainda manter a violência e rispidez necessárias a um álbum de Death Metal? Acho que só Rutan tem essa resposta. O melhor de tudo é que tudo isso vem embalado em uma belíssima capa feita pelo lendário Joe Petagno, que volta a trabalhar com o Krisiun.

Coeso como não poderia deixar de ser (afinal, são 25 anos tocando juntos), técnico e impiedoso com os ouvidos mais delicados, Forged In Fury é a mais perfeita personificação do mal já lançado pelo trio gaúcho. Não tenho duvida alguma que estará presente em diversas listas de Melhores de 2015 daqui a poucos meses. Decididamente um álbum forjado em fúria!

NOTA: 9,5





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