quinta-feira, 16 de julho de 2015

Encéfalo – Die To Kill (2015)




Encéfalo – Die To Kill (2015)
(Retch Records/Rising Records/Terceiro Mundo Chaos/Infernal Rites Distro - Nacional)

01. Alive or Dead
02. Age of the Darkness
03. Endless Suffering
04. Psywar
05. Assassin
06. Battle of Blood
07. Suicide Dreams
08. Apocalypse
09. The Bounty Hunter
10. Night of the Dead

Afirmar que a cena nordestina hoje talvez seja a mais prolífica do Metal brasileiro, já não soa mais como um disparate, dada a quantidade de ótimos nomes vindo daqueles lados. Apesar de não ser uma banda novata, já que surgiu em 2002, o cearense Encéfalo só veio lançar seu debut 10 anos depois, o bom Slave of Pain, com o qual obteve boa repercussão e se colocou entre as principais promessas do Death/Thrash no Brasil.

Peguei Die To Kill para escutar com certa ansiedade. Será que o Encéfalo conseguiria dar o passo seguinte ou sucumbiria à maldição do segundo álbum. Coloquei o Cd para rodar e logo após a introdução, minhas dúvidas foram sanadas quando “Age of the Darkness” explodiu nos falantes. Seu Death/Thrash continua bruto e agressivo, mantendo suas características, mas é evidente que a banda evoluiu em todos os sentidos. Evolução é uma palavra que causa arrepios em muitos bangers, mas é algo necessário para o crescimento de todo e qualquer músico, principalmente quando isso significa melhorar o que já era bom. O Encéfalo mostra boa variedade, utilizando-se muito bem de momentos mais rápidos e outros mais cadenciados, não deixando assim sua música enfadonha. As músicas estão carregadas de energia e bem trabalhadas, além de coesas, enquanto as guitarras despejam ótimos riffs e a parte rítmica se mostra técnica e fazendo um trabalho muito consistente. Em resumo, o que temos aqui é uma porradaria impiedosa com ouvidos mais sensíveis. Os grandes destaques ficam por conta da já citada “Age of the Darkness”, “Endless Suffering”, “Psywar”, “Suicide Dreams”, “The Bounty Hunter” e “Night of the Dead”.

A produção foi realizada pela própria banda e está na média do que vemos no mercado nacional ultimamente. Já a parte gráfica foi obra de Tiago Oliveira. Destaque para o fato de no encarte, constar um pequeno texto falando sobre cada integrante. Por falar nisso, após a gravação, o vocalista Alex Marmaldo saiu da banda, que optou por seguir como um trio, com o baixista Henrique Monteiro assumindo os vocais. Agressivo, brutal, odioso e sem piedade com pescoços e ouvidos alheios. Essa talvez seja a melhor definição para o conteúdo de Die To Kill. Sem dúvida um dos grandes lançamentos nacionais de 2015.

NOTA: 8,5



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