Linha
38 – Desabafo Atual e Diversão Sempre (2014)
(Independente
– Nacional)
01. Intro
02. Bêbado do Bar
03. Mente Doente
04. Bipolar
05. Político Safado
06. Ressaca Maldita
07. Sexo Virtual
08. Linha 38
09. (B.E.M) Bomba de Efeito Moral
10. Ladrão Tem que Morrer
11. Metal Motocicleta
Fazer Metal no Brasil não é lá das
tarefas mais fáceis, afinal falta apoio da grande mídia ao estilo e o mais
importante, muitas vezes do próprio público, sabe-se lá porque, opta por não
apoiar o que é feito pelas bandas nacionais, mesmo quando possui muita
qualidade. Resumindo, tem que amar muito Heavy Metal para estar envolvido com
ele de alguma forma por essas paragens.
O Linha 38 é mais uma banda que vêm da
Noruega brasileira, nossa querida e infernal Minas “Hellrais”. Originária de
Caratinga, o quarteto é formado pelos membros do Venereal Sickness e o
vocalista Lú Capeta, apresentando Heavy Metal direto, reto e sem frescura, com
letras em português bem humoradas, contestadoras e acima de tudo, sarcásticas.
Aliás, esse bom humor “politicamente incorreto” aplicado nas letras acaba sendo
muito bem vindo, já que cada vez observamos mais e mais o Metal nacional e seus
fãs se tornando sisudos e sérios. Parece que todo mundo anda se esquecendo que
o essencial do estilo é a diversão, a zoeira. A energia que emana do cd de
estréia do Linha 38 é simplesmente absurda e quem já teve a oportunidade de vê-los
ao vivo, sabe que conseguem fazer o mesmo no palco. O foco aqui é acima de tudo
se divertir e o resultado disso é uma sonoridade suja, agressivo e pesada. É
difícil, depois de uma primeira audição, você não se pagar cantando alguns dos
refrães presentes nas 10 músicas aqui presentes (a primeira é só uma intro).
Por falar em músicas, os maiores destaques aqui ficam por conta de “Bêbado do Bar”, “Bipolar”, “Político
Safado” (que utiliza o áudio de um trecho do discurso do Senador Auro Moura
Andrade, Presidente do Congresso Nacional, proferido no dia 02 de Abril de 64,
declarando vaga a Presidência da República, finalizando assim o Golpe Militar
daquele ano), “Sexo Virtual” (com um
polêmico clipe que chegou a ser banido do YouTube) e “Metal Motocicleta”.
A produção do álbum está dentro da média
e deixa todos os instrumentos audíveis, mas com uma dose de sujeira que
convenhamos, se faz mais do que necessária levando em conta a proposta sonora e
lírica do quarteto. Diversão, contestação, bom humor, sexo e cerveja. Tem coisa
mais Rock and Roll do que isso?
NOTA:
8,0
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