John
No Arms – Bar (2015)
(Independente
- Nacional)
01. John No Arms
02. Beer Book
03. Mafia’s Queen
04. Viking Life
05. One Minute to Midnight
06. Open Till Dawn
07. Why
08. Estou Cada Vez Mais Velho e Bebendo
Mais (Quadrijet Inferno)
09. We Are the Vikings
10. This Guy is a Black Metal Maniac
11. The Awaited Land
12. Bar Drink Company
13. Troll Lament
14. Trollers, Dollars & Games, No.
II
Cada vez mais tem sido comum a mescla de
estilos no meio do Rock/Metal. Se por um lado isso deixa os puristas de cabelos
em pé, por outra mostra que o estilo não parou no tempo. Sim amigos, gostem ou
não, adaptações para a sobrevivência são necessárias e a não ser que vocês sejam
desses que desejam que o estilo se torne algo para poucos, para uma “elite
intelectual” da qual supostamente fazem partem, modernizar para atingir novas
gerações se faz mais do que necessário. Renovar o público é preciso.
O John No Arms surgiu originalmente na
“Noruega brasileira”, ou seja, minha querida Minas “Hellrais”, mas acabou se
radicando em Brasília, cidade que está na cerne da origem da banda, já que a
idéia de sua constituição surgiu por lá. Meio candango, meio mineiro, podemos
brincar dizendo que a tendência a “misturas” se faz presente em suas raízes. Mas
afinal, que raio de som pratica o grupo? Bem, é uma música simples, sem grandes
mistérios, mas ao mesmo tempo complexa. Tente imaginar o Motörhead tocando Rock
and Roll puro e simples, em alguns momentos pendendo totalmente para o lado do
Punk/Hardcore, mas em outros indo totalmente para o lado da NWOBHM, com
passagens que remetem ao Iron Maiden. E não é só isso. Imagine também que
consigam remeter você diretamente ao Black Sabbath e a algumas bandas de Stoner
atuais, ao mesmo tempo em que inserem passagens que vão te fazer lembrar da
gênese do Black Metal, principalmente do Venon. Ficou parecendo algo confuso, não é? Mas ai
que está à beleza do negócio, pois como eu disse lá em cima, é uma música
simples.
Dessa mescla toda surge um
Punk/Hardcore/Heavy cheio de energia, peso e letras irônicas e bem humoradas.
Sabe aquele som que vai te remeter a um Pub esfumaçado, belas mulheres, salto,
amigos e canecas e mais canecas de cerveja? É o que você vai encontrar no
trabalho de estréia do John No Arms, sintomaticamente intitulado Bar. Vocais gritados e bem
diversificados (Renato BT), uma guitarra que despeja riffs pesados e
energéticos, além de solos competentes (Sir.Arthur) e uma cozinha que olha, se
mostra muito sólida, técnica, coesa e que impõe grande diversificação ao som
dos candangos mineiro (Léo e Fábio Krieger), fazem parte do pacote que
constitui um dos trabalhos mais divertidos que escutei em 2015. Por mais que
todas as faixas aqui presentes sejam muito legais, os destaques inevitáveis
ficam por conta de “John No Arms”, “Mafia’s
Queen”, “Viking Life” (com elementos de Black Metal!!!), “Open Till Dawn” (a mais Sabbath de
todas), “Estou Cada Vez Mais Velho e
Bebendo Mais (Quadrijet Inferno)”, “This Guy is a Black Metal Maniac” (essa
é só uma homenagem a ninguém menos que Quorthon, que se você não sabe quem é,
está na página errada), “The Awaited Land”
e “Trollers, Dollars & Games, No. II”
(em determinado momento que me senti escutando um álbum do Maiden).
A produção do Cd ficou a cargo do
vocalista Renato BT, enquanto a masterização e mixagem foram feitas por Marcos
Pagani. Trabalho de primeiro, com todos os instrumentos totalmente audíveis,
limpos, mas ao mesmo tempo com uma sonoridade crua e muito pesada. Está de saco
cheio desse mundo excessivamente politicamente correto e chato? Então corra
atrás desse Cd, pois ele é diversão 150% garantida. Se antes de comprar, quiser
comprovar o que foi dito, dá uma passada no Soundcloud e escute o material.
Depois é aumentar o volume até o talo, porque isso aqui é Rock and Roll!
NOTA:
8,5
Nenhum comentário:
Postar um comentário