Encéfalo
– Die To Kill (2015)
(Retch
Records/Rising Records/Terceiro Mundo Chaos/Infernal Rites Distro - Nacional)
01. Alive or Dead
02. Age of the Darkness
03. Endless Suffering
04. Psywar
05. Assassin
06. Battle of Blood
07. Suicide Dreams
08. Apocalypse
09. The Bounty Hunter
10. Night of the Dead
Afirmar que a cena nordestina hoje
talvez seja a mais prolífica do Metal brasileiro, já não soa mais como um
disparate, dada a quantidade de ótimos nomes vindo daqueles lados. Apesar de
não ser uma banda novata, já que surgiu em 2002, o cearense Encéfalo só veio
lançar seu debut 10 anos depois, o bom Slave
of Pain, com o qual obteve boa repercussão e se colocou entre as principais
promessas do Death/Thrash no Brasil.
Peguei Die To Kill para escutar com certa ansiedade. Será que o Encéfalo
conseguiria dar o passo seguinte ou sucumbiria à maldição do segundo álbum.
Coloquei o Cd para rodar e logo após a introdução, minhas dúvidas foram sanadas
quando “Age of the Darkness” explodiu
nos falantes. Seu Death/Thrash continua bruto e agressivo, mantendo suas
características, mas é evidente que a banda evoluiu em todos os sentidos.
Evolução é uma palavra que causa arrepios em muitos bangers, mas é algo necessário
para o crescimento de todo e qualquer músico, principalmente quando isso
significa melhorar o que já era bom. O Encéfalo mostra boa variedade, utilizando-se
muito bem de momentos mais rápidos e outros mais cadenciados, não deixando assim
sua música enfadonha. As músicas estão carregadas de energia e bem trabalhadas,
além de coesas, enquanto as guitarras despejam ótimos riffs e a parte rítmica
se mostra técnica e fazendo um trabalho muito consistente. Em resumo, o que
temos aqui é uma porradaria impiedosa com ouvidos mais sensíveis. Os grandes
destaques ficam por conta da já citada “Age
of the Darkness”, “Endless Suffering”, “Psywar”, “Suicide Dreams”, “The Bounty
Hunter” e “Night of the Dead”.
A produção foi realizada pela própria
banda e está na média do que vemos no mercado nacional ultimamente. Já a parte
gráfica foi obra de Tiago Oliveira. Destaque para o fato de no encarte, constar
um pequeno texto falando sobre cada integrante. Por falar nisso, após a
gravação, o vocalista Alex Marmaldo saiu da banda, que optou por seguir como um
trio, com o baixista Henrique Monteiro assumindo os vocais. Agressivo, brutal,
odioso e sem piedade com pescoços e ouvidos alheios. Essa talvez seja a melhor
definição para o conteúdo de Die To Kill.
Sem dúvida um dos grandes lançamentos nacionais de 2015.
NOTA:
8,5
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