Listas têm a capacidade ímpar de
gerar grandes polêmicas. Qualquer Top 10 alguma coisa é capaz de despertar
paixões inflamadas e discussões acaloradas. Perdemos a razão e falamos com a
emoção. Muitos até questionam a necessidades de tal artifício.
2014 passou, ótimos álbuns foram
lançados e as listas andam pipocando por ai. Antes de tudo, você, leitor do A
Música Continua a Mesma, deve ter em mente uma coisa muito simples. Essa é uma
lista pessoal (como toda e qualquer outra desse tipo), que abarca o meu gosto e
tudo que tive oportunidade de ouvir esse ano. O fato de um álbum não entrar
aqui, não significa que o mesmo não possua qualidade ou que esteja em um
patamar inferior a um dos 10 aqui listados. Significa apenas que no que tange
meu gosto pessoal, estes me agradaram mais ou que simplesmente não tive a
oportunidade de ouvi-lo.
E você? Concorda? Discorda? Qual
a sua lista? Aqui vai a minha!
Blood In, Blood Out marca o
retorno de Steve “Zetro” Souza ao Exodus em grande estilo. Aquela banda mais
pesada e mais polida dos álbuns com Rob Dukes foi deixada de lado e aqui temos
um retorno a sua sonoridade mais clássica, remetendo mais a trabalhos como
Pleasures of the Flesh, Fabulous Disaster e Tempo of the Damned. Agressivo,
raivoso e esmagador. Exodus is back!!!!!!!
Quando anunciaram Nick Holmes (Paradise
Lost) como novo vocalista, alguns se perguntaram se esta seria a melhor escolha
para substituir Mikael Akerfeldt (Opeth). Pois bem, Grand Morbid Funeral mostra
que essa era realmente a melhor opção. Musicalmente temos aquele típico Death
Metal da escola sueca, agressivo, brutal e corrosivo, que agregado ao
desempenho impressionante e destruidor de Holmes, gerou um dos grandes álbuns
de 2014. Um verdadeiro soco na boca do estômago.
A pergunta que martelava na
cabeça dos fãs de Classic Rock nos últimos tempos era: O Blues Pills
conseguiria manter em um álbum completo o desempenho avassalador dos Ep’s que
havia lançado até então? Pois bem, a resposta foi sim! Com uma mescla
sensacional de Blues Rock, Soul, Hard setentista e Rock Psicodélico,
transpirando criatividade e personalidade e com um desempenho irrepreensível da
fora do comum Elin Larsson (como canta essa menina!!!), seu álbum de estréia é
simplesmente excelente. O Blues Pills ainda vai dar muito que falar.
Para mim, a maior banda de Death
Metal da atualidade. Sendo assim, não poderíamos esperar algo menos que
primoroso vindo dos americanos. Brutal, extremo e agressivo, A Skeletal Domain
apresenta aquele Cannibal Corpse que todos estamos acostumados e esperamos
escutar. É Death Metal sujo, grotesco e violento que todos aprendemos a gostar,
fazendo com que a sua principal virtude seja exatamente a de nos dar o óbvio.
Mais um grande clássico da banda.
Thrash Metal da Bay Area
praticado na Finlândia. De todas as bandas surgidas no revival do Thrash nos
últimos, anos, o Lost Society está facilmente entre as três melhores. Veloz,
agressivo, caótico e muito divertido, é daqueles álbuns que te fazem voltar no
tempo e se sentir novamente nos anos 80. E ainda tem de bônus um cover muito
legal para I Stole Your Love, do Kiss. Melhor álbum de Thrash de 2014.
Não sei que dia o mundo irá
acabar, mas sei que a trilha sonora do apocalipse certamente será algum álbum
do Anaal Nathrakh. O nível de agressividade atingido pelo duo inglês é algo
absurdo e poucas vezes visto. Insano, caótico e doentio, Desideratum é um
pesadelo em forma de música. E olha, isso é um elogia no que tange música
extrema. Infernal!
Um dos nomes mais interessantes
dessa leva de banda surgidas nos últimos anos praticando Classic Rock, os
americanos do Rival Sons reciclam grandes nomes do Rock como Led Zeppelin, Who,
Stones e Hendrix, nos devolvendo um som com cara própria. Maduro, com um dos
melhores vocalistas da nova geração (Jay Buchanan) e riffs de guitarra
simplesmente viciantes, The Great Western Valkyrie tem tudo para entrar no
panteão dos grandes álbuns da história do Rock.
Joe Bonamassa é foda e quanto a
isso não existe discussão, afinal, um sujeito que começa a tocar guitarra aos 4
anos de idade e aos 12 é elogiado publicamente por ninguém menos que B.B.King,
não pode ser definido de outra maneira. Trafegando entre aquele Blues Rock
inglês dos anos 60 e 70 e o R&B, Bonamassa não só se mostrou um fantástico
guitarrista como também um compositor de mão cheia. Como um amigo definiu
perfeitamente, aqui a guitarra fala com o ouvinte, transpira emoção em cada
nota. Álbuns de guitarristas são chatos? Se você pensa isso, escute Different
Shades of Blue e reveja sua posição.
Provavelmente um dos álbuns mais
esperados pelos fãs de Metal em 2014. O Mastodon é certamente uma das bandas
mais inovadoras e diferenciadas surgidas nos últimos 15 anos. Com sua mistura
de Classic Rock e Progressivo, riffs densos e intricados e harmonias vocais
únicas, se colocam milhas a frente da concorrência. Consistente e pesado, Once
More ‘Round the Sun tem tudo para consagrar de vez o Mastodon.
Tom Warrior (sim, para mim ele
sempre será Tom Warrior) é um gênio. Isso já bastaria para colocar Melana
Chasmata entre os 10 melhores álbuns de 2014. Após lançar álbuns seminais para
a história do Metal com o lendário Celtic Frost, Tom criou o Triptykon para dar
prosseguimento ao que havia apresentado no último trabalho de sua ex-banda,
Monotheist (2006). Não é um trabalho para todos os gostos, pois sua absorção
não é fácil, mas é uma verdadeira obra prima. Pesado, agressivo e arrastado,
Melana Chasmata tem uma capacidade única de despertar as emoções mais obscuras
naquele que o escuta. Mais um clássico atemporal do Metal oriundo da mente
desse gênio.
melana chasmata e sem duvida o disco do ano, so faltou o TITAN do septicflesh
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